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Han Jisung, um dos garotos mais fofos do seu período na escola, seu primeiro ano na última etapa da vida escolar, já era conhecido pela maior parte da escola por suas notas e contribuições para as aulas extracurriculares em música.

Ele não se considera alguém tímido, apenas reservado, tem poucos amigos mas os ama, mas algo em especifico o deixava tímido e extremamente nervoso.

Lee Minho.

Estudante do segundo ano, relativamente popular, jogador do time da escola e por consequência dono de uma das melhores notas do colégio, precisava sempre se manter intacto na formação original do time.

Lee Minho era lindo, era não, é. Seria uma hipérbole falar que toda a escola tinha um crush no garoto, mas era quase isso. Todos enxergavam mil qualidades no segundanista e se apertavam pra encontrar um defeito, e Han Jisung não era diferente.

Ele se sentia estranhamente diferente quando via o garoto de cabelos pretos passar nos corredores, no patio ou em qualquer lugar que sua vista alcançava, nunca havia se sentido assim, mas sabia que suas mãos suavam e sentia uma sensação estranha no peito que o deixava inquieto, sua barriga borbulhava, e sua respiração falhava algumas vezes, ele não sabia o que acontecia consigo mas ele ainda sim amava ficar vendo o mais velho passar, sempre com um livro ou compenetrado em seu celular.

E no momento atual era isso que fazia. Assim que viu o segundanista passar pelo portão de entrada da escola sentiu a necessidade de acompanhar todo seu trajeto, mas com toda sua vergonha não poderia fazer tudo tão descaradamente, então se escondeu atrás de uma árvore pra poder vê-lo sem que o outro percebesse.

O observou parar pra conversar com Bang Chan, seu melhor amigo, e por um momento sentou de costas pra árvore e encarou o papel em sua mão, quase escondida pela manga dos seu moletom alguns números maior que o necessário. Era sua nova música - que secretamente era inspirada no garoto de cabelo pretos que tanto mexia consigo - ali contia tudo que estava sentido e toda sua angustia por não saber o que se passava consigo mesmo, tudo isso em forma de rimas que fluíam como águas do mar calmas, que de repente se encontram em uma mudança de maré e se tornam agitadas.

Perdido em seus pensamentos não percebeu que um de seus melhores amigos, Lee Felix - um australiano ruivo com lindas sardas que chegara perdido a alguns anos e que Jisung com seu, na época, limitado inglês fez de tudo pra se comunicar com o novato e acabaram se tornando inseparáveis -  ele se aproximou disfarçadamente e leu um pouco de seus versos, reconhecendo quem era o dono da inspiração tão grande de seu amigo e num ímpeto falou exageradamente alto, puxando a folha da mão do outro assustando o dono da canção.

- VOCÊ ESCREVEU UMA LETRA PRA LEE MI- e antes que terminasse Han pulou no amigo tapando sua boca, e arregalando os olhos de uma forma que quase sentiu suas órbes saltarem de seu rosto.

- Lee Felix não! Cala boca - falou rápido e tirou sua mão rapidamente assim que sentiu uma lambida na mesma a limpando na própria roupa - Nojento.

- Jisunggie eu não acredito - disse entusiasmado.

- Eu-eu não não - Jisung tentou argumentar, mas nada saía de si, era um péssimo mentiroso, e infelizmente Felix sabia daquilo.

- Vamos mostrar pra ele! - Felix quase gritou empolgado fazendo o coração de Jisung falhar e se engasgar com a própria saliva.

- NÃO! - gritou mas já era tarde demais, Felix saiu correndo com sua preciosa canção em mãos na direção do segundanista.

E Jisung não poderia deixar que uma coisa dessas acontecesse sem fazer nada, na realidade, aquela canção era pra si e apenas, ninguém poderia lê-la, era seu segredo. Então correu atrás do melhor amigo.