Os gatos orgulhosos

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Acordo meio tonto, percebo que estou na cama da Vovó.

Sento na cama. Era só um sonho.

Ao levantar meio tonto, e ouço vozes vindas da cozinha.

- Você sabe que Jason não vai gostar nada disso.
- Ora, por que é tão pessimista? Ele é neto da Nanna, com certeza iriam aceita-lo.

Era uma voz femenina e outra mais grossa.

Entro na cozinha e vejo os gatos... Tomando café????

Eles me olharam como quem acabara de ser descoberto. O jeito humano deles era bem visível.

- Fomos descobertos. - disse o gato branco Fin sem interesse na minha presença.

- Olá Wesley! Eu sou a Dim, e esse é meu irmão Fin. - diz a gata preta educadamente. -... Nós não esperávamos que acordasse nesta hora da manhã. Como pode ver... Nós podemos falar com humanos...

- Deixe de falar tanto, está estampado na cara desse marmanjo que está surpreso com o fato de falarmos. - disse o gato bufando. -... Sinceramente, vocês dois são patéticos.

A gata deu uma "unhada" Na cabeça do gato branco.

- Vocês falavam com a Vovó? - perguntei.

- Sim.

- Eu tive um sonho estranho, um monte de bonecas me atacavam.

- Atacavam? - disse a gata indignada. - Eu não me dou bem com aquelas bonecas. Elas não gostam de gatos de jeito nenhum.

- Elas não gostam de nada que tenham ossos, pele, carne e sangue nas veias. - disse Fin.

- Mas... Como eu fui parar na cama da vovó?

- Eu não sei, talvez você tivesse tão cansado que não se lembra.

- Eu me lembro que desmaiei e acordei na cama da Vovó. - disse com um tom de voz mais alto.

- Fale baixo, você não está em casa. - disse o gato preto.

Ficamos em silêncio por um tempo.

- Quem é Jason?

Os dois gatos ficaram calados.

Depois das três horas resolvi olhar de novo aquela loja cheia de bonecas.

Todas estavam quietas. Até que escuto um som, parecia o som de um coração batendo. Era triste e solitário.

Voltei novamente para a presença dos gatos. Eles aparentava ocupados com seus brinquedos de gato.

- Vocês sabem algo sobre a Vovó? Algo mais secreto?

- Ela nunca confiou em nós, somos gatos, os humanos não confiam na gente, se fossemos cachorros seria mais fácil ganhar a confiança deles. - diz o gato. - Mas... Nós sabemos muitas coisas sujas da sua avó, nós a espionávamos.

Os gatos se retiraram.

Resolvi procurar mais informações sobre a vovó.

Entrei em seu quarto e vasculhei suas gavetas, armários e lugares mais escuros.

Não encontrei nada.

Até que uma caixa encosta em mim com uma mãozinha branca a empurrando.

- Acho que está procurando isto.

Desmaiei na hora.


A Garota de PorcelanaOnde histórias criam vida. Descubra agora