Uma viagem Infernal part: 1

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  A noite já se levantava e tudo estava pronto pra irmos pro tártaro, mas alguma coisa estava remoendo dentro de mim.

  -O que foi Hector?- Pergunta Rose pegando a sua mochila.

  -Eu não sei.- Falo.- Uma sensação ruim, um mal pressentimento.

  -Será que essa sensação envolve alguma pessoa?- Pergunta.

  -Eu não sei do que você está falando.- Digo e tom evasivo.

  -Será que não sabe? Talvez alguém que você tenha interesse romântico?

  -Não sei do que você está falando.- Afirmo.- Não tenho tempo pra romance, eles nos distraem do que realmente importa.- Afirmo.

-Ai que você se engana.- Fala parecendo revoltada.- O amor e o romance nos ajuda a alcançar nossos objetivos com mais facilidade.- Agora parecendo feliz.- O amor e o mais nobre dos sentimentos.

  -Acho que não.- Interrompo.- Eu me apaixono por uma pessoa, e ela também me ama. Então e só mais um alvo pros meus inimigos, eles a usaram contra mim. Por isso prefiro não me envolver com estranhos. Só de pensar em criar laços com uma pessoa e depois tê-la arrancada de mim... Podemos dizer que eu não quero passar por isso de novo.- Segurando a tristeza da minha voz.

  -Bem, já que insiste em ficar sozinho o resto da vida, eu não posso fazer nada.

  -Ei vocês dois!- Falar Victor na porta da cozinha.- Os outros já estão aqui fora, só faltam vocês.

Pego minha mochila e sigo até o jardim. Victor e Rose me seguem. Uma vez no jardim vejo o Austim a Hilda e a Alex. Perto da estátua de Hera. Já o Dean, bem ele estava diferente.

  -Dean oque é isso.- Falo segurando o riso.

  -Pode rir, mas isso vai me manter vivo lá em baixo.- Fala apontando pra coroa de flores na cabeça dele.

  -Pare de implicar com ele Hector.- Fala Alex.- E você Dean, não seja exagerado, você não vai morrer, a única coisa que pode acontecer é você desmaiar.- Explica.

Me acalmo, e tento levar o Dean a sério, mas e bem difícil.

  -Bem, já que todos já estão aqui acho que já posso começar o meu feitiço.- Fala estalando os dedos.- Que as negras chamas do inferno nos levem ao nosso distino.

Enquanto ele falava isso as sombras que nos rodeavam começam a serpentear em nossa direção. Odiava esse formigamento, Rose da uns gritinhos enquanto as sobras cobriam o seu corpo. As mesmas me cobrem por inteiro e não enxergo nada. O formigamento tomava conta do meu corpo, então na mesma velocidade que surgiram as sobras se dissolvem. Estávamos em um lugar escuro e silêncioso. A única luz vinha de duas tochas que estavam fixadas em um cais improvisado.

  - Bem vindos ao estige!- Fala Austim como um corretor de imóveis.

  -Então já chegamos?- Pergunta Rose.

  -Aqui e a entrada.- Fala Hilda.- Agora precisamos do Caronte.

  -Está certa minha querida tutora.- Diz Austim com um sorriso.- Venham.

Falando isso ele começa ir em direção ao cais, uma vez lá ele solta um longo e agudo assobio. O som agudo recoa por entre a névoa espesa, ouvimos gemidos e lamentos e entre esses sons um de água em movimento. Dá densa névoa esbranquiçada um barco escuro surge. Seu barqueiro era um homem alto e esquelético vestindo uma longa túnica esfarrapada.

  -Ora, ora, ora. Se não a nosso sementinha do mal.- Fala o homem com uma voz grosa.- Faz muito tempo Austim, o patrão está atrás de você.

  -Não seja importuno Caronte.- Fala Austim.- Mas pode me fazer um favor?

O Servo de Hera e a Ânfora Oculta Onde histórias criam vida. Descubra agora