Tomy estava deitado em sua casa cansado depois de gastar seus neuroneos tentando entender e resolver questões de matemática que pareciam complexas de mais para alguém da sua idade. Tinha passado boa parte do tempo imaginando como seria bem mais proveitoso se ao invés de ficar ali distribuindo números pelas folhas do seu caderno ele tivesse brincando com seus bonecos de ação ou lendo suas revistas, quem sabe, ate mesmo vendo tv, neste momento ele se da conta de que perdeu os episódios dos seus desenhos favoritos, pelos menos dos dois primeiros que eram exibidos, mesmo sabendo que era episódios repetidos ele se culpou.
Passava das dez horas da manha quando uma voz conhecida começou a ecoar pelo quarto, era uma voz eletrônica, seu amigo Daniel o chamava- cachorro do mato esta na escuta?- dizia o amigo que estava longe dali usando seu radio. Tomy odiava aquele apelido, já pediu diversas vezes para que fosse chamado por outro nome sugeriu "rei da floresta" mais seu pedido foi negado, Daniel e seus amigos continuavam chamando ele de "cachorro do mato". O garoto levante com um salto, joga o lápis em cima do caderno corre em direção a uma pilha de roupas que se encontrava no canto do quarto, agora estava jogando, camisas, meias, cuecas e calças jeans pelos ares na tentativa de encontrar o radio e responder ao seu amigo.
Deu certo, depois de alguns segundo que foram suficientes para que o chão do quarto ficasse quase invisível devido a quantidade de roupas que agora estavam espalhados ele finalmente consegue encontrar o radio e o som antes abafado pelas camadas de roupas agora se podia ouvir perfeitamente com alegria ele responde- pode falar gato malhado molhado pela chuva- este era o nome que ele tinha inventado para o amigo como forma de se vingar pelo seu apelido, claro, seu amigo não gostava.- quando você vai parar de me chamar assim?- pergunta Daniel, - no mesmo dia que você parar de me chamar de cachorro do mato- responde o garoto rapidamente.- ok. Vamos deixar isso para lá- retrucou Daniel- tenho uma coisa muito importante para te falar- ele continuou. Neste momento o coração do Tomy começa a acelerar vagarosamente, seu corpo se enche de esperança torcendo para o amigo lhe dar informações sobre o barulho que tinha ouvido outro dia, ele ainda não entendia porque apenas ele se interessou pelo barulho, sua mãe não toucou no assunto nem por um momento. – oque? Fala logo- disse ele eufórico. -O garoto da casa 102 ganhou um vídeo game novo- disse Daniel com a voz cheia de alegria. A decepção que Tomy sentiu neste momento era indescritível não podia acreditar que nem mesmo Daniel iria fazer algum comentário sobre o barulho logo ele que é conhecido por sua curiosidade.
A conversa entre os dois tomou outro rumo eles passaram duas horas falando sobre os assuntos mais variados, historias em quadrinhos, desenhos favoritos, novos lançamentos do cinema, brinquedos, como suas irmãs eram chatas e como odiavam tomar banho cedo pela manha antes de ir para escola a agua era muito fria. A bateria do radio do Tomy estava ficando cada vez mais fraca Daniel perdia metade das palavras ditas pelo amigo. Tomy fala novamente sobre suas revistas do homem aranha quando um barulho, um estouro mais alto do que o primeiro foi ouvido.
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MEIA NOITE
Ficção CientíficaEM UMA PEQUENA CIDADE NO INTERIOR QUATRO AMIGOS TEM SUAS VIDAS TRANSFORMADAS.