Capítulo 4 - O primeiro herói surge!

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Capítulo 4 - O primeiro herói surge!

É de manhã, mas Maxwell ainda não dormiu. A noite toda ele esteve desenvolvendo um "traje de super-herói". A partir de agora ele iria assumir o papel do primeiro super-heroi real do mundo. Subitamente, ele gosta da ideia do mundo saber que existe alguém que supera os limites humanos, mesmo sabendo do risco de ter sua indentidade exposta ou de talvez averiguarem seu passado caso descubram sua real identidade. Mas Maxwell não tinha medo, ele nunca sentiu medo de nada e com certeza não é agora que ele iria sentir, ele tem forças para acabar com quem quisesse, então o que ele poderia temer?

Após exaustivas horas, Maxwell termina o seu protótipo de traje e o veste em frente ao espelho. Ele estava usando uma espécie de máscara cobrindo seus olhos, uma grande capa, um sobre-tudo customizado com um pequeno símbolo bordado com um H na região próxima a cintura e uma calça. É como uma fantasia mal feita de um filme de heróis barato, mas por enquanto isso teria que servir.
Ele pensou em tudo para que as pessoas soubessem de sua existência. Primeiro, impediria um crime e logo em seguida faria uma "amostra" de seus poderes para o público. Ele também faria questão de voar pela cidade e de impedir até mesmo acidentes como incêndios. As pessoas logo notariam sua presença e as pessoas que ele salvou, fariam diversos relatos de suas aparições e assim, o mundo ou ao menos a América em pouco tempo saberia que um Herói, tão real quanto qualquer outro herói da ficção, existe.

Já se passaram duas semanas, o tempo mínimo para poder começar o cultivo de outro vasinho de Tagzol, e Maxwell vai ao trabalho como de costume, mas dessa vez diferente dos outros dias, ele levou sua bolsa com o novo traje dentro, pois justamente no momento mais oportuno, ele fará sua primeira aparição como herói, talvez quando fosse ao banheiro ou no horário de almoço, uma hora ou outra, uma oportunidade mínima para demonstrar um pouco de seu poder para o mundo, iria aparecer.

Maxwell entra no depósito e coloca sua bolsa no chão, próximo a alguns jornais antigos. Ele começa o plantio das plantas e após algumas horas termina e as deixa próximas à um pequeno painel, iluminadas por luz solar. Após isso, ele espera o horário do almoço. Quando finalmente chega o horário do almoço, ele pega sua bolsa e vai em direção ao banheiro, lá ele poderia colocar seu novo traje e lá também há uma janela, grande o suficiente para que ele passasse por ela e pudesse sair por algum tempinho. No caminho ao banheiro ele se depara com Elizabeth, e a cumprimenta.
- Oi Elizabeth, bom dia.
- Bom dia Max, como vão as coisas? Tá sumido hein.
- Ah, vai indo.. bem, e com você? Bom, tô meio ocupado ultimamente sabe?
- Tô bem também. Ah, olha só. Se precisar de algo é só me avisar.
- Obrigado Elizabeth.
- Enfim, vou indo, ainda tenho mais algum trabalho por hoje, a gente se fala depois?
- Claro, eu te ligo.
- Ótimo, até depois Max.
- Até Elizabeth. -Maxwell se despede e corre para o banheiro. Após entrar, ele observa bem e vê que não tem ninguém alí. Ele retira o traje de sua bolsa e o veste, após isso, começa a olhar para o espelho. Enquanto se olha no espelho ele começa a falar sozinho:
- É.. é hora da verdade. Vamos lá. -Ele abre a janela e consegue sair com certa facilidade. Ele fica apoiado numa espécie de apoio do lado de fora e começa a olhar para baixo. É meio alto, mas mesmo assim ele pula, ele sabe que consegue flutuar, além do mais já conseguiu em outras situações. Ele começa a usar toda sua força mental para não cair no chão e começa a voar.
Parecia difícil antes, mas agora ele utiliza tal habilidade facilmente.
Ele não conseguia acreditar no fato de estar voando e nem sabia como aquilo estava acontecendo, mas ele realmente estava voando.
-Eu sempre pude usar esses poderes quando bem entendesse? -Pensa Maxwell.

Maxwell voa pela cidade e várias pessoas na rua passam a observar aquela cena, algumas surpresas e sem reação. Algumas pessoas que estavam em ruas da cidade começam a comentar entre si o que poderia ser aquilo que acabaram de ver.
- Vocês viram aquilo?! -Pergunta um homem para algumas pessoas que estavam próximas.
- Aquela coisa era um homem? -Pergunta uma mulher que também estava por perto.
- É o que parecia. -Responde um homem com terno, segurando uma maleta.
As pessoas continuam contemplando o que aquilo poderia ser, até que após algum tempo seguem seus caminhos.

Maxwell estava procurando por toda cidade qualquer atividade criminosa para impedir e poder fazer uma demonstração de seus poderes. Depois de voar pela cidade e chamar a atenção de vários cidadãos, ele encontra em um beco, alguns homens provocando e quase assediando uma jovem garota. Ele para em cima de um prédio, próximo ao local e observa a cena.
- Qual é gata, deixa a gente pelo menos dar uma olhadinha. - Diz um dos homens, alto e usando capuz.
- Para! Eu já disse que não! -Rssponde a garota, com uma expressão de medo, olhando para os lados.
- Tá nervosinha? A gente só quer diversão boneca, mas se você não quer se comportar a gente corrige isso. -Após dizer isso, um dos homens segura a garota e começa a tentar tirar suas roupas, a garota começa a se debater e gritar.
- Para! Eu já disse que não! Socorro!
Um dos homens coloca a mão na boca da garota, que morde a mão daquele homem em seguida.
- Argh! Sua vadia! Você vai ter o que merece e vai render muita diversão pra gente, ah vai sim!
Após isso, o homem que estava segurando a garota, a derruba no chão.
- Não! Por favor, me deixa ir! Socorro! Alguém me ajuda!
- Ninguém vai vir te ajudar, você vai sofrer quietinha sua vadia de merda.
Maxwell que estava apenas observando a cena aterriza no chão com todas suas forças, fazendo um estrondo que assusta os homens que estavam assediando aquela inocente garota.
- Que porra é essa? Quem é esse merda? - Diz um dos homens.
- Mas que porra de fantasia é essa? Saiu de uma festa à fantasia seu babaca?
- Deixem a garota ir. - Exclama Maxwell, olhando para todos aqueles homens em uma postura firme e mantendo a calma.
- Como é que é? Quer mandar na gente seu filho da puta? - Grita um dos homens.
- A gente não vai deixar ninguém ir seu babaca, agora que tá aqui, a gente pode aproveitar e te dar uma bela surra também, né não galera? - Diz um dos homens olhando para seus comparsas.
- Isso aí, vamo' dar uma surra nesse merdinha e rasgar essa fantasia de otário.
- Eu avisei para deixarem ela ir. - Retruca Maxwell.
Após isso, Maxwell lentamente se aproxima daqueles homens e fica de frente para um deles.
- Parece que esse retardado quer bancar de machão! - Após dizer isso, o homem tenta desferir um soco em Maxwell, que segura sua mão e a quebra no mesmo instante. Em seguida, ele acerta um chute na barriga daquele homem e o arremessa para longe. Em seguida, todos os comparsas daquele homem correm em direção de Max, na tentativa de o segurar. Ele se move rapidamente e consegue desviar dos dois homens, fazendo com que os dois dêem de cara um com o outro, caindo no chão.
- Qual é a desse filho da puta?!
Os dois se levantam, mas rapidamente, Maxwell desmaia os dois com golpes precisos na região do pescoço. Após isso, ele vai em direção à garota que estava no chão e estende sua mão. Ela levanta e logo, mesmo assustada com toda a situação, e ainda assim surpresa, pergunta quem era aquele estranho rapaz fantasiado.
- Você pode me chamar de Hope. Fico feliz que esteja bem, não se preocupe, a polícia já deve estar vindo, algumas pessoas que estavam na rua devem ter visto a situação. Vai ficar tudo bem. Tenho que ir, até mais!

Em um instante Maxwell dá um salto e sai voando do local. Aquela garota que acabou de ser salva, observa aquilo como se tudo fosse um sonho, conturbado no começo, mas com um final feliz (e improvável). Se passam alguns minutos e a polícia e uma equipe de reportagem em uma van aparecem rapidamente no local, todos queriam saber o que havia acontecido alí, e como se não bastasse, pessoas que estavam na calçada do outro lado da rua filmaram toda a cena e divulgaram na internet. Agora rapidamente, todos saberiam da existência do primeiro herói da terra, Hope!

Fim do capítulo 4.

Ureel, O DesesperoOnde histórias criam vida. Descubra agora