Daddy Is In Love

◇ Capítulo um ◇

-Senhor Park, não acho que conseguiremos quitar essa dívida, estamos em crise, as pessoas não compram mais nossos produtos como antes.

O grande empresário Park Jimin, agora dono da Gold Thread, e considerando o terceiro mais rico da Coréia, estava a beira da falência, nascido em berço de ouro sempre sonhou em se tornar dono da sua própria empresa. Quando seu pai morreu deixou a empresa no seu comando, Park havia feito uma promessa de seguir com a empresa da família até seu último suspiro.

Park tinha uma vida de luxos e regalias com seus 4 filhos. Nunca pensou que estaria prestes a perder sua empresa tão rápido.

-Precisamos tomar medidas drásticas- murmurou para si mesmo- A reunião está encerrada por hoje. Senhores. -fez uma breve reverência se despedindo e saiu da sala.

Os próximos dias serião cheios, colocaria seu plano em prática a partir do momento que colocasse os pés em casa. Só não esperava pelo imprevisto. O som alto do celular de Park soou pelo elevador.

Park olhou o visor e viu o nome brilhar, era da escola dos seus filhos. -Alô? - já podia imaginar o que era

-Senhor Park, poderia vir até a escola?- a voz da mulher parecia em pânico- Sohye, coloque isso no lugar agora! - a mulher gritou do outro lado da linha -Seus filhos estão descontrolados! - A mulher gritou por fim encerrando a linha

-Meu Deus, me ajude nessa hora - Park suplicou olhando para o céu

Ao se aproximar do seu carro, destravou as portas e entrou nele, girou a chave dando partida. No caminho Jimin rezava a todo instante na esperança de controlar os filhos. Depois do divórcio que teve com a mãe dos seus filhos, Park ficou mais atarefado, mal conseguindo dar atenção a seus filhos, não sabia nada sobre eles, vivia trancado no escritório. Park não conseguia dizer que era um bom pai, as coisas saíram dos trilhos, não sabia o que fazer para pôr as coisas nos eixos novamente.

Ao chegar na escola avistou somente três dos seus filhos sentados na escada. Caminhou rapidamente até eles -Onde estão suas irmãs?- Park perguntou sem paciência

-Estão na diretoria - Minki respondeu e voltou a jogar as pedrinhas em uma lata de lixo

-Estamos esperando o senhor faz horas. Esqueceu da gente de novo? - Sara perguntou, sua voz estava trêmula e baixa

Ele não ouviu o que sua filha havia dito, passou direto indo ao encontro das gêmeas. Ao chegar se deparou com o local bagunçado e 2 crianças correndo pelo local, Park gritou tão alto que todos que estavam na sala se assustou. Ele somente lançou um olhar para as gêmeas que rapidamente ficaram quietas. Passou direto para a sala da diretora abrindo a porta.

Ao sair da escola todos se acomodavam dentro do carro, o clima estava pesado, ninguém se dava o trabalho de quebrar o silêncio. Os 5 sabiam que o Pai estava chateado e quando isso acontece ninguém tem coragem de enfrenta-lo.

No caminho para casa parou para abastecer o tanque, aproveitou para ir na loja e comprar água, toda aquele estresse lhe deu sede. Quando chegou no caixa viu as caixinhas de doces nas prateleiras. Pensou que seus filhos poderiam gostar de um doce, então pegou um para cada e voltou para o carro depois de pagar.

Ao se aproximar tirou a mangueira do combustível e entrou dentro do carro, jogou para cada um um doce e todos soltaram exclamação de surpresa. -Minha nossa! É doce! - uma das gêmeas gritou animada.

-A gente nem merece- Solji disse olhando cabisbaixa para o doce enquanto abria

O pai apenas olhou pelo espelho e nada disse, voltando sua atenção ao caminho.

Assim que chegaram em casa as crianças saíram correndo para seus devidos quartos. Park foi direto para o escritório se trancar, precisava arrumar um jeito se colocar sua empresa no controle novamente, não podia deixar seu negócio afundar tão facilmente.

-O senhor já vai trabalhar de novo? - Minki perguntou parado na porta -Acabamos de chegar. O senhor nem trocou de roupa ainda - Minki se aproximou da mesa puxando uma cadeira pra se sentar.

-Preciso trabalhar, Minki, desculpa. Prometo recompensa-los depois. - Park disse se virando para o computador e começando a digitar

Park sentia o olhar do filho, queria parar e dizer chega ao trabalho e dar atenção aos seus filhos mas uma grande responsabilidade estava em suas mãos e não podia deixar para depois. -É sempre assim. - Minki se levantou da cadeira e Park o olhou vendo seu semblante triste - O senhor lembra quando foi a última vez que nos deu atenção? Sentimos falta disso - Minki saiu pela porta a batendo com força. Park apenas suspirou cansado e voltou ao seu trabalho.

Na manhã seguinte Park acordou sentindo dores pelo corpo, olhou em volta e viu que ainda estava no seu escritório, dormindo no sofá. Ao tentar se levantar gemeu de dor, ele lembraria de nunca mais dormir em um sofá tão pequeno. O celular tocou e Park esticou o braço preguiçosamente até alcançar o aparelho.

-Alô? - bocejou enquanto passava a mão pelos cabelos

-Senhor Park, acho melhor vir para a empresa.

-Droga! Já estou indo

Jimin olhou para baixo e viu sua roupa amarrotada, correu para o quarto pegando roupas limpas, na pressa nem notou que havia peças de lego jogada no chão. A dor de pisar em uma delas foi tanta que Jimin suou frio

-Meu Deus, é pior do que eu pensava! - gruniu se recuperando da dor e seguindo pro banheiro ainda mancando

Tomou seu banho rapidamente e se vestiu, quando desceu ouviu o falatório alto vindo da cozinha e foi até lá. Todos bagunçavam na cozinha deixando as empregadas loucas

-Silêncio! Onde estão os modos?! Sohye, sente na cadeira! Solji, tire os cotovelos da mesa. Tenham modos ao tomar café da manhã! - Jimin repreendeu enquanto caminhava pela cozinha - Estou indo para a empresa, quando voltar quero o quarto de vocês limpos. Entenderam?

Todos responderam juntos deixando um Jimin satisfeito- ótimo. Vejo vocês depois.

O trânsito estava um inferno, era sexta-feira. Jimin odiava sexta-feiras. Quando finalmente conseguiu acelerar o sinal a sua frente ficou vermelho assim parando na faixa para que as pessoas atravessarem a rua. Um grupo pequeno de pessoas vestidas com roupas extremamente colorida passou na faixa de pedestres, todos falavam alto e se divertiam. Um deles havia esbarrado o violão no capô do carro e Jimin gritou, o rapaz apenas acenou e murmurou um pedido de desculpas na qual Jimin retribuiu com um xingamento.

Ao chegar no prédio da empresa, pegou o elevador que parecia lento demais naquela manhã. Quando chegou na sala viu seu sócio sentado no sofá da sua sala

-Park, precisamos falar sobre isso - Jay jogou uma pasta em cima da mesa - Descobrimos desvio de dinheiro na empresa, essa são as poucas informações que temos. -apontou se sentando na cadeira de frente para Jimin

-Mas quem poderia estar fazendo isso? Impossível!

-Eu não sei, mas precisamos descobrir logo ou vamos a falência! Também precisamos cortar algumas coisas. Sinto muito, estamos quase no vermelho

-Não posso deixar isso acontecer! Meu pai batalhou muito por essa empresa. - Jimin suspirou girando a cadeira em direção a janela - Eu fiz uma promessa, não vou decepciona-lo.