that was never the most important thing.

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Podia começar em qualquer estágio da relação. Sério, podia mesmo. Talvez lá no início, na primeira vez que deram as mãos, ele poderia ter virado e dito "eu não sei se estou preparado", ou no primeiro beijo, ele podia ter virado o rosto e "devíamos ser só amigos por enquanto". Mas aí que estava o problema.

Ele não queria ser só amigos.

Era tão bom estar na companhia do outro, e ele adorava como os olhos do namorado incendiavam de paixão a cada beijo trocado, e ele acabava sem forças pra justificar como beijar era estranho pra ele.

E sério, ele não achava que as coisas eram injustas. Claro, ele achava beijar estranho, mas não era nada demais, fazia Lars feliz, e em troca, eles nunca foram além dos beijos. Então, é, beijar está bem. Steven não gosta na maioria das vezes, mas nunca odeia. Não é como se ele não quisesse um relacionamento, mas ele tem medo que os padrões dele não sejam os mesmos do garoto que ele gosta (ele nunca ouviu falar em um namoro que consista só em abraçar e conversar sob a luz da lua e passear na praia de mãos dadas), então ele deixa as coisas como estão.

Mas um dia eles estão no quarto, ouvindo música com o volume baixo (os pais do mais velho estão no andar de baixo e ninguém quer eles vindo até o sótão pra mandar abaixar o som) e conversando. Lars começa o beijo e Steven ri um pouco com a sensação estranha (porque achar a situação engraçada é melhor do que ficar chateado com ela), e está tudo normal

Até o momento que uma mão esguia acha o caminho por baixo da barra da camiseta, e ele admite que a sensação é boa, mas de repente há uma pressão desconhecia no beijo e a mão está apertando com um pouco demais de força (não machuca, porque ele é metade diamante, mas incomoda de um jeito muito mais psicológico do que físico), e em segundos Steven está lidando com um pânico interno.

Ele se afasta tão rápido quanto possível e olha com olhos arregalados para o menino à sua frente. Ele quer falar, quer mesmo. Ele quer dizer "pare" e "desculpe" e quer explicar todos os sentimentos estranhos, mas ele não consegue, e tem certeza que a confusão interna se mostra na expressão dele porque Lars está o encarando como se tivesse cometido um erro muito grave.

"você... você não quer...?" ele pergunta

"não, e-eu não..." ele começa, "eu não consigo querer, Lars, por favor, entenda"

Lars se afasta e alguma coisa dentro do moreno diz que está errado, ele não devia se afastar, traz ele pra perto de novo e dói não saber o que está acontecendo.

"Lars, eu te amo," ele diz sem vergonha nenhuma, porque é verdade. Ele amava Lars como um amigo e agora como algo mais e não tem nada de errado nisso "mas eu não quero esse tipo de coisa."

"oh"

"não.. não to dizendo que eu nunca vou querer, mas.. não agora. A verdade é que eu não sinto... nada... além de pressão quando se trata desse tipo de coisa"

E ele está se preparando pra terminar um relacionamento que mal começou, com uma pessoa que ele acabou de descobrir que quer mais do que como amigo, mas o menino cor-de-rosa na frente dele sorri e relaxa a postura de um jeito que faz ele sentir que tudo vai ficar bem.

"seu idiota," ele diz, mas não tem veneno na ofensa e ele ainda está sorrindo "você me assustou, eu pensei que queria terminar comigo!"

E eles estão rindo agora, porque é a ideia de terminar isso que eles têm é absolutamente ridícula e nos últimos minutos Steven estava se preocupando por nada e dane-se, o namorado dele é lindo e ele ama Lars demais.

"Steven, eu só pensei que você fosse querer isso também! Devia ter me dito seus limites. Pelas estrelas, o que mais não me contou?"

"Olha, só mais uma coisa... eu acho beijar muito engraçado"

E eles estão rindo de novo porque Lars tem 18 anos e nunca soube de um adolescente que não achasse beijar a coisa mais impressionante do mundo.

"mas eu não odeio, então não está exatamente fora dos meus limites. A gente ainda pode beijar"

E Lars sorri, e ele tem caninos um pouco mais afiados que o normal, e é o sorriso mais perfeito que Steven já viu.

"E tocar? Aonde... aonde eu posso te tocar?"

"Bom, todos os lugares, exceto... você sabe. " Lars acena com a cabeça, mostrando que entendeu "só... sem.... segundas intenções?"

"Então... abraçar você na minha cama ainda 'ta dentro?"

Steven sorri, porque ele não conhece nada mais convidativo e confortável que a cama e os braços do namorado, e ele chega perto o suficiente pra ouvir a respiração e os batimentos cardíacos super lentos que Lars emite.

"eu não consigo imaginar um jeito melhor de passar o tempo"

Ele sente um beijo muito leve no topo da cabeça, um braço na cintura e em minutos ele está dormindo.



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eu deixei explicito o sufiente que o steven tem 16 e o lars 18 aqui, e se alguem chamar de pedofilia eu vou surtar demais



e essa fanfic é totalmente self-insert

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⏰ Last updated: Jul 13, 2019 ⏰

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