It's All true.

I.

E aí, galera. Vocês tão bem? Espero que sim.

Não costumo colocar avisos nas minhas coisas, acho isso muito chato e irritante, mas tô abrindo uma exceção agora. Essa é a minha primeira história desde que parei de escrever em 2016. Estive pensando nela por bastante tempo e espero que vocês gostem. Talvez tenham alguns erros nesses primeiros capítulos, preciso me acostumar novamente à ideia de escrever.

Enfim, esse é o começo de uma história que eu quero que seja tão importante pra vocês quanto é pra mim. Tenham uma boa leitura.

–Eu não consigo acreditar que você me enfiou nessa porcaria de carro pra gente ainda se perder, Dinah!

A indignação de Ally era evidente. Camila até riria se não estivesse tão assustada com toda a raiva que a mais velha transmitia em suas falas.

O relógio do celular das garotas marcava exatamente 01:43AM enquanto elas andavam sem rumo pela estrada de terra deserta.
Dinah havia convencido-as a sair da cidade para que pudessem acompanhá-la em um encontro com um homem um tanto esquisito. A polinésia costumava marcar diversos encontros com homens e mulheres pelo tinder, um aplicativo não muito confiável.

Todavia, no caminho para o tal bar do encontro acabaram se perdendo.

–Dinah, por que não admite que estamos perdidas? É bem melhor do que ficar resmungando e forçando sua visão pra tentar enxergar algum sinal de vida. –Camila disse com sua calma habitual, respirando fundo em seguida. Havia retirado seu cinto de segurança e agora tinha o corpo inclinado para frente, ficando no meio de Dinah e Ally.

A verdade é simples: Camila estava amedrontada demais pra ficar encostada naquela janela fria e repleta de vapor. Era impossível ver algo ali.

–Não estamos perdidas! Eu só me desviei um pouquinho do caminho. –A loira disse, revirando seus olhos. –Sabe, eu gostaria muito que vocês tivessem um pouco de fé em mim, pra variar.

O bom e velho drama.

Ally bufou e cruzou seus braços, virando o olhar para sua janela.

Ela é corajosa, devo admitir. Camila pensou.

O clima do carro estava um tanto tenso. Dinah focada em dirigir, Ally irritada e Camila não conseguindo esconder o medo daquele local.

–GENTE, NÃO DÁ! –A latina gritou, assustando as duas outras garotas. Dinah parou o carro e virou parcialmente seu corpo para que pudesse encarar Camila. Ally fez o mesmo.

–Garota, você enlouqueceu de vez? Eu poderia ter batido em alguma coisa! –Indagou a loira, trancando seu maxilar.

–Ah, claro. Ia ser presa por atropelar a poeira. –Ally debochou, recebendo um rosnado de Dinah em resposta.

Camila voltou a morder seu lábio inferior e logo sentiu o gosto metálico se fazendo presente juntamente com a saliva.

–Essa situação me lembra um filme que assisti uns anos atrás. É completamente assustador e eu não consigo conter o nervosismo por estar nessa situação! Quero sair daqui!

Dito isso, Camila jogou seu corpo para o lado e abriu a porta do carro, deslizando para fora rapidamente. O vento gélido tocou sua pele e isso foi o suficiente para que se arrepiasse por inteiro.

A única iluminação que havia no lugar era a que vinha dos faróis do carro que apontavam para um lugar até então desconhecido.
Camila abraçou seu próprio corpo e voltou a fechar os olhos, esperando que aquilo fosse só mais um sonho e que ela pudesse acordar deitada em sua cama com algum filme de romance passando na televisão. Ally e Dinah haviam saído do carro e agora fitavam Camila.