Meu Anjo Roubado - Taekook

O Anjo Roubado

_Kim Taehyung: ON

— Sim, eu sei. Certo, entendi já. Tá, tá, meu! Chega! Depois você liga, não da pra falar agora! — Quando desliguei senti que ela ainda ia falar alguma coisa, mas Whatever. Deixei meu celular em cima da cama e fui para o banheiro ver como eu estava. Sério, quem liga pra alguém às 8h da manhã pra falar que o fulano ta namorando com fulana e seiqueila e que eu não tenho ninguém mesmo tendo 23 anos? Se não fosse a minha mãe, eu desligaria na cara sem pensar duas vezes!

Ai, ai... Olha pra você... Como você consegue ser tão gostoso, Kim Taehyung? — Me livrei do roupão no meu corpo, ficando totalmente nú em frente ao espelho. — Porra, o quê? — Cheguei mais perto do espelho pra ver se não tava delirando. Sério que aquela menina deixou um chupão bem grande, bem em cima da minha tatuagem? Da porra da minha tatuagem, sério? — Liguei a pia, que ficava em frente ao espelho e molhei meu rosto pra baixar o calor de ficar neste apartamento abafado.

Tivemos que vir pra Busan, porque hoje vai ser o grande dia onde colocaremos nosso plano em prática! Sim, sequestraremos o filho do presidente hoje à noite quando ele estiver na festa chique que foi convidado. Se não fosse por venda de informações, nunca saberíamos, pois sua presença na festa é segredo.

 Mas o que ele não sabe é que estaremos lá, prontos para acabar com suas esperanças. Meu líder alugou seis apartamentos para nós, no mesmo prédio, perto da festa que Jeon Jungkook estará. Estamos aqui há dois dias então aproveitei e trouxe umas vadias ontem pra foder com elas, queria me amostrar porque é um apartamento de luxo.

Sério, velho, olha esse banheiro! Duas pias, a bancada toda decorada com flores e toalhas impecáveis de arrumadas, o espelho é enorme, tem um box de vidro, o piso é de porcelanato branco bem brilhoso e uma banheira aconchegante.

'Pri, pri, pri' — Ouço meu celular tocando. Se tiver câmera nesse apartamento, fodeu porque eu vou peladão até a cama mesmo! — Alô?

— Namjoon: Taehyung, o cara está perguntando se o restante das armas já chegaram ai. — Respondi que não. É mentira, chegou sim, é que eu não quero entregar lá no apartamento dele agora. Bate um cansaço só de ver essas malas enormes do lado da cama.

— Namjoon: Assim que chegar, me avise. E outra coisa: Se vai participar de uma festa, esconda essa tatuagem e pinte o cabelo de uma cor menos chamativa.

Kim Namjoon, líder da gangue, também conhecido como o Sr.Chatão. A tatuagem que ele fala é a de rosas e borboletas no lado direto do meu pescoço. Ele não entende que eu fui o último a entrar na gangue, que ninguém nunca viu meu rosto e que para o resto do mundo a nossa gangue, BTS, só tem cinco integrantes, se nenhum Kim Taehyung. Eu posso fazer o trabalho sujo sem me manchar. Pra um cara de 24 anos e com QI alto, ele é bem tapado! — Entendi. Vou dar um jeito com a maquiagem aqui.

—Namjoon: E não se atrase! 18h em ponto na frente do hotel! — Desligou.
— Chupa meu saco.

Planejamos isso por dois meses. Contratamos todo o tipo de gente especializadas em todo tipo de área que seja o suficiente para dibrar e monitorar as câmeras da festa. Segurança, motorista, limousine e distrações... Sem falar dos nossos homens infiltrados e que por sinal é um dos seguranças que estará junto a ele. Temos o que é preciso.

_Quebra de Tempo:

Festa, noite;

A fila para entrar se seguia por um belo tapete vermelho, sem gente com câmeras. Como eu disse, é privado. Alugaram uma mansão luxuosa apenas para uma festa, que tolice! Olhei para trás e Namjoon se foi com a limousine que comprou para me trazer. É nela que levaremos à força o Jungkook, mas não será esta que eu vou voltar. Não posso ter relação nenhuma com eles.

— Segurança: Qual o nome do senhor? — O segurança me perguntou na vez de entrar na festa. — Você sabe o meu nome. — Ele é um dos nossos.

Ao entrar, um piso todo espelhado assim como o teto lá em cima. A sala de estar estava toda decorada com sofás, estátuas de luxo, uma mesa enorme com buquês e uma cachoeira de taças. Luzes led passeando pelo chão e o DJ tocando lá no fundo uma música insuportável. Tem um total de quatro andares, da para ver cada andar de onde estiver, pois ao redor tem uma escada giratória enorme. Avistei uma moça com vestido vermelho sentada em um bar no segundo andar e fui até ela. É o local perfeito para olhar embaixo e também me passar por alguém totalmente normal enquanto converso com uma dama.

— Você me chamou muita atenção. Belo vestido, senhorita. — Vestido feio, horrível!
— Mulher: Muito obrigada!

— Hoseok: Por que você tem que ser o mais chamativo de todos, heim? Namjoon não falou com você, anta? — Estava eu, Hoseok e Jin conversando a distancia graças aos fones bluetooth conectado aos nossos celulares, no meio da festa com um puta barulho incomodando. Jin uns vinte passos longe do balcão e o Hoseok lá em baixo, tomando drinque perto da entrada. Gente rica aqui, gente rica ali, vontade de matar todos, esses nojentos! A maioria daqui faz coisas pior que nós para ter o que querem e consegue dormir a noite. Porque o país todo está atrás da gente e não deles?

— Tentei ser o mais normal possível. Até comprei um terno novo em folha. — Virei para o lado pra falar e continuei a sorrir para a mulher.

— Jin: Onde pintar o cabelo de loiro pra uma festa, parecendo o sol, todo em amarelo, é ser normal?! — Observei com mais atenção e aqui é mesmo enorme, cheio de lustres e escadas. Aqui no segundo andar tem as mesas redondas de seis lugares e total de vinte pessoas sentadas.

— Hoseok: Estou vendo ele! Está acompanhado por quatro seguranças, cumprimentando o advogado do pai dele. Longe dos lustres. — Ainda bem que é aberto e da pra ver lá em baixo.

— Jin: Estou vendo. Dou o sinal para os atiradores?

— Namjoon: Está tudo pronto aqui, os caras já se posicionaram e trouxeram o outro carro pro Taehyung. Dê o sinal!

Jeon Jungkook, 21 anos, filho do presidente e estará nas nossas mãos em menos de dez segundos. Os snipers irão atirar nos lustres e vão se destruir em pedaços, esmagar quem tiver o azar de estar em baixo. Foi minha ideia esta distração, de nada. Agora como planejado, vão tirar ele da festa e o amigo do Namjoon que esta se passando por segurança vai levar ele a pressas até o carro. Assim que ele entrar, os atiradores vão matar o restante dos guardas.

— Três horas depois:

— Hoseok: Acorde! — Hoseok atirou na parede para assustar o filhinho do papai. Apagaram ele no carro, drogamos ele para dormir por um longo tempo e trouxemos para o nosso esconderijo, mais especificamente para o porão: Um lugar escuro e vazio, só com uma escada e um ferro grosso que é onde ele está amarrado. Depois que tomei banho e troquei minha roupa para uma blusa branca e uma bermuda preta que achei jogada pelo banheiro, vim assistir o espetáculo.

— Hoseok: Eu não tenho paciência pra brincadeirinhas então eu quero que fale! Você sabe quem somos nós? Pisque uma vez pra sim e duas pra não.

Sem reações. Ele estava sentado, com a sua boca tampada com fita e braços e pernas amarradas em correntes. Era divertido ver como seu rostinho se contorcia em lágrimas a cada segundo.

— Hoseok: Vai ser assim? — O Hyung o acertou em cheio com um soco usando a pistola em suas mãos e gritou com ele até que Jungkook ficasse quieto e parasse de se debater em vão. Até que finalmente Hoseok mostrou em seu celular os vídeos da reportagem falando sobre o ataque de horas atrás, que o filho do presidente sumiu, que morreram seis pessoas e que dois integrantes do BTS foram vistos na festa.

— Entenda que você é nosso agora.