Campus

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Boa leitura lindes.



~•~






Betty on

Eu não acredito que eu vou para um dos melhores colégios internos!
Eu sei que qualquer outro adolescente da minha idade estaria surtando com uma coisa dessas, mas não ter que aturar meus pais gritando ou brigando é ótimo.
Eu estudo muito, alguns já me zoaram de "nerd" ou coisa parecida, mas nunca me importei, quem terá um futuro bom é eu e não eles.
Eu gosto de me arrumar ou sair para algumas festas - quando não preciso estudar para alguma prova - mas a maioria prefere sair do que tirar 10 numa prova.

- Filha já pegou todas as malas? - minha mãe pergunta.

- já sim mãe, estão na mala do carro, vamos? - digo.

- Vamos. - ela diz sem muita empolgação. Percebo seu olhar triste e distante, não a julgo mas, não posso parar minha vida ou a levar junto em tudo.

Minha mãe gosta muito do meu pai, mas digamos que ele não trata ela muito bem. Ele passa mais tempo no trabalho do que em casa com a família.
Por isso não tem ânimo para que eu vá, eu defendo ela na maioria das vezes e sirvo de compania.

O caminho até lá foi calmo e meio "deprê", apesar de meu coração bater mais forte de felicidade por eu conseguir isso.


~•~


O Campus não era muito longe, mas também não dava para ir a pé.

Saímos do carro e mamãe me ajudou a tirar as malas do carro. Em volta de nós tinham vários outros carros chegando com algumas pessoas com malas para um apartamento e outras com apenas uma mochila.

- Tchau minha filha, se cuide, te amo - ela beija o topo da minha cabeça, seus cabelos loiros estavam arrepiados por causa do vento forte no caminho. - e use camisinha.

- Mãe! - a repreendo. Não tem coisa mais vergonhosa que isso.

- O que foi? Você já tem 17 anos, último ano da escola, logo arranjara um namoradinho.

- Ta, ok mãe. Tchau, beijos. Te amo e não deixe que o papai toque um dedo em você! - eu digo abraçando ela forte. Respiro fundo enquanto estou em seu abraço.

- Tudo bem filha, eu amo você. - ela me olha com olhos doces e entra no carro em seguida, acena pra mim e sai.

Entro e tinha uma moça que aparentava ter uns 40 anos, quase na porta com uns papéis, perguntei a ela como poderia saber onde será meu quarto.

- Qual é o seu nome? - ela pergunta com um tom de quem já está de saco cheio do que faz.

- Elizabeth Cooper, terceiro ano do ensino médio.

- Ah sim, senhora Cooper... - ela começa a procurar nas folhas - achei! Você ficará no quarto 210, segundo andar, junto com seu colega de quarto Jughead Jones.

Na hora eu congelo, eu não sei direito o que eu tô sentindo, era uma mistura de raiva e nojo.
Jughead cortou metade do meu cabelo na 5 série. Eu tive que cortar meu cabelo - que ia na cintura - no ombro.

Não me recordava que permitiam meninos e meninas juntos, mas parando para pensar, as consequências não eram muito diferente de quando colocavam duas mulheres juntas.

- Ok. - só falo isso. Reparo nas pessoas ao meu redor e percebo que poucas pessoas que eu conheço estão aqui. E para minha sorte, justamente Jughead está no meu dormitório.

Subo a única escada que encontro e começo a procurar.
- 202... 203... 204... - vou dizendo em voz baixa - 206... 208... 210!

Entro no quarto, tinha um monte de outros alunos entrando em outros quartos no mesmo momento que eu. Pelo visto o meu colega de quarto ainda não havia chegado.
Confesso que o quarto era maior que eu esperava, tinha duas camas de solteiro uma bem longe da outra. Ainda bem.
Também tinha um mini frigobar, no canto do quarto e tinha duas comodas.

- Oi gatinha, pelo visto vamos dividir o quarto. - Jughead chega de surpresa no quarto - senti sua falta quatro olhos!

"Quatro olhos" era um apelido idiota e infantil que os garotos da minha antiga turma me chamavam. Eu odiava, agora não me importo.
Não vou deixar que ele me provoque.


Continua...




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Beijos.


Bughead - A nerd e o bad boy (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora