Um céu diferente

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A verdade sobre o céu que olhava naquele instante, era estupidamente triste. As estrelas continuariam as mesma, apenas eu estaria as observando de um jeito diferente, elas não teriam os mesmo brilho, nunca mais. O aperto no peito me deixava sufocada, as lágrimas que insistiam em caiu, mesmo com todo o esforço para mante-las para mim.

Vou conseguir, não importa o que me custe!_ Já estava cansada de todo aquele show, a minha única fonte de força e alegria tinha sido tirada de mim.

Vamos pequena, já está ficando frio! Você não devia está aqui fora, venha!_ Por mais que a doce voz de Tia Cecília, me trouxe-se algum conforto, não me daria o luxo de sentir isso por muito tempo, não merecia esse carinho.

Estou indo Tia, me dê só um segundo, e já vou!_ Tento manter a voz firme. Escuto minha tia respirar tristonha e ir embora, fico aliviada por ela não insistir, quero ficar mais um pouco olhando para o céu, olhando para as estrelas, procurando você nelas.

Será, que... Por favor...será que pode
me perdoar!?_ Sinto as lágrimas descerem, não tento segurar dessa vez, apenas choro, no silêncio da noite, olhando para o céu, sem resposta.

Está na hora!_ Penso auto, respiro fundo, limpo as lágrimas, tento arrumar forças para enfrentar o que vem a seguir, só de pensar em entregar naquela sala de novo, já me sinto destruida.

Coloco a minha máscara de indiferença, nunca mostre fraqueza diante dos inimigos. Cada passo que cada em direção a porta o aperto no peito ficava maior, me sufocando.
Você consegue, você consegue, seja forte como ele foi por você!_ Esse era o meu mantra, repetia sem para na minha cabeça.

Entrei na sala de cabeça erguida, não olhei para ninguém, ninguém além da minha Tia merecia minha atenção, suspirei ao vela ao lado do corpo do meu irmão, o funeral dele tinha virado um espetáculo de horrores, cheio pessoas hipócritas, más e egoistas, que estavam mais preocupadas em falar de negócios do que na morte dele.

Que bom que entrou, pequena! Não tenho palavras para dizer que a faça se sentir melhor, mais quero que saiba que vou está aqui sempre, meu amor!_ Aquelas palavras tiveram mais importância do que ela imaginava, saber que não estava sozinha entre essas cobras, me trouxe um pequeno alívio.

Toquei em seus cabelos castanhos lisos uma última vez e me concentrei nas lembranças boas que Marcos e eu vivemos, de agora em diante teria apenas isso, lembranças.
Adeus, irmão!_ Segurei as lágrimas e me forcei a continuar ali, até o último segundo.

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