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~Ana Júlia narrando ~
Depois de quase uma hora no topo do morro resolvo ir embora, desço o morro na minha moto e vou direto pra casa.
Sei que tô cheia de coisa pra resolver na boca, mas não tô em condições de resolver nada agora.
Só quero chegar em casa e ir direto pro meu quarto chorar.
Passo pelos vapores que faz a vigia e como sempre buzino.
Entro em casa e vejo minha mãe deitada no sofá.
Ana Júlia: oi mãe. - digo sem ânimo.
Quando vou subir pro meu quarto, ela me puxa.
Heloísa: o que aconteceu meu amor? por que você tá com essa cara?
Na mesma hora começo a chorar, mas que droga, tenho que aprender a me controlar, minha mãe me abraça na mesma hora.
Ana Júlia: eu tô fazendo mal pra ele mãe, eu quebrei a promessa, eu mandei ele pra uma enrascada, eu eu eu....
Não consigo falar e minha mãe só me abraça.
Heloísa: Júlia, olha pra mim! - manda.
Respiro fundo e olho pra ela
Heloísa: sobe toma um banho e eu vou fazer um chá pra você, e depois que você se acalmar, você me fala o que aconteceu e aí eu tento te ajudar, tá?
Eu apenas concordo e subo pro meu quarto, tomo um banho bem demorado, aqueles que lava até a alma, era tudo o que eu precisava, um banho pra deixar a água levar tudo aquilo que tá me fazendo mal.
Saio do banheiro e minha mãe já está na minha cama com minha xícara de chá que pelo cheiro sei que é de camomila.
Deito do lado dela e tomo o chá e ela só me observa, assim que termino ponho a xícara no criado mudo e deito minha cabeça no colo dela.
Heloísa: e aí agora você pode me explicar o que aconteceu?
Começo a falar tudo o que aconteceu depois que eu saí de casa e quando termino a contar, quero chorar, mas desta vez eu me controlo.
Heloísa: tá, e agora é a parte que você me conta o por que desse desespero?
Ana Júlia: mãe, a senhora não ouviu o que eu acabei de te contar? eu mandei ele pro meio da guerra mãe!
Heloísa: eu sei, eu ouvi.
Ana Júlia: e o que mais a senhora quer ouvir?
Heloísa: filha nós vivemos numa guerra constante, em qualquer lugar vamos ter perigo ainda mais envolvidos com o que somos, já enfrentamos tanta gente, bandidos, os bota, e em todas nos viramos muito bem, principalmente os meninos e o Pedrinho, ele sabe se virar e seus pais não seriam nem loucos de colocar ele no meio disso se não tivessem certeza que ele ficaria bem.
Ana Júlia: eu sei que o Pedrinho sabe se virar mãe, mas sei la tanta coisa pode acontecer... - respiro fundo.
Heloísa: filha, tem certeza que o que tá te deixando assim é o fato dele ir pro meio dessa guerra?
Ana Júlia: como assim?
Heloísa: meu amor, eu sei que você e o Pedrinho tem algo...- interrompo ela.
Ana Júlia: e o que tem?
Heloísa: você tá assim por que ele vai pra guerra ou por saber que não terá ele ao seu lado por um ano?
Ana Júlia: eu não sei mãe.
Heloísa: filha, seja sincera com você mesma.
Ana Júlia: tenho medo de não saber me virar sozinha, eu e ele lideramos tudo isso juntos desde o começo, e se eu não conseguir liderar isso sem ele? e se nesse um ano algo muito sério acontecer? e se ele encontra...- penso no que ia falar.
Congelo na mesma hora.
Heloísa: alguém? - ela completa.
Ana Júlia: é e se ele encontrar alguém? alguém que se entregue totalmente à ele, alguém que o ajude quando ele precisa, alguém que assuma algo sério com ele, alguém que esteja disposta a ser o que eu não tive coragem de ser..
Não consigo mais me segurar e volto a chorar.
Acho que finalmente minha ficha caiu, tenho medo de perde-lo.
Minha mãe volta a fazer cafuné no meu cabelo.
Heloísa: você está certa, ele pode sim encontrar alguém que seja tudo isso, mas sabe o que ela nunca vai ser?
Ana Júlia: o que?
Heloísa: ela nunca vai ser a Julinha que o Pedrinho tanto ama, nunca vai ser a menina que está disposta a morrer por ele, a menina que consegue tirar um sorriso do rosto dele nos momentos mais difíceis, a menina que faz os olhos dele brilharem sempre que a vê, ela nunca será você, meu amor.
Ana Júlia: acha mesmo?
Heloísa: não acho, tenho certeza. Vocês nasceram um pro outro Júlia, e não importa quanto tempo demore ou quem entre na vida de vocês, uma hora ou outra vocês vão ficar juntos, não sei por que isso ainda não aconteceu, mas o destino vai se encarregar de cuidar disso, por que quando tem que ser nada pode mudar filha.
Ana Júlia: igual você e o pai pk. - sorrio.
Heloísa: isso, igual eu e o seu pai, nós tivemos nossa hora, e você e o Pedrinho logo mais terão a de vocês, pode ter certeza meu amor!
E com essas palavras da minha mãe que conseguiram me acalmar e aquele cafuné dela, eu caio no sono, me permitindo sonhar com ele.
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Meninxs, ontem eu nao postei por que eu passei mt mal.