Just One Night - YoonJin

Capítulo Único

O casamento de Seokjin não ia nada bem. Seu marido, Kim Namjoon, mal o dava atenção pois estava sempre trabalhando, seja na empresa, seja em sua própria casa. Seokjin se sentia carente, triste, além de se sentir indesejado, já que Namjoon não o tocava há meses. Na realidade, o rapaz sequer lembrava da última vez que eles haviam se beijado.

Ele tinha medo de que seu casamento de seis longos anos estivesse prestes a ruir. Entretanto, assim como qualquer um, Seokjin tinha suas necessidades fisiológicas — e Namjoon não as atendia. O menor estava casado de ouvir uma desculpa atrás da outra, ora "Estou cansado", ora "Tenho que trabalhar". Seokjin estava desesperado.

Acordado até tarde esperando o marido chegar. Aquilo já havia virado rotina na vida de Seokjin. Já era quase meia noite quando uma mensagem chegou em seu celular: "Vou passar a noite na empresa, tenho que terminar de montar uma propaganda, o prazo termina amanhã". Irritado, chateado e desapontado, Seokjin suspirou e tentou ao máximo segurar as lágrimas, mas antes que percebesse ele já chorava abraçando seus joelhos.

Aquela era a primeira vez que ele chorava por Namjoon, por seu casamento. A cada nova lágrima, uma nova lembrança dos tempos de namoro e dos primeiros anos de matrimônio surgia. Promessas e juras de amor se desintegravam aos poucos, e os sonhos de um futuro feliz viravam fumaça.

Cansado daquilo tudo, Seokjin tratou de se recompor e foi tomar um banho para se acalmar. Ele estava determinado a achar alguém que ao menos o satisfizesse, nem que fosse apenas por uma noite.

{...}

O rapaz dirigia por um bairro conhecido em Daegu como sendo um bairro mais erótico, por assim dizer. O lugar era repleto de clubes adultos, motéis e até mesmo lojas de fetiches — que, na verdade, mantinham uma fachada mais discreta para não chamarem a atenção da polícia. Seokjin, entretanto, procurava por um serviço mais discreto, afinal ele corria o risco de encontrar algum conhecido nas boates. Ele procurava por um prostituto.

Alguns rapazes chamaram sua atenção, mais especificamente um de cabelos azulados. O grupo estava em frente a um prédio de dois andares de aparência antiga, e todos pareciam adorar um padrão de vestimenta: calças pretas e bem justas; camisas largas com decote; e um chocker. Na mesma hora o Kim ligou os pontos e percebeu que ali era uma casa de prostituição.

Estacionou em frente ao prédio ao lado e saiu do veículo, atraindo os olhares dos garotos. Não era pra menos, afinal Seokjin era muito belo e hipnotizava a todos. Sem perder tempo, foi direto ao de cabelos azuis, que sorriu ladino.

— Em que posso ajudá-lo, gato? — envolveu seus braços no pescoço do maior.

— Acho que você já sabe. — sorriu malicioso, sendo acompanhado pelo menor, que se aproximou e mordeu o lábio inferior de Seokjin.

— Vamos subir. — pegou a mão do castanho e foi puxando-o para o interior do edifício.

A aparência interna do prédio não era muito diferente da externa: pintura desgastada e deteriorada pelo tempo. Subiram um andar e o menor pegou uma chave em seu bolso, destrancando uma das portas. Aquele era o quarto que o menor usava para trabalhar e, além disso, era onde ele morava. Havia uma cama espaçosa, um criado mudo e uma cômoda de madeira. O quarto em si não era nem grande, nem pequeno, era mediano.

Após trancar a porta e tirarem os sapatos, o rapaz se aproximou do Kim e começou a desabotoar sua camisa, enquanto distribuía beijos em seu pescoço. Seokjin sentia seu corpo esquentar com os beijos do menor, cujo nome desconhecia. Levou suas mãos à calça apertada do pequeno, tentando desabotoá-la.

Seokjin sentiu sua blusa cair de seus ombros e terminou de tirá-la, jogando-a no chão revestido com carpete. O azulado ficou encantado com o belo corpo do castanho, o achou delicado, apesar dos ombros largos e exuberantes.