"Essa é uma habilidade realmente útil, explica como eu consegui comer o Corvo de Três Olhos e não me sentir estufado ou letárgico" O protagonista pensou, desfazendo o novo informe translúcido que apareceu diante seus olhos.
Sem saber em qual lugar do mundo renasceu pela 124° vez, mas tendo seres demoníacos por perto, o protagonista sabia que renasceu dentro de uma Dungeon natural ou artificial, os únicos locais que permitiriam a sobrevivência dos demônios e até o seu cultivo como recurso monetário para várias nações emergentes.
Dungeons podiam ter bestas mágicas, ou demônios ou ambos juntos num ecossistema compartilhado, e julgando a atual floresta iluminada pela lua prateada, essa devia possuir ambas as espécies que quase levaram a extinção a raça humana, bestas mágicas que uma vez foram animais e demônios que surgiram no dia em que o Planeta Terra mudou.
"Mais quatro Corvos de Três Olhos e meu nível aumentará, apenas quantos Pontos de Proeza eu vou receber após nivelar e quais tipos de predadores os Geckos Demoníacos tem nessa Dungeon" O protagonista pensou rapidamente enquanto usou [Fixar] para descer da árvore numa caminhada vertical.
Tendo [Aptidão: 10], o protagonista teria de nivelar dez vezes antes de ser apresentado as evoluções existenciais e com a penalidade da [Maldição da Imortalidade] aumentando a Energia Demoníaca para nivelar em cem vezes, talvez fosse necessário acabar com grande parte dos demônios e bestas mágicas de tal Dungeon, se preciso, até mesmo humanos teriam de ser mortos.
Continuando a caminhar pela floresta, o protagonista manteve sua guarda alta e o [Ataque Espiritual Lvl 1] pronto para ser utilizado em qualquer predador que visasse sua vida, afinal de contas, quantas mortes mais seriam necessárias para ele ser afetado novamente pela [Bênção dos Deuses] e ser um ser vivo com capacidades ofensivas aceitáveis.
Olhando os arredores e as copas das árvores, o protagonista procurou por mais Corvos de Três Olhos que podem lhe dar uma amplificação de 0.1 em todas as estatísticas de Proeza ao comer sua carne e 100 pontos de Energia Demoníaco por devorar seus cristais mágicos, mas estes pareciam ser bestas mágicas territoriais.
Trinta minutos se passaram antes que o protagonista achasse sua segunda refeição, desta vez, um pequeno grupo de Corvos de Três Olhos que acabava de comer a carcaça de uma vítima humanoide, talvez um humano ou então um goblin, mas graças a sua refeição estar quase terminando, a raça da vítima já era irreconhecível.
"Então esse é o território dos Corvos de Três Olhos" O protagonista fez uma anotação em sua mente, visando olhar mais para cima e menos para os lados, assim esse não morreria tão rapidamente pelas garras de sua preciosa refeição e pontos de Energia Demoníaca.
Andando despreocupadamente e sem qualquer intenção de esconder sua presença dos sete Corvos de Três Olhos que rapidamente devoravam a carcaça humanoide, o protagonista observou que entre os sete Corvos de Três Olhos, um deles era maior e tinha o bico numa tonalidade verde-escuro, diferente do bico preto que os demais seis Corvos de Três Olhos possuem.
Recuperado do uso manual do [Ataque Espiritual Lvl 1] que matou o Corvo de Três Olhos ao ponto de seu cérebro explodir, o protagonista podia lançar novamente [Ataque Espiritual Lvl 1] manualmente duas vezes ou então dez vezes no automático, qualquer uso que excedesse tal limite o faria desmaiar e renascer pela 125° vez.
"Bico verde escuro, mutação elemental com o atributo vento ou então uma evolução existencial, melhor que seja a evolução existencial " O protagonista revirou suas memórias e achou as causas possíveis para a mutação do bico do Corvo de Três Olhos.
Entre lutar com um Corvo de Três Olhos que experimentou a evolução existencial e um Corvo de Três Olhos que adquiriu afinidade com o atributo vento, o protagonista preferiria enfrentar sete Corvos de Três Olhos que passaram pela evolução existencial do que enfrentar um único Corvo de Três Olhos com o atributo vento.
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Livro 1 - Amaldiçoado Sob o Luar
Fantasía- Quantas vezes eu já morri, talvez dez vezes, ou cem vezes, estou certo de que ainda falta muito para chegar a mil vezes - Quebrando a casca de seu ovo e nascendo pela 124° vez, alguém que já esqueceu o próprio nome nasceu em um lugar diferente, u...