Um Lindo Homem

𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟎𝟓𝟒

— Nós demos um grande passo Dulce, eu estou confiante, estou realmente confiante. Encontramo-nos na semana que vem, sim? — Dulce assentiu, agradecendo fervorosamente Rubéns por tudo.

— Eu estarei aqui.

— E eu estarei pronto para mais um dia de combate.

Voltaram para casa e aquela sensação teria sido ainda mais agradável se tivessem voltado para Priori. Christopher logo a levou até o quarto, que também se encontrava forrado por rosas, flores e cartões. Para a surpresa de Dulce, na cabeceira da cama havia uma foto dos dois. A foto que havia tirado no dia 6 de março em Priori, na grande festa. A foto era em um tamanho muito maior do que o normal, a moldura combinada com a decoração de seu quarto, e a imagem refletia a felicidade que havia sentido no momento em que dançavam. Em que dançavam aquela música, com seus corpos, almas e coração conectados. Pegou o porta retrato em sua mão, alisando com seu dedo o rosto tão perfeito de seu marido.

Naquele mesmo momento Christopher entrou no quarto, sentando-se na cama, ao lado de Dulce, com o corpo de frente para o dela.

— É uma bela foto — Sorriu, mirando Christopher nos olhos.

— Sua mãe, Pierre e Anahí decidiram dar uma volta. Pedi para Pierre a levar em alguns lugares da Capital, para curtir esse último dia na Cidade Grande. — Dulce assentiu, lembrando-se que sua mãe e Anahí voltavam amanhã para Priori. Anahí pelas crianças e por seu casamento, sua mãe pela casa e por algumas coisas que necessitava organizar e ajeitar antes de voltar para a Capital. — Eu achei que você iria gostar, temos poucas fotos...

— Depois de hoje teremos várias. Beatriz tirou tantas fotos, não podemos esquecer-nos de pedir cópias para ela. — Christopher assentiu, tirando o retrato das mãos de Dulce, o deixando sobre a cabeceira, para uma vez mais a puxar pelas mãos e a colocar em seus braços.

Algo estava estranho, ele estava... Quieto demais.

— O que foi? — Dulce perguntou em um sussurro, escorregando um joelho para o outro lado do corpo de Christopher, ficando sobre suas pernas, com um joelho de cada lado. Ele a apertou pela cintura, colando sua testa na de Dulce.

— Graças a Deus você está aqui — Ele fechou os olhos, beijando-lhe os lábios com um forte desejo contido.

— Faça amor comigo... — Ela murmurou, o segurando pelos dois lados do rosto. — Faça, faça amor comigo, Christopher.

— Eu farei amor com você até mesmo sem que me peça, mas não hoje. Hoje nós nos abraçaremos, descansaremos e faremos isso até que você se sinta disposta... E então nós faremos amor, exatamente como eu lhe prometi.

— Não... — Dulce murmurou, descendo suas mãos pelas costas de Christopher, procurando a abertura de sua camisa. — Eu quero agora, nós dois... Quero sentir nossos corpos, eu preciso do seu calor, da sua força.

— Temos tempo, tanto tempo para isso.

— Não, não temos. — Ela o mirou nos olhos. — Depois dessas semanas, entendi que nós não temos... Isso tudo é tão imprevisível. No começo eu não entendia, mas agora eu entendo. — Afirmou com a cabeça, sentindo como a resistência de Christopher começava a cair. Sentindo as mãos dele em sua cintura. — Fazer amor com você me deixa viva, eu preciso, preciso sentir que sou sua mulher.

— Você é minha mulher, sempre foi a minha mulher. — Christopher a olhou com intensidade, acariciando seu pescoço, beijando seu pescoço, seus ombros agora novamente à mostra. — Tenho medo, tenho medo de que minhas emoções ultrapassem o limite da calmaria, da delicadeza. Estou à flor da pele Dulce, estou a ponto de explodir e não queria que isso acontecesse enquanto faço amor com você.