Sᴜɴғʟᴏᴡᴇʀ

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ⓚⓣⓗ|ⓙⓙⓚ

Querido, é hoje.

Dois anos contigo. Mas também faz um ano que não vejo teu sorriso. Saber que não posso olhar-te nos olhos e dizer-te o quanto te amo, me corrompe por dentro.

Sua falta está evidente em meu rosto. Meu corpo está em abstinência. Preciso de seus toques, seus beijos, seu sorriso, seu olhar...preciso de você.

O fardo que carrego desde o dia do acidente está me matando aos poucos.

Lembro-me que neste mesmo dia, no ano retrasado, te pedi em namoro. Você estava tão lindo, meu bem.

E agora estou entrando em sua nova casa, o hospital.

Odeio este lugar. As pessoas são sérias e algumas choram. Os corredores são estreitos e longos, parece que serei esmagado pelas paredes a cada passo que dou. Quanto mais ando, mais longe de meu destino fico. A tonalidade deste lugar passa a impressão de morte e tristeza.

Estou na frente de seu quarto, finalmente. Meu estômago embrulha e a flor que está em minhas mãos fica pesada.

Respiro uma, duas, três vezes. Não consigo desfazer este nó que se forma em minha barriga.

Fico olhando para a maçaneta, na esperança de ver-te acordado, me esperando com um sorriso estampado em seus lábios.

Abro a porta lentamente, coloco apenas minha cabeça para dentro do quarto. E mais uma vez me engano, você não está acordado.

Coloco todo meu corpo para dentro e fecho a porta. Chego mais perto de ti e deixo um leve selar em seu rosto, agora, magro.

"Olá, querido." Falo me sentando ao seu lado.

"Hoje é o nosso grande dia. Estamos fazendo 2 anos de namoro, e..." Minha voz falha.

"Faz 1 ano que você está aqui, trancado neste quarto. Sinto sua falta. Queria muito te abraçar e te sentir. Não aguento mais, está difícil viver sem teu calor." Sem perceber, já estava chorando.

"Volte para mim." Olho para você, mas não tem nada de diferente. Mesma roupa, mesmo penteado. A única coisa que muda é a posição das agulhas em seu braço, as quais você sempre teve medo. Ah, como eu queria te livrar delas!

"Eu te trouxe uma coisa..." Levanto e pego a flor que havia colocado na cômoda ao entrar.

"Aqui. Um girassol. Me faz lembrar do dia em que te pedi em namoro. Naquele dia te dei um buquê cheio deles. Você ficou me agradecendo todos os dias, até...isso acontecer." Me viro para colocar a flor em um copo que estava na cômoda, mas algo me impede.

Me viro rapidamente e me assusto com o que vi. Era você, amor. Você estava segurando meu braço!

Chamo desesperadamente os médicos, e logo dois aparecem.

Quando viram o que estava acontecendo, correram em sua direção e me empurraram com certa brutalidade de lá. Mas não liguei, pois estava tentando raciocinar o que havia acontecido.

De repente as máquinas começaram a apitar loucamente, e mais médicos entravam pela porta do quarto.

Eu não sabia o que estava acontecendo. Tudo acontecia tão rápido. Mas ao mesmo tempo, tão devagar.

Isso não me parecia bem.

Até que abre um vão em meio aos médicos reunidos em volta de ti. Assim, tive total visão de teu rosto.

As máquinas começam um ritmo diferente.

Naquele momento só pude ver seus olhos abrirem e se encontrarem com os meus.

"Eu te amo" Você disse baixinho.

Logo eles fecharam novamente, e as máquinas começaram um barulho contínuo e perturbador.

Minha vontade era de correr até você e gritar para voltar.

Mas sei que seria inútil. A única coisa que consegui fazer foi me ajoelhar e chorar.

Esse foi o fim da nossa história? E o "felizes para sempre"?

Você se foi. Me deixou aqui, sozinho.

Sinto que tudo isso foi minha culpa. Me desculpe.

Só quero que saiba de uma coisa: eu te amo.

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Oi oi...

Eu ainda não acredito que chorei enquanto escrevia kakakakaka.

Bom, me desculpem qualquer erro.

Esta é minha primeira fanfic, então se estiver ruim...me desculpem também hehehe

Apenas espero que gostem.

Beijin
Tchauzin

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•••Sᴜɴғʟᴏᴡᴇʀ ᵒⁿᵉ ˢʰᵒᵗ•••Onde histórias criam vida. Descubra agora