Adriana:
- Você acha mesmo que está em condições de ficar fazendo essas piadinhas sem-noção agora???
- Tá bom, tá bom... foi mal! - diz o mesmo, enquanto jogo meu olhar de frieza para ele - Eu só queria aliviar um pouco por causa do que houve!!!
- Eu acabei de arremessar uma bola em minha colega, descobri que minha irmã não vale nada... E VOCÊ QUER ME ALIVIAR COMO!????
Enquanto falei isso alto, percebi que chamei a atenção de duas mulheres que passavam ali. Acabei correndo, agarrando Juliano para ir comigo para outro lugar. Nos abaixamos no meio daquele mato, enquanto Juliano também faz o mesmo. Na hora que eu olhei para ele, ele também olhou para mim. Esperamos as moças passaram e nos levantamos.
- Olha, eu acho melhor você ir embora né! - falei para Juliano.
- Tem certeza que é isso que você quer!?
- Tenho sim. - continuo, enquanto suspiro aliviada - Precisamos andar com nossa vida antes que tudo piore, certo?
- Acho que você tem razão!
Juliano diz isso e vai embora, enquanto eu vou andando de volta para minha família. Fomos ver como minha colega estava. Ela passa e até fez graça com a minha tacada (passei uma vergonha no pronto-socorro por isso). Após tudo ser esclarecido, fomos todas para a casa. Depois de tomar um banho, trocar de roupa e tomar uns remédios para dor de cabeça, fui jantar com minha mãe e minha irmã.
- Filha, que bom que veio jantar! Fiz sopa de ervilhas, sua favorita! - diz minha mãe Gwen.
- Obrigada, mãe! Você é um anjo.
- Meu Deus em dona Gwen. A senhora mima muito essa... menininha mão-furada. - minha insuportável irmã Erika fala.
- Olha, Erika, como você fala com a sua irmã? - Gwen diz isso sobre meu olhar de ódio para Erika.
Eu a encaro por um tempo, sob uma resposta de olhar cínico. Tomamos a sopa de forma rápida, quando minha mãe pegou os pratos e foi para cozinha, decidi pressionar a víbora na parede:
- Agora me fala aí, Erika? Anda beijando muitas bocas ou a só a do Juliano, em?
- Por que você quer saber isso, irmãzinha!? - diz Erika, levantando e saltitando ironicamente.
- Porque você é uma cobra, Erika! Uma cobra rasteira que fica beijando o homem que não é seu!
- É por acaso ele é seu, Adrianinha? - nessa hora que ela falou isso, minha mãe chegou e interrompeu a discussão.
- Ei, tá acontecendo alguma coisa aqui!?
- Claro que não, mãezinha! Estávamos só conversando. - diz Erika, toda trabalhada no cinismo.
Decidi ir para meu quarto, por que eu já não estava aguentando olhar para minha irmã e fui falar com o Juliano. Me joguei na cama, me enrolei na coberta quentinha e liguei para ele.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Puro Amor
RomanceO que acontece quando duas famílias problemáticas acabam fazendo dois apaixonados se cruzarem pela vida? Juliano, um rapaz aplicado pressionado pelo pai para seguir a carreira de médico, e Adriana, uma menina alegre e brincalhona que se vê num mun...