onde a bagunça que lola causa é capaz de organizar a vida de jonah, e fazer com que ele não a tire de sua mente um segundo sequer.
❝•you make me smile every time you call me.
you let me be myself.
you do not control me.❞
- Se você estiver lendo est...
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"No one even has to know I'm dealing with it on my own What do you do with a broken heart?"
chapter thirty six - FUCK
As gotas da água quente que caiam sobre meu corpo se misturavam com as lágrimas que ainda escapavam dos meus olhos e encobriam minhas bochechas.
Tomar um banho após um longo dia de diversão e proveito é sempre algo prazeroso e que relaxa o corpo, porém, naquele dia, era como se algo estivesse queimando a cada gota que caia sobre minha pele.
A sensação angustiante vinha principalmente dos meus pensamentos, que se manifestavam sempre quando eu estava ali, embaixo da água.
Abracei meu próprio corpo e respirei fundo, tentando fazer com que as lágrimas parassem, mas era quase que impossível. Eu era tão burra. Eu chorava, mas não era por Jonah, nem pela chance que eu tive com ele e acabei desperdiçando. Eu chorava porque eu sempre acabava estragando tudo.
Eu era mestre em destruir coisas e pessoas.
Tentei respirar fundo, sentindo minha cabeça girar. Imagens repentinas de todas as pessoas que já afastei de perto de mim repassam pela minha mente. Sinto meu pulmão sufocar, enquanto encosto minhas costas na parede gelada do banheiro. Deslizo meu corpo até o chão, enquanto a água continuava a cair sobre mim.
Fazia um tempo desde meu último ataque de pânico.
Abraço meus joelhos que estavam grudados em meu corpo. Meu queixo batia por conta do frio, mas aquilo era a última coisa que me importava.
"Você é fraca, e inútil."
Meu corpo tremia, e eu não conseguia abrir meus olhos. Eu sequer conseguia me mexer.
"Você acha que está bem, que conseguiu superar isso tudo. Mas, deixa eu te contar um segredinho: você jamais vai conseguir sair dessa."
Eu precisava sair dali.
Eu não podia dar ouvidos para aquela voz uma outra vez.
Você está tendo um ataque de pânico, apenas isso, Lola.
Você consegue.
"Daqui a algum tempo, esses remédios que você toma achando que te fazem bem não funcionarão mais. Você não vai vencer essa luta, Lola."
Meu celular começou a tocar na pia do banheiro, me tirando do transe. Abro meus olhos de forma desesperada, e olho ao redor enquanto meu peito subia e descia frenéticamente, e eu tentava miserávelmente ajustar minha respiração.
Desliguei o chuveiro, me enrolando em uma toalha, e deixando para trás o banheiro, que agora estava vazio e escuro.
Não sei por mais quanto tempo chorei, remexi e resmunguei. Acabei perdendo a conta de quantas vezes já havia me xingado mentalmente por ser tão fraca. Eu estava apenas encarando a pequena brecha das cortinas que haviam na janela do meu escuro quarto, quando Atlantis entrou nas pontinhas dos pés, e deitou-se ao meu lado.
