Cersei tinha um belo bebê de cabelos dourados em seus braços, e sentava-se no trono de ferro com ele.
A manta que envolvia a criança era de um carmesim muito vívido, com pequenos leões dourados bordados nas bordas.
Jaime estava ao lado, com um largo sorriso, e pedia para segurar a criança. Ele havia sido reconhecido como pai, e estava tremendamente emocionado com isso. Cersei temia que ele derrubasse o filho de ambos por ter apenas uma mão, então o avisou para ter bastante cuidado e estava lhe passando o bebê.
Mas de repente a manta começou a derreter, derreter e derreter... E a rainha acordou.
Sentia algo quente e molhado. Sangue. Por conta disso, não se moveu e gritou por um guarda, ordenando-o que chamasse Qyburn.
Qyburn rapidamente apareceu e Cersei permaneceu imóvel, em uma fraca esperança de manter a gravidez.
"- Meu filho..." foi a única coisa que disse, emotivamente e apenas para si, antes que o Grande Meistre levantasse a colcha que a cobria e começasse a examiná-la.
"- Sinto muito, Vossa Graça. A criança se foi. Mas era bem formada... - Começou ele, em uma tentativa de consolá-la - Ainda há tempo para que gere outro filho assim que se recuperar." E recomendou fortemente que a rainha passasse o dia na cama.
A expressão de Cersei se tornou pedra. Acabara de perder o que tinha de mais precioso. Permaneceu na cama, mesmo que por um momento quisesse sair e se atirar da torre mais próxima.
Euron seria comunicado que a rainha estava indisposta e proibia quaisquer visitas naquele dia.
***Pouco tempo depois, com a invasão de Daenerys, Cersei havia estocado fogovivo em todo o castelo. Já não havia coisa alguma a perder, e resistiria à jovem platinada.
Jaime, após matar Euron, entrara na Fortaleza Vermelha. Encontrou a irmã e ambos se abraçaram.
"- Eu perdi. Eu perdi o nosso filho." Ela disse, com tristeza. Jaime quis chorar, afinal havia ficado muito feliz ao saber que seria pai e agora isso não aconteceria. Mas segurou as lágrimas. Precisava ser forte por sua amada e assim o fez, abraçando-a com mais força, para mostrar que estava ali por ela.
Cersei se soltou dos braços do irmão. As primeiras rajadas de Drogon já tinham soltado pedras do teto.
"- A garota Targaryen conseguiu entrar na cidade. E há mais inimigos junto a ela." - Disse, com um misto de força e desespero.
A rainha havia mandado treinar soldados para manusear e arremessar fogovivo, e ela mesma pretendia fazê-lo também. Se Daenerys pretendia governar, que governasse sobre cinzas.
***Drogon já havia acertado uma parte do castelo que continha fogovivo, causando uma grande explosão. Mas os gêmeos ainda estavam vivos, na parte oposta.
Cersei vislumbrou Arya e Sandor no patamar abaixo de si, e não teve dúvidas em arremessar um dos frascos de fogovivo que trazia e carbonizá-los no mesmo instante. Jaime olhou para a cena com certo espanto, mas aquilo era guerra e estava acostumado a ela.
Alguns Imaculados também entraram no castelo e tiveram o mesmo destino que Sandor e Arya, dessa vez pelos soldados da rainha leoa.
E o fogovivo ia se espalhando e tomando conta do castelo, auxiliado pelas rajadas do dragão. E tudo sumiu em meio a aquele inferno verde.
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Contos Lannister
FanfictionComo uma grande fã da Casa Lannister d'As Crônicas de Gelo e Fogo, fui escrevendo várias pequenas histórias ao longo do tempo na página que administro no Facebook, 'A Rainha Regente'; e resolvi transcrever as histórias para cá. Todos os contos envol...