Passava das duas da madrugada o a cabeça de Tomy continuava fervendo com duvidas sobre o o misterioso barulho que ouvira a poucas horas. Sua mãe tomada por um sono profundo estava no quarto no final do corredor. Dentro do quarto do garoto espalhado no chão se podia encontrar brinquedos, livros que usava quase diariamente nas aulas que tinha na escola publica da cidade, em um canto não muito longe da cama podia-se encontrar uma pequena pilha de livros no topo um livro de inglês logo a baixo uma revista em quadrinhos velha, desgastada pelo uso diário contava a historia do super herói favorito dele o Homem Aranha, quantas vezes ele sonhou em voar entre os prédios assim como seu herói, sentir o vento passando em seus cabelos. Em baixo se podia observar oque a muito tempo foi um livro de conto de fadas abandonado a muito tempo, ele não era aberto desde que Tomy tinha seis anos.
Meias, canecas, lápis de cor, figurinhas do homem de ferro, homem aranha e ate mesmo cinderela estavam espalhados de maneira aleatória entre o chão do quarto onde podia ser vistos facilmente e o escuro que tomava conta da parte de baixo de sua cama. Em uma cômoda localizada estrategicamente perto da porta, um pente velho e azul que já tinha pertencido a seu irmão, uma tesoura em pontas com o cabo amarelo que era usada diariamente pois o garoto adorava recortar dos jornais fotos e matérias de seus filmes e atores favoritos e os guardava em uma pasta com capa preta dentro de uma caixa de sapatos que escondia dentro do armário.
Colado a cima da cabeceira de sua cama podia se avistar uma mistura entre desenhos que ele mesmo fez de dinossauros, da floresta que rodeava sua casa, de um cachorro que nunca teve mais adoraria ter, dele mesmo vestido com uma capa verde. Sete pequenos desenhos do homem aranha que ele mesmo fez usando o giz de cera roxo o único que ainda não tinha sido usado todos colados separados. Em cima de uma pequena cômoda ao lado direito da cama um abajur junto um pequeno relógio do homem aranha que tinha ganhado de presente de natal que veio acompanhado com um bilhete cheio de amor de sua avó materna nele podia se os ponteiros marcavam 03:15 da madrugada não demorava muito e o sol nasceria.
Deitado na cama imóvel, coberto com lençol azul onde poderia se enxergar desenhos infantis desgastados pelas lavagens na maquina de roupas que cobria quase todo seu corpo deixando apenas sua cabeça a mostra. Tomy sonhava, voava feliz pendurado em sua teia entre os gigantes prédios de nova York que conhece dos filmes que viu no cinema e pelas paginas dos quadrinhos que lia todos os dias, era o momento mais feliz do seu dia.
O alarme do relógio toca marca 06:20 o garoto abre os olhos lentamente o sono ainda toma conta do seu corpo. Uma batida na porta, sua mãe entra – levanta. Vai se atrasar para aula- disse ela e logo após fecha a porta. Ele ouve as palavras da mãe mas vira e volta dormir. Bate com a mão no relógio para que o alarme pare. O sonho reinicia, ele esta no auto de um prédio, joga uma teia em um pilar se prepara para saltar no vazio, o lençol que o cobria voa do seu corpo tão rápido que quase não sente, ele abre os olhos ve sua mãe com olhar julgador, ela aponta para o relógio que marca 06:25. Ele sabe que se não levantar ela voltara e não quer ver sua mãe brava logo cedo já cometeu este erro antes.
Depois de escovar os dentes, pentear o cabelo após o banho e estar pronto para ir a escola ele chega a cozinha, leite, suco e cereais o aguardam postos a mesa. Sua mãe fala o telefone- Com que ela ta falando?- pensa o garoto.
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MEIA NOITE
Science FictionEM UMA PEQUENA CIDADE NO INTERIOR QUATRO AMIGOS TEM SUAS VIDAS TRANSFORMADAS.