A CASA NA FLORESTA

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Passava da meia noite, do lado de fora fazia 22 graus, um vento gelado cortava a cidade de norte a sul. Não muito distante da estrada, entrando quinhentos metros dentro da floresta uma casa podia ser encontrada, castigada pelo tempo, dava para ver as marcas que o tempo deixara na casa. Uma pessoa com olhos mais aguçados ao avista-la logo perceberia que muita coisa já havia acontecido dentro e fora daquelas paredes. A porta da frente era feita de uma madeira tão antiga quando as das arvores que rodeavam a casa, a pequena janela do lado esquerda tinha seu vidro manchado pelo tempo, era difícil de ver oque havia lá dentro quando visto do lado de fora, um machado cravado em um tronco podia ser visto a três metros de distancia da casa, lenha recém-cortada empilhada ao lado.

Passaram voavam entre os altos ganhos das arvores, o canto de alguns podia ser ouvido a uma distancia considerável, para muitos era um som assustador, podendo causar calafrios a qualquer pessoa que possua sensibilidade acentuada. As pessoas que viviam dentro da flores eram mais castigadas pelo frio, estranhamente lá parecia estar muito mais frio que em qualquer outra parte da cidade, poderia ser esta a razão que fazia os animais estarem tão agitados. Alguém com olhar mais atento ao voltar seus olhos para a parte de cima da casa perceberia que uma fumaça tímida saia da chaminé.

Inesperadamente ouve-se um estrondo tão alto que fez os pássaros voarem, os esquilos se esconderem nos buracos encontrados em algumas arvores, o som forte, rouco, assustador pode ser ouvido por todas as criaturas que estavam ate seiscentos metros de distancia da casa. Imediatamente após o barulho sai da casa um pequeno garoto Tomy. Cabelos negros como a noite, curtos, que encostavam suavemente nas orelhas, pele muito branca, olhos azuis que refletiam a luz do sol que agora estavam arregalados de medo indo da esquerda para direita, de cima para baixo, observando as arvores, o céu, o chão a sua frente buscava respostas- De onde veio esta barulho? Pensou Tomy ainda procurando alguma pista entre as arvores. Uma mão gelada agarra seu obro esquerdo, o medo toma conta do seu corpo, sua espinha gela, ele solta um grito cheio de medo enquanto vira-se rapidamente. Calma. Sou eu meu filho- diz uma mulher com voz suave. Era sua mãe. Ver ela deixou o menino tranquilo, seu coração desacelerou, as gotículas de suor que se formaram em sua nuca param de surgir, ele respira fundo, fecha os olhos. Va para dentro-diz a mãe. Mas, mãe?- ele fala mais rápido do que imaginaria. Não discuta. Entre- ela da a ordem. Agarra o braço esquerdo do filho, da as costas a floresta e entra na casa.

Enquanto caminhava pelo pequeno corredor e ia em direção a sala de visitas a cabeça do garoto fervilhada com perguntas, tantas que nem ouviu o barulho ceco que a porta fez ao ser fechada, muito menos ouviu as recomendações que a mãe lhe tinha feito. Sentou-se em frente a tv onde um desenho estava sendo exibido, mas, não consegui ouvir nada além dos seus pensamentos, continuava pensando no barulho.

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