Capítulo I

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Olá, sou Kriss Rayburn e neste momento estou saindo daqui da minha pequena cidadezinha em Massachusetts para ir morar em Atlanta por um simples motivo: meu pai morreu e minha mãe mora em Atlanta.

Sinceramente não gosto muito da minha mãe mas como ela me colocou no mundo, tenho que aceitar.

Sou jornalista, ruiva com cabelos lisos, sardas no rosto,  alta e um tanto quanto estranha,  e tenho 20 anos. 

Essa temporada em Atlanta vai ser pequena, logo logo voltarei pra cá, em Massachusetts. Estou indo para o aeroporto  nesse momento e a porra da minha mãe já está me ligando.

- Oi mãe.

- Já está vindo?

- Já, tchau.

- Filha...

Desliguei o celular antes que ela começasse a falar. Entrei no avião e sentou um cara de terno ao meu lado. Não estou mesmo com paciência.

- Olá!

Não respondi e fechei os olhos fingindo que estava dormindo. Enquanto fingi eu realmente dormi.

Senti alguém me cutucar. O rapaz do avião.

- Moça?

- Hm?

- O avião está caindo.

Hm... Fechei os olhos novamente.

O avião ...

O avião está...

O AVIÃO ESTA CAINDO PORRA!

Comecei a me desesperar, levantei da poltrona e fui correndo para tentar pegar minha pequena maleta.

- O avião está caindo!! - Comecei a gritar quando notei que estavam todos sentados e tranquilos em suas poltronas.  Olhei para o rapaz de terno com um olhar fuzilante e ele estava prendendo o riso.

- Desculpe, isso foi por me ignorar mais cedo.

- Tinha necessidade disso???

- Tinha.

- Qual seu nome traste?

- John Grogan, prazer. - Ele estendeu a mão e eu apenas ignorei.

- Kriss Rayburn.

- A ranzinza.

- O idiota.

- Vai para onde e por quê?

- Vai me sequestrar babaca??

- Vish, desculpe menina. Tens quantos anos?

- 20.

- Tenho 22 anos.

- Pena que eu não te perguntei.

- Olha mais um fora e eu te dou um beijo.

- Ah tá.  Você não é ninguém.

De repente o tal de John veio e me deu um beijo.

O que? Como assim?

Por que estou correspondendo? Merda, beijo bom.

- E aí? Quer outro?

Dei um tapa na cara dele. É... Simplesmente um tapa na cara dele.

- Tá maluca?

- Super louca.

Finalmente a merda do avião desceu. Porra chata que não pousa.

- Que pena... Já chegamos.

- Já?? Achei que demorou demais.

Sai correndo do avião.

- Ei? Maluca? Volta aqui

Quando ouvi a voz dele corri ainda mais rápido para fugir de tudo aquilo. Fui diretamente para o ponto de táxi.

- Táxi. - chamei uma vez

- Ooh maluca, volta aqui.

- TAXI CACETE VEM LOGO

O táxi rapidamente apareceu e eu joguei as malas dentro da mala mais que rápido.

- Vai pra onde moça?

- Pra frente, só vai.

- Moça...

- Vai idiota!

Acho que o taxista ficou com medo e seguiu em frente mais rápido do que eu imaginei.

- Centro de Atlanta por favor.

Ele pegou um atalho do qual não conhecia e paramos no centro de Atlanta rápido. Rápido até demais.

- Hm, quanto deu?

- 50 reais.

Peguei o dinheiro na bolsa que estava dentro da mala  e dei o dinheiro ao taxista.

- De nada hein.

Bufei e ignorei. Bati a porta do carro e sai andando em direção a uma pequena vila. Vi uma casa de dois andares azul com branco e tive certeza que era a da minha mãe. Peguei a bolsa e procurei a chave. Espera... Eu tinha colocado em uma bolsinha que estava na minha mão no avião. Merda!

- Dona Anne! ANNE! MÃE!

- Oi filha

Minha mãe cheia de lágrimas nos olhos foi abrir o portão para mim e me abraçou emocionada quando o fez. Entremos dentro de casa e fui diretamente falar com Steve, meu padrasto.

- Olá Steve.. 

- Oi Kriss

Steve me deu um beijinho no rosto e fui para o quarto deixar a mala. Peguei uma '' xuxinha '' e fui para a sala de jantar prendendo o cabelo.

- Anne, você acredita que um cara me acordou e fingiu que o avião estava caindo? Sabe o que ele fez depois?...

Parei de falar porque a maçaneta da porta se mexeu.

- Oi pai, oi Anne

- Idiota?

- Garota maluca?

- O QUE VOCÊ ESTA FAZENDO AQUI??

O Tal De JohnOnde histórias criam vida. Descubra agora