I'll Never Love Again

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"Queria poder
Poder ter dito adeus
Eu teria dito o que eu queria
Talvez até choraria por você"

Emma

Eu caminhava calmamente, quase como se eu estivesse flutuando, parecia que meu corpo podia desligar há qualquer momento. Meu corpo inteiro formigava era estranho, talvez fosse ansiedade
Sentia minha não ficar cada vez mais fria não mão de Henry.

- Ela está esquecendo exatamente o que ?- Perguntei ajeitando o lenço em minha cabeça.

- Tem dias em que ela está ótima, mais tem dias em que ela não está nada bem. E não se lembre nem o próprio nome.

- Entendi. - Respirei fundo, eu amava aquela mulher, sei que errei em muitas coisas com ela, sei que me ausentei por um tempo gigantescos mas eu estava com medo do esquecimento dela. Logo chegamos há um cômodo mais escuro da casa, apenas a luz de uma janela entrava, o como cheirava a tabaco, Regina não fumava, pelo menos não mais. Havia uma enorme poltrona de frente para janela. Eu conseguia ver alguns poucos contornos ali, que eu sabia que eram dela, puxei o ar profundamente e seu perfume agora veio junto ao tabaco amargo.

- Mãe... Você tem uma visita.

- Querido... Não estou muito bem para visitas... Queria apenas ficar quieta aqui e depois ver um filme com você. - Ela parecia lúcida. Ele me fez um sinal e saiu do quarto. E eu estava assustada com medo de falar, até que tomei coragem.

- É... Eu não sei se fiz certo... Mas queria ver você. - Falei como se aquelas palavras tivessem o peso de mil toneladas. Observei ela apoiar a mão no braço do sofá, e forçar para se colocar de pé. Minhas pernas trepidaram, eu estava muito assustada. Então ela se virou, não dava para ver muito, mas ela me encarava e então começou a andar em minha direção.  Seus olhos negros me encaravam nitidamente sem nenhum brilho de alegria ou de satisfação com aquele encontro.

- Porque ? - foi apenas está palavra que saiu de seus lábios, ela esticou o braço alcançando um interruptor.

- Regina eu sinto ....

- Porque faz isso comigo ? Não é suficiente me perturbar nós sonhos? Não me deixar dormir todas as noites ? Me fazer esquecer de tudo? Você é meu demônio. - Regina falava coisas bem desconexas. Quase não fazia sentido algum, porém sua voz era agressiva. - Você já não me tirou tudo? Tudo que podia? Porque aparecer agora como um maldito espírito do inferno. - Regina me agredia quase como se eu fosse uma miragem, uma visão personificada de um pesadelo dela. - Você me destruiu, me quebrou em todos os pedaços possíveis, me junto e me atirou ao chão novamente, eu estou tão quebrada que nem vejo mais possibilidade de me colar, de me juntar, não satisfeita você com todo esse seu ar arrogante e superior me atirou ao esquecimento, há um abismo sem volta. - Tentei me aproximar e ela recuou. Foi até uma pequena mesa e pegou alguns papéis que ali estavam. -  E desde então eu escrevo cartas, cartas pra tentar entender para onde tudo foi, para onde o meu pedacinho de vida se foi, para onde todo o meu amor se foi. - Ela jogou os papéis em mim, a morena parecia totalmente desequilibrada de um jeito preocupante, apanhei dois dos papéis no chão.

" Querida morte, você bela e sedutora, e pelo visto egoísta também, não satisfeita de me tirar tudo que eu tinha, ainda tenta me tirar o pouco que me resta: as memórias, lembranças, histórias. Irônico não ? Uma família sem nenhum caso de halzaimer agora ter duas pessoas assim, pelo menos é o que eu acho, e é o que vejo minha irmã chorar pelos cantos da casa.
Fico me perguntando o que mais você quer de mim? Tudo que eu tinha ja me foi tirado, e o que sobrou garanto que bem o mais miserável ser humano tem interesse.
Fico me questionando que merda você fez com minha cabeça? Como pode me estragar tanto assim, eu até tentava me concertar mais eu desisti. Cheguei a conclusão de que eu não tenho mais concerto. Estou quebrada. O triste é que eu provavelmente nem vou me lembrar de cometer o suicídio físico, mas o mental esse já cometi... Mas você sabe bem disso e  mesmo assim tenho plena certeza de que aguarda minha carta de suicídio dia a pós dias, ao lado do senhor tempo, segurando a minha ampulheta da vida apenas admirando toda a areia se acabar."

126 Cabides - SwanQueenOnde histórias criam vida. Descubra agora