Novos amigos

9 2 0
                                    

25/10/2017

Restaurante: 2 dias após a batalha

Samir: — É, parece que finalmente acabou, né?

Disse ele enquanto se espreguiçava.

Moisés: — Eu acho que não.

Chara: — Eu concordo.

De repente, Chara começa a olhar fixamente para a janela que dava para a rua. A janela era daquelas que ficam em vitrines. Eu olhava para a janela na qual ela fixava o olhar, com medo e angústia, mas não via absolutamente nada, além dos carros e pessoas que passavam em frente. Fiquei cutucando ela e a chamando para ver se saía daquele transe. Os outros estavam assustados com a expressão dela, e eu já começava a ficar muito preocupado, até que ela voltou a falar.

Moisés: — Chara, Chara!

Chara: — Vocês não estavam... vendo, eu... eu... eu estava lá fora...

Samir: — Chara, quer um pouco de água? Você está pálida.

Chara não ouvia o que os outros falavam e continuou.

Chara: — Você está vendo, né, Moisés? ... Agora ela sumiu.

Moisés: — Quem sumiu, Chara?

Chara: — Eu...

Marcelo se levanta, toca as mãos no ombro dela e fala:

Marcelo: — Calma, deve ter sido por causa da batalha. Eu também vi coisas estranhas desde que lutei com uma certa pessoa.

Sammy: — Chara, você não costuma ter certos medos, e eu sei disso desde o dia em que te "sequestrei".

Moisés: — Concordo com você, ela não costuma ter medos...

Quando Amanda encosta nela e fala:

Amanda: — Chara, vamos comer, vamos.

Chara: — Não precisam se preocupar, gente. Deve ter sido como o Marcelo disse, apenas vestígios da batalha. Vamos voltar a comer e não me olhem com essa cara.

Faço uma cara para tentar esquecer o problema.

Samir: — Espero que na mesa dos outros esteja tudo normal.

Algumas horas depois

A cidade que tínhamos evacuado estava com todos voltando para suas casas e reconstruindo as construções que foram destruídas. Havia muitos engenheiros e pedreiros juntos, ajudando na reconstrução.

Moisés: — Parece que tudo deve voltar ao normal.

Boris: — Eu acho que não.

Zequebete: — Eu não queria, mas devo concordar com o Boris.

Boris: — Algum problema comigo?

Zequebete: — Não é isso, eu apenas não queria concordar que não iremos voltar ao normal, não depois do que fizemos... E também não é todo dia que vemos um cachorro de tinta de 1,77m.

Boris vira a cara, bravo com Zequebete. Nós ríamos um pouco da situação entre os dois, enquanto ainda estávamos perto da cidade destruída. Estávamos indo embora quando uma menina de cabelos pretos longos e lisos, olhos pretos e mechas vermelhas no cabelo apareceu.

Novos Tempos (Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora