Amores.

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"Para onde estamos indo?" – Ele perguntou enquanto andávamos.

"Já vai saber..."

Andámos até ao Parque Recoleta, que ficava bem perto do cemitério e do museu. Assim que chegámos, Travis notou que havia uma mesa de piquenique montada com as coisas que ele mais gosta e comentou.

"Porquê não vai lá sentar?" – Perguntei sorrindo.

"Ora, porque não sei a quem pertence." – Ele disse e olhou para mim, se apercebendo que eu estava sorrindo – "Nós acabamos de chegar. Como pode?"

"Eu tenho os meus meios..." – Ele sorriu e olhou para a mesa.

"Esses seus meios devem ser mágicos..."

Tirei uma caixa de veludo vermelho do meu bolso e a abri. Ele virou para mim e olhou para a caixa depois sorriu e abanou a cabeça.

"Não é possível." – Ele disse tirando uma caixa de veludo azul do bolso.

Eu sorri.

"Quer ir primeiro?" – Ele perguntou.

"Eu... Eu não sei bem o que dizer." – Eu disse rindo e me ajoelhei. Ele ajoelhou junto – "Isso é o quão perfeito você é. Você sempre esteve lá para mim e sempre me apoiou. Eu nunca pensei que me fosse apaixonar, muito menos por alguém como você, e... Eu amo você e estou tão feliz! Então... Travis Müller, quer se casar comigo?"

"Sim! Claro que sim!" – Eu sorri e o abracei e ele me beijou – "Vamos, agora é a minha vez..."

Coloquei o anel em seu dedo e ele respirou fundo.

"Malu. Maria Lúcia. Confesso que quando conheci você, eu não estava sequer pensando em me abrir com alguém, muito menos em me apaixonar. Você me revirou a cabeça, me fez me entregar de corpo e alma..." – Sorri mais ainda – "Eu não quero perder mais tempo longe de você, por isso..."

"Sim!"

"Ei, espere. Assim não vale."

"Me desculpe."

"Quer ca-"

"Sim!"

"Malu!" – Ele disse rindo – "Espere um pouco."

"Me desculpe outra vez. Estou muito entusiasmada."

"Quer se casar comigo?"

"Sim! Mil vezes, sim!"

Nos beijámos de novo e continuámos o piquenique.

Três dias depois, Yuri foi à minha casa.

"Malu..." – Ele disse depois de dar um suspiro.

"Você esperou Travis sair. Deduzo que tenha más notícias."

Ele suspirou novamente.

"Teresa e Selena..."

"Elas reapareceram?"

"Elas estão..."

"Estão...?" – Ele não conseguiu terminar a frase – "Ai meu Deus, Yuri? Não diga isso, por favor..."

"Lamento imenso..."

Me sentei, incrédula. Incrivelmente, não chorei. Não consegui reagir.

"Mas, como? Elas estavam no programa de protecção de testemunhas, não?"

"Nós... Nós ainda não sabemos o que aconteceu..."

"Como você está?"

"O que quer dizer?"

GONZAGA (Não editado)Onde histórias criam vida. Descubra agora