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Eu não imaginava que da noite pro dia, minha vida poderia estar arruinada por conta de um mau entendido. Sintia muito coração acelerar e já estava ficando tonto a ponto de desmaiar. Minha respiração se tornava ofegante — igual aqueles caras que correm uma maratona inteira. — e eu continua sem saber o que fazer.

A mulher asquerosa que me acusava de um mal feito apontava o dedo na minha cara, gritando para os quatros cantos do mundo que eu era o culpado, que provavelmente teria roubado a coleção sua de porcelana que era uma herança nobre de família. O segurança que segurava desesperado a mulher pedia para que ela manter-se calma, ele já tinha olhado minha mochila umas três vezes em busca daquela maldita coleção e nada dela.

— Senhora, eu já lhe disse. Não há nada com o garoto.

— Lógico que há! É culpa de vocês por deixar ladrãozinhos entrarem nesse hotel! E é assim que querem ser classificados como o melhor hotel de Seoul? Faça-me o favor!

A mulher parecia enlouquecer e quase me ofereci para o segurança ligar para o hospital. O outro segurança alto do meu lado, parecia relaxado diante a situação. Era como se aquilo sempre acontecesse.

— Ela não parece ser jovem demais? Não pode ser culpa da idade dela ser tão maluca assim! — puxei assunto com o segurança alto, que me olhou de relance. Seu olhar me parecia mandar calar a boca e só isso me fazia arrepiar por inteiro.

Suspirei. Parecia que aquela confusão duraria por um tempo, e do modo que os outros seguranças que olhavam para gente dessinteressados, aquilo não parecia ser a primeira vez que acontecia.

Eu estava naquele hotel a pedido de Jimin, um velho amigo de infância. Ele tinha me chamado pois seu chefe — dono do hotel, já como Jimin trabalhava na recepção. — estava interessado em uma das minhas pinturas, e como não sou idiota nem nada, ter um novo cliente é sempre bom. Menos quando há situações como essas. Ver minha bolsa de pincéis ser revirada pela milésima vez e minhas telas serem jogadas de modo agressivo em cima de uma mesa me fazia peder a paciência.

— Pelo amor! — revirei os olhos de saco cheio. — Você é cega ou o quê?! Na minha mochila só tem materiais de pintura! Ouviu? De pin-tu-ra!

— Mais respeito comigo, seu jovem miserável! — cruzei os braços cansado com os insultos que ela me lançava, o pior que os seguranças faziam nada a respeito. Espero que não reclamem quando eu começar a xingar ela também.

O segurança que a segurava estava prestes a dizer algo quando fora interrompido pelo um som irritante de chiado causado por um par de sapatos, e então, toda atenção das pessoas que assistiam o "show" da mulher foi voltada apenas para uma única pessoa. As pessoas pareciam cochichar entre si, surpresos, até os seguranças ficaram mais dispostos naquele momento. Pela segunda vez, rodei os olhos aproveitando a distração para catar minhas coisas jogadas no chão e na mesa. Jimin que havia visto isso aproveitou e correu até a mim, me ajudando.

— Boa sorte. — alertou antes de se levantar, me deixando confuso.

Quando me levantei, senti algo errado. Virei aos poucos me sentindo o protagonista daqueles filmes de terror que quando eu me virasse por completo, estaria o assassino atrás de mim, pronto para me assassinar.

E como dito e feito.

— O quê está acontecendo aqui? — o rapaz de altura mediana perguntou, cruzando os braços.

O rapaz que chegou a pouco tempo me prende apenas com o olhar. Seu cabelo está perfeitamente alinhado, com sua testa à mostra que lhe rende um ar maduro. Suas feições são juvenis que me faz acreditar que ele deve ter menos de 30 anos. Meu olhar volta para seus braços cruzados, onde há uma tatuagem cobertura pela camiseta branca e agora estou curioso sobre ela.

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⏰ Última atualização: Jul 06, 2019 ⏰

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