— Você não passa de uma criança mimada que não sabe o que é viver! Perturba todos porque não sabe o que é amor e atenção — jogo tudo a cara da morena a minha frente e viro pelos meus calcanhares, Megan tinha passado dos limites com Angel, quando recebi o vídeo da mesma toda suja caindo no corredor, não pude deixar barato. Deixo às duas últimas aulas para depois enquanto caminho para o estacionamento. Ligo o motor do carro indo em disparada para casa, tento ligar meu celular, mas para minha infelicidade está sem bateria. Quando estou perto de chegar, vejo outro carro na porta e na frente de casa há alguém. Bato a porta e caminho para mais perto.
— O que faz aqui? — vejo que o rapaz se vira para mim e quando me vê revira os olhos.
— Vim ver se Angel está bem, mas parece que não responde — continua a me olhar nos olhos — caso ela esteja e não queira falar comigo, ou não esteja — respira fundo — diz para ela me ligar — ultrapassa minha pessoa e ouço o motor do seu carro, o observo ir embora e suspiro, entro na casa e chamo por minha mãe, nem sinal, subo até o quarto de Angel, lá não tem ninguém, só um perfume vago. Vou tomar um banho e adiantar o jantar enquanto ninguém chega.Estou preocupado, pois nem Elina, nem Angel haviam dado as caras, os celulares desligados e Daniel também não sabia onde elas estavam pelo visto, pois, também me ligou preocupado, onde as mulheres haviam ido? Nunca me senti tão impaciente e nunca encarei tanto o relógio como fiz a tarde toda durante cinco horas seguidas. Tomava meus remédios enquanto vigiava a comida no fogão quando o motor do carro da minha mãe foi ouvido por mim. Quase de imediato, vou à porta e quando abro dou de cara com uma Angel, de cabelos poucos claros e um pouco mais curtos. A mesma sorri e passa por mim e logo depois, Elina.
— O que fez no cabelo? — a encaro e ela dilata os olhos. — O que fizeram? — a porta da frente foi batida novamente e escuto um "Uoou!" Da parte de Daniel.
— Dia de beleza das mulheres? — cumprimenta Elina com um beijo e Angel com um abraço. — O que está havendo?
— Apenas fiz alguns cachos e Angel luzes, Carl.
— Não gostou? — a miúda à minha frente pergunta e ainda com a mão na minha cintura, respondo.
— Gostei, é que... ficou diferente, mas está, estão lindas — sorri para ambas que agradeceram os elogios. Me direciono a cozinha para desligar o fogo, ainda meio atordoado com isso. Subo as escadas para tomar um banho, querendo tirar o cheiro de comida de mim. Adentro o cômodo bagunçado e suspiro.
— Que bagunça! — mais cedo procurava os papéis da minha última consulta, e devo dizer que não o achei, senti preguiça de arrumar o quarto bagunçado, mas uma vez que os lápis de pintura e os discos caríssimos estão ao chão me vejo na obrigação de arrumar tudo aquilo. Antes de entrar no banho para uma ducha rápida, meu celular vibra em cima da cama."Elina sabe de nós, desde Nova York" A.C
Meus olhos se abriram em uma velocidade tão rápida que não consegui processar tão rápido o que havia lido.
"Como?" C
Pensativo dispo minhas roupas e entro na casa de banho, ligo o registro para que a água fria desça ralo abaixo, como que minha mãe descobriu isso? Fomos o máximo, cuidadosos! Tudo bem, Elina é muito esperta e sei disso pelo fato de não conseguir esconder tantas coisas dela. Mas como será que ela reagiu?
Percebo que Elina e Daniel já haviam se retirado para o quarto e disparo para o outro lado do corredor, esquecendo de bater na porta e abrindo. Vendo que Angel está a por suas roupas, uma vez dentro do seu cômodo respiro fundo.
— Como assim, eles descobriram? — ando até ela.
— Fica calmo! — me alerta. — Elina me pegou de surpresa, disse para o amigo dela que finalmente você tinha arrumado alguém, você acha que fiquei como? — faz uma careta e começa a dar risada enquanto continuo com semblante sério. Queria saber o que precisamente ela falou, já havia percebido que Elina soltava algumas indiretas, mas nunca realmente havia dito com todas as letras que sabia. — Ok — parou de rir. — Disse que sabe desde Nova York praticamente, por mais que fomos discretos, nossos olhares e preocupações constantes um com o outro nos entregou. Despertou a curiosidade dela, e bom. Disse que não contaria ao meu pai e que por ela não é contra — sorri para mim, é um pouco difícil aceitar que ela não disse nada, só sei que não iria olhar mais para ela como se fosse inocente e idiota o bastante para não acreditar que eu poderia estar namorando Angel, e Daniel como pai, talvez não acreditaria que estaria transando com sua filha em nosso próprio teto. O bom, era que não me iria expulsar da minha própria casa.
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Destinados - Um Começo Para O Fim - Livro 1
RomanceUma menina apaixonada pela arte, ama ler e adora se perder em universos de personagens fictícios. Espalha gentileza por onde passa, mas o que as pessoas não sabem é que por trás de cada sorriso existe um lágrima pesada, de culpa e de medo. Angel per...