Psicanálise de uma criança robotizada | one-shot

27 1 0
                                    


AVISOS INICIAIS 

1. Essa obra é uma ficção.

2. Essa obra foi previamente postada no Nyah e no Spirit, mas acho que estou migrando definitivamente ao Wattpad (por mais que eu tenha um relacionamento de amor e ódio com esse website). Como é uma história "antiga", farei algumas modificações para enriquecer o enredo e proporcionar uma leitura melhor a vocês, leitores.

3. Plágio é crime. Eu não sou uma escritora extraordinária, longe disso, mas espero que me respeitem como pessoa e respeitem, portanto, meu trabalho aqui exposto a vocês, leitores.

4. Se encontrarem erros de digitação ou qualquer incoerência entre os fatos já retratados, por favor, me avisem. Sou grata desde já. 

Boa leitura!! Peço que comentem a opinião de vocês, pois ela é muito importante para eu melhorar minha escrita, e já agradeço previamente por isso também. ♥


PSICANÁLISE DE UMA CRIANÇA ROBOTIZADA | ONE-SHOT 

Era um enorme salão branco, dividido por várias baias também brancas. Estas impossibilitavam a comunicação entre as colunas de vidro malteado. Em cada espaço, uma criança era interrogada por um Servidor da Paz.

Os diversos corredores eram, então, recheados por pessoas trajando um tecido quase plastificado e igualmente branco. Seria um ambiente monótono caso os presentes se permitissem se incomodar com qualquer detalhe... Eles não se permitiam, então, nada parecia errado naquela vastidão monotonamente branca. Ali, um tablet em cada estreita cabine conectava as placas neurais de uma criança ao seu Servidor. Poderia até ser amedrontador, mas era o futuro.

Em uma câmara específica, uma menina estava sendo entrevistada sobre os dados coletados nos últimos três meses de trabalho. Sua aparência era deveras invejável, com a pele alva e sem qualquer imperfeição, os lábios rosados e as bochechas artificialmente avermelhadas. Uma criança. Só que quem analisasse a pequena figura feminina com mais atenção logo notaria seus olhos, vítreos e sem vida, e talvez sua incapacidade de piscar. Não, não era bem uma incapacidade, era simplesmente por ser um ato desnecessário e humano.

— Muito bem, Lucy. — Um homem iniciou o questionário. — Lembra-se de mim?

— Edward L. Marx. — A garota disse sem hesitar. — Serve à Companhia do Futuro há exatos dez anos e é meu Servidor da Paz. — Aguardou um instante como se pensasse. — Parabéns pelos anos de serviço, Sr. Servidor.

O adulto teclou algumas informações no tablet e voltou a fitá-la Sua mente fragilmente humana ansiava por conhecimento e por respostas trazidas pela criança, uma criança construída por peças.

— São sinceros parabéns, Lucy?

— Eu preciso dar apenas informações verídicas ao meu Servidor... — Respondeu automaticamente no seu tom inerte. — ... parabenizá-lo estava em minhas diretrizes.

Edward assentiu, averiguando que até aquele momento a menina parecia estar bem em relação ao seu protocolo. Antes de realmente iniciar a espécie de interrogatório, precisava atestar que o indivíduo estivesse ''saudável'', sem qualquer defeito devido ao tempo de contato com a humanidade do lado de fora dos laboratórios.

— Sente-se diferente?

— Não sei ao certo se a ação de sentir esperada por vocês está em minha placa-mãe de reconhecimento.

Psicanálise de uma criança robotizada | one-shotOnde histórias criam vida. Descubra agora