O Barril de Pólvora

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A derrota alemã na Primeira Guerra Mundial foi sem dúvidas o principal estopim para o início da Segunda Guerra Mundial. Após a Primeira Guerra, foi criada a Liga das Nações (Instituição Internacional de Nações) em 1919 com o objetivo de tratar assuntos internacionais por meios pacíficos e assim evitar confrontos armados.

O Tratado de Versalhes foi assinado em Paris (capital francesa) no dia 28 de junho de 1919 pelo Ministro Alemão do Exterior, Hermann Muller. O tratado culpava a Alemanha por todos os danos e perdas causados na guerra; perda de partes do seu território e colônias; estabelecia quantidade máxima de soldado, um total de 100 mil militares e não poderia ter aviões e marinha militar; qualquer fabricação de armamentos deveria ter a aprovação dos aliados; pagamento de 33 milhões de dólares aos vencedores.

Na Alemanha o tratado causou choque e humilhação na população, o que contribuiu para a queda da República de Weimar em 1933 e a ascensão do Nazismo.

ADOLF HITLER

Nascido em 1889, na cidade austríaca de Braunau, Alta Áustria, Adolf Hitler era filho de Alois Hitler e Klara Hitler.

Hitler tinha uma relação amorosa com a mãe Klara mas constantes confrontos com o seu pai Alois, pois este, era contra os interesses de Hitler pelas artes e pela arquitetura. Frustrado com o seu insucesso na sequência de seus estudos, Hitler mudou-se para Viena, aos 21 anos, vivendo de pequenos expedientes e em condições precárias, mudou-se para Munique quando tinha 25 anos de idade.

O início da Primeira Guerra fez Adolf Hitler se alistar voluntariamente no exército alemão incorporando o 16º Regimento de Infantaria Bávaro. Lutando bravamente nos campos de batalha, conquistou condecorações por bravura durante sua atuação militar. Depois de se recuperar de uma cegueira temporária, voltou para Munique trabalhando no departamento de imprensa e propaganda do Quarto Comando das Forças Armadas.

A derrota alemã em 1918 o fez filiar-se a um pequeno grupo político chamado Partido Trabalhista Alemão.

Hitler começou a angariar a adesão de novos partidários e propôs a mudança do partido para o nome de Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. A renovação do nome acompanhou a criação de uma nova simbologia ao partido (uma bandeira vermelha com uma cruz gamada) e a incorporação de milícias comprometidas a defender o ideal do partido. As chamadas Seções de Assalto (SA) eram incumbidas de perturbar as reuniões de grupos marxistas, estrangeiros e comunistas.

Dois anos depois de integrar o partido, Hitler tornara-se chefe supremo do Partido Nazista. Agrupado a um pequeno grupo de partidários, Hitler esboçou um golpe político que foi contido pelas autoridades alemãs. No ano de 1923, foi condenado a cinco anos de prisão, dos quais só cumpriu apenas oito meses. Nesse meio tempo, escreveu as primeiras linhas de sua obra (um misto de autobiografia e manifesto político) chamada “Mein Kampf” (Minha Luta).

Liberto, resolveu remodelar as diretrizes de seu partido incorporando diretrizes do fascismo, noções de disciplina rígida e a formação de grupos paramilitares. Adotando uma teoria de cunho racista, Hitler dizia que o povo alemão era descendente da raça ariana, destinada a empreender a construção de uma nação forte e próspera. Para isso deveriam vetar a diversidade étnica em seu território, que perderia suas forças produtivas para raças descomprometidas com os arianos.

No campo político, o partido de Hitler era contrário à definição de um regime político pluripartidário. A diferença ideológica dos partidos somente serviu para a desunião de uma nação que deveria estar engajada em ideais maiores. Dessa forma, as liberdades democráticas eram vetadas em favor de um único partido liderado por uma única autoridade (no caso, Hitler), que estaria comprometido com a constituição de uma nação soberana. Entre outras coisas, Hitler defendia a construção de um “espaço vital” necessário para a nação ariana cumprir seu destino.

O ideário nazista, prometendo prosperidade e o fim da miséria do povo alemão, alcançou grande popularidade com a crise de 1929. Os nazistas organizavam grandes manifestações públicas onde o ataque aos judeus, marxista, comunistas e democratas eram sistematicamente criticados. Prometendo trabalho e o fim das imposições do Tratado de Versalhes, os nazistas pareciam prometer ao povo alemão tudo que ele mais precisava. Em pouco tempo, grupos empresariais financiaram o Partido Nazista.

No ano de 1932, Hitler perdeu as eleições presidenciais para o marechal Hindenburg. No ano seguinte, não suportando as pressões da crise econômica alemã, o presidente convocou Hitler para ocupar a cadeira de chanceler. Em pouco tempo, Hitler conseguiu empreender sucessivos golpes políticos que lhe deram o controle absoluto da Alemanha.

Depois de aniquilar dissidentes no interior do partido, na chamada Noite dos Longos Punhais, Hitler começou a colocar em prática o conjunto de medidas defendidas por ele e o partido nazista. Organizando várias intervenções na economia, com os chamados Planos Quadrienais, Hitler conseguiu ampliar as frentes de trabalho e reaquecer a indústria alemã. A rápida ascensão econômica veio seguida pela ampliação das matérias primas e dos mercados consumidores. Foi nesse momento que a teoria do Espaço Vital fora colocada em prática. O governo nazista tinha condições plenas de pôr em prática seu grande projeto expansionista.

Com essas ideias em mente, Hitler levou seu plano de expansão territorial em frente ao anexar a Áustria, em 1938, e, no mesmo ano, invadir e anexar os sudetos (localizados na ex-Tchecoslováquia) com a conivência e permissão da Inglaterra e França.

Outra ambição territorial de Hitler era a Polônia. A questão polonesa remetia à Primeira Guerra Mundial, na qual a Alemanha perdeu parte de seus territórios para a Polônia. As ambições de Hitler voltavam-se, principalmente, para o corredor polonês – uma faixa de terras polonesa que separava duas regiões alemãs.

Desrespeitando todas as sanções do Tratado de Versalhes a essa altura o exército alemão já estava totalmente equipado, com blindados, aviões e milhares de soldados prontos.

A Polônia, sabendo das intenções da Alemanha de Hitler, assinou acordos com Inglaterra e França em que ambas as nações asseguravam apoio militar para a Polônia caso fosse atacada pela Alemanha.

Poucos dias antes da invasão começar, a Alemanha havia assinado um pacto de não agressão com a União Soviética. Nesse pacto, as duas nações comprometiam-se a não lutar entre si caso houvesse um conflito e, além disso, uma cláusula secreta estipulava a divisão da Polônia entre Alemanha e União Soviética. Quando o conflito começou, a Polônia não obteve a ajuda que esperava e teve de lutar sozinha contra a Alemanha.

PRÓXIMO CAPITULO: A INVASÃO DA POLÔNIA.

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⏰ Última atualização: Jul 13, 2019 ⏰

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