Capítulo Único

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Era comum Taehyung surgir do nada agarrando Hoseok pela cintura e o arrastar para cantos. Beijá-lo com fervor e colar o corpo grande no dele. O Jung não reclamava, nunca. Gostava da intensidade de Taehyung, do fogo e o sexo com ele era bom também. Na verdade, o sexo era o melhor da relação secreta que tinham. Mas eles não passavam disso: desejo e rapidinhas em locais impróprios.

Não que estivesse reclamando, ele gostava, como já frisado, no entanto não o satisfazia por inteiro. A relação rasa que tinham não o fazia sentir-se completo. E isso frustrava tanto Hoseok, ao ponto de não conseguir se concentrar em tarefas simples, como acertar a droga da coreografia, ou terminar aquela letra de uma velha composição.

No início tudo lhe pareceu tão fácil. Eram só beijos. Que passaram a ser amassos, para então não demorar muito a evoluir para o sexo rápido, gostoso e sem compromisso. Hoseok gostava do rápido e forte, mas ele queria poder experimentar o devagar, gostosinho e carinhoso. Não que Taehyung fosse um boçal, ele era cuidadoso, mas não carinhoso no sentido romântico da palavra.

E como Hoseok queria o carinho, pois era um romântico incorrigível. Não sabia como pudera pensar que conseguiria lidar com algo sem compromisso.

Desejava saber como era ouvir palavras doces, tipo um eu te amo, ao pé do ouvido, enquanto sentia Taehyung ir fundo, lhe acertando aquele pontinho da perdição, lentamente. Ou as mãos grandes e bonitas dele lhe fazendo um bom cafuné após uma transa intensa.

Sempre que terminavam, tudo o que Taehyung fazia era lhe elogiar, dizendo como era gostoso, ou que poderia fazer isso o dia inteiro, e logo após pegar no sono. Isso quando faziam em uma cama, porque Taehyung tinha algum tesão por lugares estranhos e impróprios, que fazia a cabeça de Hoseok girar em prazer e desespero pelo medo de serem pegos. Nesses casos, ele esperava para se acalmar, limpava-se e se vestia, lhe beijava uma última vez e saia na frente, para que ninguém desconfiasse de nada.

Era tão frustrante que as vezes Hoseok sentia vontade de chorar, pois sabia ser o único incomodado em como as coisas estavam fluindo.

Queria poder desfazer todo aquele acordo não proferido, mas não tinha coragem. Afinal, era melhor ter daquela forma torta, a não ter, não é mesmo? Pois bem, conseguiria ser capaz de suportar a situação que ajudara a criar, acreditava nisso – ou, pelo menos, tentava.

Mas a cada toque, a cada escapadinha, ou beijos roubados, Hoseok sentia toda a situação se tornar insuportável. Queria, além de toda essa necessidade sexual, a calmaria de um abraço inesperado, beijos lentos e molhados, ou até mesmo os selinhos castos e segurar de mãos inocente. Queria se sentir como um adolescente descobrindo o amor pela primeira vez. Não como se fosse ser trocado – novamente – por alguém que fizesse um sexo mais gostoso e alucinante.

Hoseok, de alguma forma, sentia-se mal por pensar desse modo sobre sua relação com Taehyung e sobre o próprio, porém era inevitável essas coisas virem a sua mente quando tudo o que poderia ter de Taehyung, fora sua amizade, fosse as transas sem futuro.

Queria mais, e estava quase enlouquecendo por isso, pois era visível que, para Taehyung, estava bom só do jeito que estava. Ele não queria segurar sua mão, nem lhe cumprimentar com beijinhos melosos ao acordarem juntos após fazerem amor a noite inteira. Porque Hoseok não queria só sexo, queria o amor.

Olhá-lo todos os dias; trabalhar e morar com ele; estarem juntos quase vinte e quatro horas por dia e sete dias por semana não ajudava Hoseok a pensar corretamente no assunto, por mais que aquilo não saísse de sua mente. Faziam parte da rotina, da vida um do outro, mas, ao mesmo tempo, viviam em situações diferentes.

Hoseok queria mais • vhopeOnde histórias criam vida. Descubra agora