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[01] Taehyung voltou...

  Era mais um dia parado e frio na cidade de Busan. Jeongguk estava caminhando rumo a faculdade, onde cursava psicologia. Andava devagar, com as mãos dentro dos bolsos do casaco de lã. O garoto observava o movimento ao redor de si, e sorriu um pouco ao ver uma floricultura um pouco mais a frente; na mesma calçada em que andava.

Parou em frente a vitrine bonita e vistosa, e viu através do vidro um buquê de lírios. Sentiu seu coração se apertar dentro do peito e mordeu os lábios devagar. Aquelas flores lhe lembravam Taehyung, seu melhor amigo de infância. Nunca havia esquecido o moreno. O mesmo partiu sem deixar nenhum vestígio para onde iria ou se voltaria logo, apenas escreveu uma carta com as letras infantis dizendo que voltaria algum dia, que lhe amava e que nunca se esqueceria de si. Jeongguk possuía esta carta até os dias atuais, e sempre a lia, prometendo que estaria sempre esperando pelo moreno e que o amava muito.

O garoto parou de observar a vitrine e balançou a cabeça, na esperança de esquecer o assunto. Continuou seguindo o caminho até a faculdade e logo avistou o edifício alto, com vidros espelhados que cobria todo o prédio. Adentrou o prédio sem pressa e subiu de elevador até o terceiro andar, dali ele seguiu até sua sala de aula e só sairia dali no final do dia.

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Ao decorrer da rodovia vazia era possível escutar a metros de distância o ronco da caminhonete velha, mas ao mesmo tempo potente. Dentro da cabine do automóvel tocava "Come As You Are, Nirvana" acompanhada da voz grossa e um pouco falha de Taehyung.

O moreno cantava a música e batia os dedos grandes e finos no volante de acordo com o ritmo da música. Sua mão esquerda estava de fora da janela, segurando um cigarro de palha pela metade. Vez ou outra levava o cigarro na boca e dava uma longa tragada, soltando a fumaça bem devagar.

Taehyung parou em um posto de gasolina pouco movimentado e desceu do carro, caminhando devagar até à uma das extremidades do posto, onde tinha uma máquina de refrigerantes e outra de pestiscos. Abriu a máquina de refrigerante e tirou de lá uma lata de Coca-Cola. Pagou no caixa e entrou na caminhonete novamente, pegando estrada novamente, rumo Busan.

Quando chegou em Busan, dirigiu até o velho sobrado onde morava quando criança. Desceu da caminhonete, sentindo nostalgia do lugar lhe acertar em cheio. A brisa fresca batendo contra seu rosto lhe lembrando da infância, quando passava tardes inteiras sentado na varanda do sobrado apreciando a companhia de Jeongguk. Ainda amava o amigo, mas de forma diferente. Não era mais quele amor infantil, era algo mais complexo e profundo. Ele não queria mais ser somente amigo, queria algo a mais. Aquilo deixava Taehyung atordoado, então ele isola aqueles pensamentos no limbo de sua mente.

Se aproximou da antiga casa e viu que ainda estava intacta. Nada havia mudado. Até hoje sua velha bicicleta estava escorada em um canto da parede, abaixo da janela da sala de estar. Nunca havia pensado que estaria do mesmo modo no qual deixara. Taehyung desviou o olhar atento para a casa ao lado, a casa que tanto amou um dia, e que ainda tinha certeza que amava. A velha casa de cor bege, já meio desbotada, ainda estava igual aos velhos tempo. Se aproximou do portão de ferro braco e abriu devagar. Adentrou o jardim cheio de grama e algumas flores, e mais a frente o balanço no qual passava horas se balançando ali com Jeongguk. Sorriu ao ver que o moreno ainda morava ali e sentiu o peito se encher de esperanças. Caminhou até a porta da frente e deu duas batidas. Nada. Somente silêncio. Tentou novamente e chegou a conclusão que não tinha ninguém em casa.

Taehyung decidiu se sentar nos degraus em frente a porta e aguardar um pouco. Não saira de tão longe para não ver quem tanto prezava; se sentou ali e aguardou, com o rosto apoiado nas mãos, e os joelhos servindo de apoio aos braços. Ficou prestando atenção em uma trilha de formigas que se formava em frente aos seus pés e se perdeu em pesamentos ali mesmo.

O moreno teve um sobressalto ao escutar o portão rangendo. Levantou seu olhar assustado e encontrou parado ali, estático, com os olhos grandes e negros arregalados, e a boca vermelhinha e saliente meio aberta, aparecendo a ponta dos dentes grandes e claros. Jeongguk estava ali, e Taehyung não acreditava nem um pouco.

Observou com o amigo mudara e amadurecera. Estava lindo, os cabelos negros tampando um pouco os olhos brilhantes e escuros, o corpo escultural e levemente definido, a pele alva e delicada, como sempre.

Taehyung levantou com pressa e piscou os olhos, ainda meio desacreditado, e andou até o amigo, que até então ainda estava em estado de choque, e não dera um passo. Abraçou Jeongguk com força, e começou a afagar os cabelos ralos da nuca do mais novo.

- Eu voltei, Jeongguk. E senti muita saudade de você...

Taehyung sussurrou no pé do ouvido de Jeongguk e continuou o abraçando.

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Oie, tudo bem? Essa é uma das minhas muitas fanfics, e é a primeira que vai ser postada aqui. Por eu não ter muita prática vai ficar meio ruim assim mesmo kkkk mas eu prometo que vou melhorar.

até logo!🌹