Prólogo

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" When all is done, there is nothing to say.
You have gone and so effortlessly.
You have won, you can go ahead tell them." - Impossible, James Arthur

  Elizabeth poderia jurar que o seu coração por breves segundos tinha parado de bater, respirou fundo após mordiscar o lábio inferior, algo que fazia quando estava nervosa e rapidamente os sinais vitais se voltaram a revelar com uma tamanha intens...

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  Elizabeth poderia jurar que o seu coração por breves segundos tinha parado de bater, respirou fundo após mordiscar o lábio inferior, algo que fazia quando estava nervosa e rapidamente os sinais vitais se voltaram a revelar com uma tamanha intensidade que mais pareciam dar ao pequeno órgão no seu peito a força suficiente para furar e sair rasgando a carne e a pele da pobre rapariga. Este era o momento da verdade para si, bastava um pequeno ato de coragem para que o seu destino mudasse, para que não perdesse o seu melhor amigo . Mas nada parecia ajudar, nem mesmo do seu próprio corpo conseguia ter controlo...

  As pernas tremiam como varas verdes, a sua voz era mais rouca do que a de uma cantora de fado no dia a seguir a um concerto, ela não tinha a força que desejava, nem mesmo a coragem.

  No que toca a Jughead , sempre foi muito pouco corajosa até mesmo quando teve a oportunidade de lhe dizer tudo o que sentia em relação a ele, as palavras falhavam ao encontrar o olhar do moreno e era assim que se perdia, tudo o que saía após uma troca de olhares era fruto do nervosismo refugiado em piadas com pouca graça mas que acabavam sempre por fazer o rapaz sorrir pelo canto dos seus lábios delineados.

  Aiii, e como ela amava aquele sorriso, era sem sombra de dúvida o que mais gostava de apreciar nele principalmente quando era ela a causar a aparição de umas covinhas bem acentuadas nas bochechas do rosto de Jones.

  Não sabia se " apaixonada" era a palavra certa para descrever aquele sentimento tão profundo, era amor e isso ela não podia negar, era preenchida por esse sentimento. Mas não um amor de conto de fadas que acabaria com ela abraçada à sua cintura montados num cavalo branco. Era um amor genuíno, que a fazia querer o melhor para o moreno e no que estivesse ao seu alcance proporcionar tudo para que isso acontecesse.
  Era com ela que ele partilhava os seus segredos e era ela quem o ajudava a mantê-los. Quem os visse, arriscava a dizer que pareciam uma pessoa só, de tanto que se completavam ainda com duas personalidades distintas! Ela não suportaria perdê-lo, até hoje... O dia em que o perdeu.

  Sabia que tudo aquilo não passava de um grande disparate, ainda assim discutiam como se se odiassem, quando na verdade o que odiavam era os motivos que os levavam até estes extremos, ciúmes e as saudades misturavam-se desencadeando uma corrente de discussões entre os dois.

  Fazia já algum tempo desde a última vez que se virão e só eles sabiam o quanto sentiram a falta de estar nos braços um do outro, a falta daquele caloroso abraço que Betty passara os últimos meses a ansiar.

  Mas não se abraçaram, em vez disso, cuspiam palavras feias na cara um do outro, consumidos por o orgulho culpado por nenhum dos dois dar o braço a torcer para que a discussão acabasse e pudessem desfrutar daquele momento que deveria ser repleto de alegria.

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⏰ Última atualização: Jul 11, 2019 ⏰

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