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C A P Í T U L O VIII
┗━┅┅┄┄⟞⟦✮⟧⟝┄┄┉┉━┛Minha noite sozinho em casa não foi nada estranho, já que eu já era acostumado com a ausência de meus pais quando eles iam viajar para fazer compras — mesmo que não demorassem nada.
Mas essa noite era diferente. Me sentia sozinho em casa, mas sabia o que era esse real sentimento, e era a saudade de Becca me fazendo companhia nessa noite fresca. E confesso que tentei evitar ao máximo ocultar a verdade dela. Mas se eu tivesse recusado o desafio daquele cara na praia, iria passar a imagem de covarde, e com certeza teriam gente comentando naquela área e na escola. E mesmo que eu não me importasse, não corri por orgulho, mas sim como forma de proteger Becca daquele cara que se achava o tal.
Mas o que não pensei, era que aquela vitória me traria outra derrota, que já haviam me dito para não fazer: correr.
— Ah, que saco! — exclamei me revirando na cama, me sentindo desconfortável. Acho que a culpa estava calorenta demais, e isso com certeza estava me afetando.
Me sentei na cama e assim permaneci por um longo período de tempo. Olhei pela janela e reparei que a noite ainda não havia terminado. Suspirei e caminhei até meu celular que estava carregando em cima da mesinha de meu computador. O tirei da tomada e olhei o horário — 23h02.
Saí do meu quarto e fui para a cozinha, tomei um copo d'água e fiquei parado em frente da pia por um tempo. Apertei o copo com força lembrando das lágrimas rolando pelo rosto dela ao ver a mentira que eu ocultei, sendo exposta daquela forma.
— Vou consertar tudo, Becca — prometi em voz baixa e encarei o teto de forma pensativa.
Retornei ao meu quarto e voltei a deitar. Virei para o canto na tentativa de dormir, e ao fechar os olhos finalmente consegui.
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Durante minha noite de descanso, tive alguns sonhos curtos que mal ficavam por muito tempo na mesma cena — ou mesmo sonho.
Em um, eu estava com Rebeca que estava deitada comigo sorrindo de forma magnifica em seu quarto, depois o sonho mudava e eu me via dirigindo sozinho enquanto ouvia algumas músicas aleatórias. O sonho mudou mais uma vez, e nele, me vejo correndo no Japão — novamente — contra um corredor que usava um Impreza.
O mais bizarro foi ouvir alguém batendo na porta de meu carro. Abaixei o vidro — ainda correndo — e olhei para fora, mas não encontrei nada. Olhei para frente e nesse momento comecei a cair do penhasco, me fazendo despertar de susto, minha molhada de suor e o coração acelerado como bateria de escola de samba.
Olho para a janela e o sol já brilhava lá fora. Ouço o som da campainha tocando lá embaixo, então me pergunto quem poderia ser.
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Desço as escadas devagar enquanto esfregava meus olhos e bocejava por causa da noite mal dormida. Resmungo por causa da impaciência da pessoa do outro lado em apertar a campainha.
Destranco a porta e vejo Hector parado em frente.
— Rapaz, foi bem mais rápido. Não demorou nadinha. — disse ele sarcástico.
— Ah, cala a boca, cara — falei a ele, o deixando passar.
O convido para tomar um café da manhã já que acabei de acordar, e o mesmo agradece, alegando que não comeu nada antes de sair de sua casa. Olhei o relógio de parede, e marcava 08h30 da manhã.
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Corrida Pelo Sonho
General FictionEu sempre gostei de correr. Na verdade desde pequeno sempre assistia as corridas de Fórmula 1 e NASCAR. E desde então eu sempre sonhei em correr em uma dessas pistas... melhor dizendo, eu sempre sonhei em correr em um campeonato de NASCAR.