Capítulo VI

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C A P Í T U L O VI
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Depois de sair da praia me dirigi até em casa em uma velocidade abaixo do meu normal, o choro entalado na garganta. Queria evitar correr para não ocasionar algum acidente. Caso o fizesse, não ficaria nada bom para o meu lado.

Comecei a lembrar do momento em que Becca me encarou com seus olhos marejados, dizendo que não queria me ver mais na frente dela. Aquilo me fez encostar, descer do veículo e permanecer sentado do lado de fora, encostado na porta de meu veículos, deixando escapar uma lágrima. Me concentrei e suspirei, controlando a vontade de chorar.

Disquei para casa e minha mãe atende, me perguntando se eu estava bem. Respondo que sim e ela me indaga onde eu me encontrava, e respondo que estava retornando para casa, mentindo que Becca teve um compromisso de última hora com os pais dela.

Desliguei a chamada e olhei para o alto, as copas das árvores fazendo uma sombra fresca por cima, alguns feixes de raios do sol passando pelas frestas, mas não com a mesma intensidade que fora das copas.

Me levantei e voltei para meu carro, me sentindo um pouco mais restaurado — ainda chateado — e o coloquei de volta à pista, pisando fundo em seu acelerador, passando por carros que brecaram bruscamente para evitar um acidente, buzinando indignados.

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Quando chego em casa, estacionei meu automóvel em frente de casa e o desliguei, saindo dele logo em seguida, caminhando cabisbaixo até a porta de casa, girando a maçaneta e encontrando meus pais conversando em pé, meu pai de costas para a porta, tendo ajuda da minha mãe para arrumar sua gravata.

— Filho? — ela encontra meu olhar, e corre em minha direção me dando um abraço logo em seguida. Tento amenizar a expressão triste que antes estava em minha face, e ela pareceu não perceber a tristeza... pelo menos acredito eu. — Você está bem, filho?

— Estou sim, mãe — respondi e ela me encarou com os olhos cerrados, com uma certa desconfiança neles. Abri um sorriso e reafirmei, recebendo um assentimento de cabeça dela. — Vocês estão se arrumando para viajar?

— Mais ou menos, filho — respondeu meu pai gesticulando com as mãos.

— É que estamos provando algumas roupas para saber qual delas usar para a festa de aniversário de sua tia — comentou minha mãe e eu assenti.

Eu havia me esquecido totalmente do aniversário de minha tia, que fará 39 anos de idade daqui há dois dias — 22 de Novembro. Mas também, com o tanto de coisas que estava em minha mente, como eu poderia lembrar da data de minha tia? Eu nunca me lembraria mesmo.

Sem contar que até eu não esperava meu aniversário chegar há mais ou menos uns 6 meses atrás — sim, faço aniversário em Maio.

Assenti com a cabeça em sinal de compreensão, e os mesmos afirmam que já estavam prontos para organizar as roupas que levariam.

Começaram a arrumar as malas de ambos e algumas horas depois, se despediram de mim, pedindo que eu cuidasse da casa enquanto estiverem ausentes. E como bom filho, obviamente que aceitei.

Fui até a porta, acompanhando minha mãe que esperou meu pai tirar seu carro da garagem. Ela caminha até lá enquanto a porta automática de fechava.

— Fica bem, meu filho! — gritou meu pai enquanto acelerava o carro, acenando em despedida para mim.

Fechei a porta e me encostei sobre ela, refletindo sobre tudo o que acontecera hoje. Meus pais saíram e isso me preocupava; Becca está se sentindo traída e destruída por dentro, tudo por culpa de uma droga de mentira.

Corrida Pelo SonhoOnde histórias criam vida. Descubra agora