Um silêncio pode por vezes ser a mais cruel das mentiras.|Robert Stevenson
Nesta manhã de segunda-feira fui acordado pelo pequeno Stuart Júnior lambendo meu rosto.- E aí carinha? Tudo bem? - me levanto, lhe dou água e ração, e logo depois vou tomar um banho.
Minha cabeça latejava por não ter dormido direito e ainda ter acordado cedo demais, ou melhor dizendo fui acordado cedo demais.
- Já acordado Stuart? - Nathan aparece esfregando os olhos.
- Não consegui dormir direito. E você? - pergunto.
- O Stuart Júnior me acordou. - Ele fala olhando para trás procurando pelo cachorro que não estava mais lá.
- Alguém tira esse cachorro daqui! - ouvimos Brath chamar.
- Acho que seu cachorro é um despertador. - Nathan fala rindo.
A faculdade estava meio quieta hoje, somente sossego.
Eu estava apenas andando por aí com o meu costumeiro cigarro. Sabia que não fazia bem para os pulmões, principalmente para mim que praticava alguns esportes. Mas eu não ligava, sabia que era psicológico, porém de qualquer forma o cigarro me acalmava.
Eu não havia comido ainda, então lembrei-me que se hoje é segunda-feira eu poderia encontrar Sarah trabalhando.
Apressei-me em terminar o cigarro e me conduzi para o local.
Nathan e Brath estavam sentados na frente do balcão em uma conversa que, a meu ver, parecia bem entretida com a Sarah.
- Já vou buscar o pedido de vocês. - ela fala quando me aproximo e sai.
- Então, o que fazem por aqui? - pergunto me sentando ao lado deles.
- Viemos comer algo - Nathan fala.
- E você o que está fazendo aqui? - Brath me pergunta.
- Vim comprar alguma coisa para comer também. - dou um sorriso e eles apenas me fitam curiosos.
- Aqui está. - ela fala com os pratos em mão e os põem em cima do balcão.
- Oi, Sarah. - a olho esperando uma resposta, ela demora uns três segundos para me responder.
- Oi, Stuart, vai querer algo?
- Vou sim. Explicações. - ela continua me encarando.
- Explicações sobre o quê? - Brath pergunta, Nathan o olha com uma cara de questionamento.
- Não seria da sua conta, Brath. - o respondo.
- Não precisa ser tão grosso assim com ele, Stuart. - Sarah o defende.
- Mas que porra tá acontecendo aqui, ein? - Nathan olha para todos nós.
- Vem comigo Stuart. - é só o que ela fala e logo vai saindo. - Que explicações você quer? - ela me pergunta já do lado de fora.
- Por que saiu da minha casa sem ao menos se despedir ou sei lá? - a olho com calma.
- Porque eu tinha muita coisa para fazer aquele dia. - eu podia ver mentiras naqueles lindos olhos verdes que um dia já me olhou com tantos desejos.
- E não podia ter esperado eu acordar?
- Não tô entendendo o porquê de tudo isso Stuart.
- Tá bom, porque você não atendeu minhas ligações no sábado?
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QUATRO MESES PARA STUART
Teen FictionA vida nem sempre segue o rumo que queremos, muito menos nos garante companhia e segurança. E Stuart aprende isso dentro de quatro meses. Desde a sua infância seus irmãos se tornaram extremamente importantes na sua vida, dando apoio, cuidado e prot...