Como já tinha avisado isso é uma adaptação. A fic real é camren da @julieteBs
Naquela tarde, tão comum quanto as outras, o sol já dava seus indícios
de que em breve iria dar lugar à uma linda e fresca noite para aquele
pequeno vilarejo que, apesar de singelo e rudimentar, trazia a
tranquilidade para a garota que se encontrava por entre as ruas daquele
povoado caminhando em seu cavalo favorito. Se chamava Lalisa, que
com apenas seus vinte e dois anos já mantinha o peso de toda uma
cidade nas costas. Seus lindos olhos verdes davam um contraste para
sua pele extremamente clara e seus cabelos loiros.
O fim de tarde amarelado agradava a garota de um jeito enigmático,
eram sentimentos bons demais para se conseguir traduzir em palavras.
Ela gostava da paz que o lugar proporcionava; da calmaria, porque
sempre que ela voltava à cidade era um inferno total, um completo caos.
A escassez da tranquilidade fazia qualquer momento pleno virar poesia.
Por ser a líder de Amster City e por viver em constantes guerras eram
raros os momentos onde ela conseguia caminhar livremente sem
ninguém aparecer de repente informando algum novo problema.
Se permitiu descansar sob a sombra da árvore que sempre costumava
ficar. Seus olhos analisavam meticulosamente toda a extensão do lugar
desde que chegou por aquelas terras, várias barracas se encontravam
por ali, algumas vendiam frutas, outras verduras, também tinha aquelas
que vendiam utensílios para casa; haviam algumas que faziam o serviço
de ferreiro, sapateiro, entre outros. A simplicidade do lugar não tirava sua
beleza, a grama bem aparada e com uma tonalidade de verde de se dar
inveja, as ruas de terra, o barulho dos pássaros dando seus respectivos
'boa noite' uns aos outros... tudo ajudava a dar graça e a deixar a vista
ainda mais agradável de se admirar aos olhos de Lalisa. Um sorriso
tímido brotou em seus lábios quando encontrou quem procurava.
Uma moça simples, trajada com um vestido branco e longo, que dava
poder à sua silhueta e avantajava seu belo traseiro, fazendo Lalisa
suspirar bobamente. Tal vestimenta deixava seus braços expostos e
destacava o leve ondulado de seus cabelos loiro pastel. Seu sorriso era o
que mais chamava a atenção da moça sentada sobre o cavalo, porém
seus olhos, com um castanho diferenciado, não deixavam a desejar.
Lisa ia àquele povoado todos os dias, durante os últimos seis meses,
apenas por ela. Costumava associar a garota à paz que sentia ao estar
ali. Sempre dizia para si mesma que, mesmo sem conhecê-la, ela era
sua calmaria após uma forte ventania.
A alegria que irradiava em suas feições era inebriante para Lisa. A
mulher de olhos claros não entendia como alguém podia sorrir tanto de
uma forma tão natural e espontânea.
Naquele mesmo horário, todos os dias, a moça sempre passava por ali,
ficava uns minutos conversando com uma mulher que trabalhava em
uma das barracas onde era possível encontrar verduras -- Que Lisa
julgava ser sua mãe devido à quantidade de sermões que já reparou ao
longo de todos esses meses que a mulher já havia aplicado na garota. --
e após algum tempo saía saltitante para algum lugar, cujo qual Lisa
desconhecia, pois não se atrevia a virar uma perseguidora da garota. O
brilho nos olhos da simples moça fazia Lisa supor que a moça ia para
algum lugar que era de seu total agrado.
Jamais se atreveu a se apresentar, porque estava bem ciente de que a
garota jamais lhe daria atenção; tinha total noção de que gostar de
alguém do mesmo sexo não era algo considerado normal por aquelas
redondezas, mas nem por isso abria a mão do privilégio de poder, ao
menos, vê-la.
-- Sabia que te encontraria aqui. -- A voz tão conhecida pela morena a
fez dar um último suspiro de paz antes de se virar e encarar sua amiga.
-- O que houve? -- Ela perguntou, se abaixando um pouco e alisando as
costas de seu cavalo.
-- Temos uma festa para ir e você já sabia disso. -- A outra garota
informou em tom repreensivo e acusador. Também montava um cavalo,
mas diferente do de Lalisa, seu cavalo não era branco. Logo deixou um
suspiro sair. -- Você já está bem grandinha para eu precisar ficar tendo
que avisar de seus compromissos, Lisa.
-- Não pedi para me avisar sobre nada, Jennie.
-- Mas, infelizmente, esse é o meu trabalho. Não pense que faço isso por
ser uma amiga chata ou algo assim. -- A mulher falou. Jennie, apesar de
seus apenas vinte e um anos, era dona de belas curvas, cabelos
cacheados em tonalidade negras e era o braço direito de Lisa. Usava
uma calça pescador branca, extremamente colada em seu corpo e um
terninho azul, com abotoaduras douradas e um pequeno emblema
vermelho no canto superior esquerdo, exatamente igual ao de Lisa,
com o único diferencial de que o da mais velha havia um emblema um
pouco maior. Ambas usavam camisa branca por baixo do terno, deixando
levemente o branco à mostra.
Lisa deixou um último olhar para a garota, que agora desaparecia em
meio ao povoado, antes de apenas assentir e puxar as rédeas do cavalo,
fazendo o mesmo começar a correr. Jennie a seguiu sem dizer mais nada
durante todo o trajeto.
Assim que se aproximavam da cidade elas já podiam notar os enormes
Zepelim's sobrevoando o lugar. Zepelim era como era chamado toda
barca que mantinha diversos balões sobre si, ou seja, enormes tochas de
fogo aqueciam o ar dos balões acima do zepelim, fazendo o mesmo
flutuar. Com o passar do tempo foram incrementando uma forma de fazer
tal meio de transporte ser mais rápido e conseguir manobrar, mudaram
os balões por enormes câmaras de ar quente e, depois de muito
trabalho, conseguiram. Os mesmos eram muito usados em guerras.
Sabiam que por ser fácil de serem destruídos não durariam muito, então eles funcionavam mais como espiões. Quando qualquer tropa inimiga se
aproximava, quem estava lá em cima já informava toda a cidade da
aproximação do perigo. Também eram usados no ataque. Quando os
inimigos estavam perto, os canhões -- Que já ficam posicionados na proa
dos veleiros voadores -- lançavam tochas de fogo e bombas em direção
aos inimigos.
Assim que chegaram em sua cidade cruzaram a ponte, que passava por
cima de um rio com águas límpidas, antes de alcançarem os portões,
que foram abertos rapidamente. Ao adentrar o lugar Lisa assumiu a
postura séria e carrancuda e assim que chegou em sua casa, o que
demorou longos minutos, já que ela vivia bem no centro da cidade,
justamente com a intenção de não ser facilmente atingida, pois era o alvo
principal de ataques por ser a comandante, autoridade de maior poder
dali, desceu de seu cavalo sem nem sequer reparar em quem tratou de
pegá-lo, indo em direção ao seu quarto sem dizer nada à ninguém.
-- Por que está tão irritada? -- Dinah, quem ainda a seguia, se pronunciou
finalmente assim que chegaram em sua suíte. Lisa suspirou e passou
a mão entre seus cabelos, tratando de ajeitá-los.
-- Odeio essa coisa de festas. -- Foi a única coisa que disse.
Jennie entendeu que sua amiga preferia ficar sozinha, já a conhecia
suficiente para saber que quando sua amiga lhe dava respostas curtas o
tempo inteiro provavelmente não estava para conversa e, por entender a
vontade da amiga, apenas assentiu e se retirou do lugar, deixando
Lisa a sós.
-- Só espero que esse evento seja menos chato do que geralmente é. --
Disse para si mesma, antes de se despir e ir direto para sua banheira,
que já havia sido preparada por suas criadas a pedido de Jennie.Quem poder fazer uma capa pra mim, agradeço muito.
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Over the Rainbow - ChaeLisa
FanfictionOver the Rainbow é uma estória romântica que se passa no século XX. A protagonista Rosé, contrariando as regras da aristocracia a que pertence, se apaixona por John Parker, um militar da classe baixa, mas sua mãe, Patricia, deseja que a filha con...