Capítulo 5

14 1 0
                                    

Pov Lisa:

Acho que eu nunca estive tão animada que nem hoje, era só mais um dia normal como professora no orfanato, mas eu acordei muito bem comigo mesma, parecia que todos os meus chakras estavam em uma ordem cheia de energias positivas, graças a Deus. Porque nesse último mês, só Deus sabe como foi difícil, como as crianças estavam impossíveis e cada vez mais me perguntavam quando seriam adotados e teriam um pai ou mãe. Trabalhar no orfanato, em minha humilde opinião, é o melhor trabalho do mundo, eu amo o que eu faço! Quando estava na faculdade, cursando pedagogia e surgiu um estágio para dar aulas no orfanato, eu aceitei de primeira, estava louca para lecionar para crianças e mostrar o quanto eu havia nascido para fazer isso. Assim que coloquei os pés no Orfanato Strong, percebi que seria algo difícil, e que eu precisava ter um bom psicológico para trabalhar com crianças, mas percebi também que aquele era o serviço da minha vida! Quando terminei a faculdade, consegui ser efetivada no emprego, eu chorei tanto de felicidade. Eu só conseguia pensar que meus pais sentiriam muito orgulho da pessoa que me formei. Eu sinto muito a falta deles, mas sei que eles estão em um lugar muito melhor!
  Depois de 1 ano e meio trabalhando no Orfanato, foi deixada uma bebezinha na porta do mesmo, hoje, Bella a bebezinha abandonada, está com 3 anos e é uma menina linda e cheia de carinho, e o meu maior desejo é adotar ela. Eu não posso ser mãe, então qualquer possibilidade de ter um relacionamento e engravidar, foram todas para o saco quando descobri que não poderia ter filhos, mas não somos pais apenas de sangue, biológicos. Mas sim, de coração também! E Bella e eu, somos tão apegadas, já tentei adotar ela diversas vezes, mas todas as tentativas foram em vão, pelo o que parece, para você conseguir adotar uma criança você precisa de uma boa estabilidade financeira (que eu possuo), ter uma casa (possuo tambem), e umas das principais coisas é, você precisa ter um relacionamento, que no caso ter um relacionamento civil estável, em outras palavras, eu precisaria estar casada (o que nao sou). Não sei porque tanta coisa, se eu passei em todos os exames até chegar na parte do relacionamento? Sim, se eu consegui a guarda de Bella? Não. E isso me deixa cada vez mais triste.
Mas o que me conforta é que ela me ama, e eu a amo como uma filha para mim, sempre que ela precisa ir ao médico ou algo do tipo, eu a levo. E falando em médico, ela tem uma consulta hoje, então assim que chegar ao orfanato ja tenho que a levar para o médico.

Horas depois...

  Depois que chego ao Orfanato pego Bella, para ir ao hospital. Chegando lá, não esperamos muito e logo o Doutor Caio nos chama. Bella, é muito frágil e fica doente muito fácil por conta da sua imunidade baixa. Ele cuida tão bem dela, a trata como uma princesinha, e nesses 3 anos que ele cuida de sua saúde, acabei pegando uma amizade com ele, na verdade mais que isso, se assim posso dizer, Caio é como um irmão para mim. Enquanto ele examina Bella, acaba me perguntando sobre o processo de adoção e eu digo que eu não vou desistir, e o mesmo, diz que para o que eu precisasse ele estaria ali para me ajudar.
Nesse meio tempo, ele acaba me perguntando:
- Seria muito inconveniente e chato se eu te convidasse para um jantar? Vai ser semana que vem, e a noite, e também é meu aniversário...
- Caio, não sei não em, e se?...
- Ah Lisa, vamos vai, somos amigos não somos? É meu aniversário, e queria que todas as pessoas que eu considero fossem para o jantar, eu prometo que vai ser poucas pessoas, eu prometo. Por favorzinho.
- Eu vou pensar Doutor Caio- digo brincando- mas bem capaz que sim.
Assim que digo isso, ele abre um sorriso enorme e termina de examinar Bella, ele passa alguns exames de rotina e vou embora com ela, ela vai cantando e conversando o caminho todo.
- Tia Lisa?
- Oi meu amor, o que foi?
- Será que eu posso te chamar de mamãe? Eu te amo tanto, desse tamanho- E abre os braços. Nesse momento me bate uma vontade de chorar...
- Claro que sim meu amor, se você se sente bem me chamando assim, eu nao vejo problema nenhum nisso.
Dito isso, ela vem e me dá o melhor abraço do mundo.

Love in FlamesOnde histórias criam vida. Descubra agora