Tudo está bem...?

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"Isso não deve ser assim." – Disse e suspirou.

"Talvez tenha razão..."

O beijei e ele me colocou em seu colo, me deitando na cama logo em seguida.

"Talvez seja melhor parar." – Ele disse.

"Se cale e me beije."

Continuou me beijando e eu comecei a desabotoar a sua camisa.

"À sério, Malu." – Disse e se afastou de mim – "Melhor não."

"Me... me desculpe..."

"Não. Não é esse o problema." – Suspirou e se sentou ao meu lado – "Você tem razão. Isso não será bom para nenhum dos dois. Eu ainda vou embora depois disso."

"Eu não..." – Me deitei em seu colo e suspirei – "O que vamos fazer?"

"Nós podemos... fingir que nada aconteceu, comer e dormir... Ou tornar isso mais constrangedor ainda e eu dormirei em um outro lugar qualquer..."

"Não vou conseguir fingir que nada aconteceu..." – Sentei e sorri – "Mas prefiro comer e dormir."

Ele sorriu também e fomos comer. Logo depois disso, ele preparou o sofá para dormir e se deitou. Eu fiquei olhando para as estrelas durante algum tempo e depois entrei para dormir. Não demorou muito, eu adormeci.

Na manhã seguinte, não havia sinais de Travis. Yuri me levou de volta para a minha casa em Hidalgo e me aconselhou a mudar de cidade o mais rápido possível. Assim o fiz. Fui morar em Guadalajara, perto do hotel onde fiquei com Travis. Yuri foi ter comigo e se desculpou. Depois disso, voltou para Londres e passou a dar mais notícias, porém, nunca consegui perguntar sobre Travis.

Quatro meses depois, à noite, enquanto ia para casa, fui parada por dois homens grandes e uma mulher igualmente alta mas muito menos musculosa.

"Maria Lúcia. Há quanto tempo não nos vemos?" – Disse ela. A voz era familiar mas eu não sabia de quem era até que ela andou para a luz. Era Carina – "Sabe que senti saudades de você?"

"Ah, foi? Que bom."

"Ora, nem parece que é aquela menininha que culpa os nossos pais pela minha morte e me ama tanto... O que aconteceu?"

"O seu tom."

"O meu tom? O que tem o meu tom?"

"É um tom malicioso, um tanto... mafioso..."

"Ah. Entendi." – Disse sorrindo – "Pensei que seu querido irmão, Yuri, já tivesse contado para você. Mas deduzo que ele não saiba..."

Levantei os ombros e sorri.

"As coisas já não giram em torno de Gonzaga, Carina." – Ela sorriu de novo e abanou a cabeça.

"Tudo gira em torno de Gonzaga, Malu. Agora, vem comigo ou não?"

"Prefiro esperar a minha morte de outra forma, obrigada."

"E se eu der um ajuda?" – Eu sorri e continuei andando.

"Estaria cometendo o maior erro de sua vida."

"Maria Lúcia." – Parei sem virar para ela – "Aconselho a não me testar."

"Digo o mesmo para você, querida irmã." – Dei uma risada – "Ah, e não pense em me seguir. Isso seria trágico."

Andei até casa, dando imensas voltas pelo caminho. Apesar de apresentar muita confiança, estava cheia de medo porque as minhas ameaças eram vazias. Eu não tinha como me defender. Mas eu sabia que Carina era medrosa então arrisquei. Quando abri a porta de casa, me assustei com um estrondo que veio da cozinha.

GONZAGA (Não editado)Onde histórias criam vida. Descubra agora