Our Bond

Mudanças

Kim Taehyung - Tokyo, Japão.

— Qual é o seu problema com meu cabelo? –indagou, fazendo o seu típico biquinho sempre que ficava amuado.

Era óbvio que ele não veria com bons olhos a ideia de tingir o cabelo para uma cor mais neutra, mas era necessário para manter o disfarce.

— Yoongi, entenda, você é conhecido pela academia inteira não só por ser da realeza mas também pela sua coloração única. –Toquei nos seus fios platinados– Eu não tenho nada contra eles, muito pelo contrário. –Sorri– Mas se você quer continuar se escondendo, vamos ter que os pintar.

— Certo... –Murmurou ainda sem tirar o famoso biquinho de seus lábios– Mas eu que escolho a cor.

— Desde que seja uma cor neutra. –Dei de ombros.

[ ... ]

Sentei-me enquanto esperava ele escolher a cor.

— Que tal essa? –Virou o livro, apontando para um tom vermelho vinho.

— Claro que não, de dia o que mais vão ver é o seu cabelo.

— Ok... –Voltou a olhar para as cores apresentadas na página– E esse azul?

— Sério isso?

— Não –Riu– Estava só lhe provocando. Hum... tem mil tons de castanho aqui, que confuso.

Pelos visto iria demorar até encontrar a cor ideal.

— Vou sair e pegar um ar enquanto você escolhe. –Disse, vendo-o assentir em seguida.

Levantei e primeiramente fui até à balconista do salão.

— Vou ter que sair por um instante, poderia me fazer um favor e ficar de olho naquele garoto ali? –Apontei para Yoongi que estava totalmente concentrado naquele livro cheio de cabelos– Ele é muito importante para mim.

— Hum, seu namorado? –Sorriu sugestiva.

— O quê?! –Arregalei os olhos– Não! Ele é só... filho do meu patrão, se algo acontecer com ele a minha cabeça vai rolar.

— Ah, sim. –Riu– Me desculpe.

— Tudo bem, acontece. –Sorri e me retirei.

Os dias não estavam sendo fáceis, com o passar do tempo em vez de sentirmos mais segurança, nós sentíamos o cerco fechar cada vez mais, Tokyo já não era um lugar seguro para nós. Não sei como irei abordar isto com o Yoongi, primeiro o cabelo, agora a possível saída de tokyo... são muitas mudanças repentinas, o meu garoto não sabe lidar com isso.

Mas nós não podíamos voltar para aquele lugar, diferente do que a diretora queria passar, a academia deixara de ser um lugar seguro faz tempo e eles não querem aceitar isso, a consequência será a vida do nosso príncipe.

O príncipe! Preciso voltar para ver como ele está.

Entrei de novo no estabelecimento, já encontrando o garoto com alumínio na cabeça, não controlei e acabei rindo da sua figura.

— Dá para parar. –Pediu.

— Claro vossa alteza. –Disse tentando controlar o riso– Hum, escolheu uma cor escura. –Analisei pela tinta que dava para ver entre os alumínios.

— Sim, não era o que você queria?

— Logo tudo isso passa e você volta aos seus cabelos brancos.