Numa estrada sem pavimentação dirigia John Turner em seu Ford Ranchero, saindo da cidade em direção a campos cheios de vegetação seca, arbustos e algumas caliandras que tingem o bioma de verde, vermelho, rosa e branco, e via no horizonte um cume onde em seu ápice era rochoso, mas corado em algumas partes com o tom de verde.
John, um homem de 30 (trinta anos), usando um terno cinza escuro, com lenço dobrado no bolso do paletó, camisa clara e uma gravata Van Heusen preta. Sapatos Oxford de couro amarrados com cadarços, rosto liso e um corte de cabelo side part, bem alinhado e com a risca do lado direito onde já se notava a sua incrível vaidade. Seguia para a casa do filho, esperando que dessa vez o encontrasse. Ultimamente não conseguia vê-lo.Quando aparecia na casa e chamava ninguém saía, pensava sobre Jhennet que sentia o ignorar. Ele não conhecia muito bem Nicalton, desde quando soube que era pai nesses 3 (três) meses, e mesmo sem nada a certificar, a solidão que possuía o manifesta a querer vê-lo e assumi-lo como filho.
Dirigindo, lembra da época em que cortejava Jhennet há 8 (oito anos), quando saíram uma única vez e nunca mais a viu, até 3 (três) meses atrás em que ela o encontrou na cidade. Na época após terem tido um caso, eram jovens e estavam em diversão em uma atração rápida, passageira e inconsequente.
Impulsionados pelo álcool e juventude prematura, se conheceram numa noite em um café da cidade e em seguida saíram para beber enquanto caminhavam. Pararam em um píer num lago ali próximo onde passaram a noite juntos.
John, no mesmo tempo ele tinha planos de viajar em busca de formação e trabalho. Saiu da cidade que era pequena e foi para a capital em busca de emprego e realização, sem ao menos reencontrar Jhennet. Então 8 (oito) anos se passaram e ao voltar para a antiga cidade, já era técnico em secretariado, datilógrafo e escrivão, onde redigia leis na capital.
Mesmo sendo bem posicionado profissionalmente, é um homem solitário. Não compartilha detalhes de sua vida pessoal a praticamente ninguém. Teve casos rápidos com muitas mulheres, mas nunca algo sério que o dominasse com paixão. De personalidade calma e compreensiva, ainda assim é um homem cético em várias ideias e teorias populares.
Quando Jhennet o encontrou por acaso na cidade e o reconheceu, passou uns poucos minutos observando-o sentado dentro do antigo café onde se conheceram. Até em fim entrar e aproximar-se a sua direita:- John? - perguntou ela muito tensa. - Sou eu Jhennet. Lembra?
John, segurando um jornal qual lia, o abaixou rapidamente apoiando na mesa e olhando para o lado em direção aquela mulher. Franziu a testa, como que forçando a encontrar antigas lembranças, e a observá-la por alguns segundos. Ela se acanha e diz:
- Desculpe! - vira rapidamente para ir embora. - Foi um engano.
Na sequência John a segura no braço e fala:
- Não! - contradiz. - Não foi engano. Eu lembro de você Jhennet.
Ela sem retornar o olhar, ele a conduz nas palavras:
- Venha! - se levantando. - Sente-se comigo. Insisto!
Ele puxando uma cadeira onde a sua frente estava, Jhennet vira e se ajeita timidamente a se sentar e ele volta a tomar lugar dizendo:
- Há quanto tempo? - pregando o olhar sobre ela. - Achei que nunca nos encontraríamos novamente.
- Acreditava que você já não me reconheceria ou não lembrava mais de mim.
- Impossível! - harmoniza Jhennet. - Tenho de você algo que implantou desde quando nos conhecemos.
- Como assim? - John indaga sem entender. - Foi tão rápido o que tivemos. Éramos jovens imaturos. O que poderia ter estabelecido entre a gente?
Jhennet, que estava de cabeça baixa, levanta e o olha fixamente por alguns segundos e responde:
- Depois daquele dia em que não nos vimos mais, eu teria engravidado de você John. Na época você era a única pessoa que eu tinha me relacionado.
John, subitamente nervoso, pondo sua mão esquerda na testa e apoiando o cotovelo sobre a mesa, desacreditado, puxando a mão direita e passando sobre o rosto as duas mãos de cima a baixo cruzando-as no queixo e apoiando a cabeça, penetra o olhar em Jhennet por segundos e fala:
- Como pôde acontecer?! - se pergunta. - Eu tinha de descobrir depois de tanto tempo?
- Eu fui lhe procurar! - diz Jhennet. - Por muito tempo eu tentei lhe achar. Você sumiu. Gostaria de ter lhe contado, mas nunca o via.
Retirando as mãos do queixo e pondo a mão direita sobre a cabeça para coçar nervosamente pergunta:
- E agora? - John questiona. - Não sei lhe dar com essa situação. Você chega e do nada me fala que tenho um filho...
- Espere! - Jhennet interrompe. - Não vim lhe cobrar nada. Não vim pedir ajuda. Não ache que estou lhe pondo uma obrigação paterna. Talvez deve ter sido um erro ter contado para você. - se levanta da cadeira e muito ativa para deixar o lugar. - Eu só achei que você devesse saber.
John rapidamente a segura pelo braço como já fez antes e pronuncia:
- Me perdoe! - fala firmemente. - Eu não quis ofendê-la. Em nenhum momento eu pensei sobre isso. - insiste. - Por favor, não vá! É que saber dessa forma é uma surpresa chocante pra mim!
Jhennet retorna a atenção a John. Volta a sentar e assim passam um bom tempo a conversar ali no café.
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Iηcσηsєqυєηтє Mєηтє (Dєgυsтαçα̃σ)
Детектив / ТриллерEsta obra vai atingi-lo de uma forma que você nunca imaginaria. Vai fazer sua concepção entender o que você jamais pensou existir. Perceber que em um grande suspense pode haver pontos tão impactantes a qual vai te fazer entender realidades inimaginá...