Capítulo 15 - Machu Picchu - O reencontro

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Meu corpo está pesado, dolorido. Por mais que eu tenha pagado a de viagem mediana, os acentos não são tão confortáveis e os espaços para reclinar o banco eram como os de um ônibus de viajem. Pequenos, mas os bancos eram um pouco mais largo para me acomodar. Acho que já se passaram quase 11 horas de viajem.

— Bom dia, passageiros. — A voz do piloto aparece pelos altos-falantes do avião. Bem agradável até. — Estamos nos aproximando de nosso destinatário. Por favor. Coloquem seus sintos de segurança e ponham os celulares em modo avião. Obrigado.

Logo que a voz parou, verifiquei se meu celular estava em modo avião e logo desativei minha localização. Tinha esquecido que podem me localizar por ali. Mas mesmo assim quando ele chegar em casa ele deve checar para onde fui. Enrolo meus dedos pousando sobre meu colo, é deprimente. Mas tenho que ser mais esperto que ele. 12 hora e 20 minuto de voo e Quase 10 mil Km percorridos. O pouso foi bem suave e tranquilo. Via como era grande o aeroporto cheio de vidraças. Até que não era muito diferente do Brasil. Mas a construção estrutural por dentro era totalmente moderna. Fiquei de boquiaberto de como as coisas eram totalmente diferente por dentro. Até parecia que puseram sua cultura ali mesmo.  Com minha mochila nas costas, sai do portal para o desembarque número 8. Ainda não vou ligar o meu sinal por algumas horas, só por segurança. A preocupação atravessa meu corpo e ela deixa o medo e uma sensação estranha em meu estômago. Olho devagar ao meu redor. Mas não posso ter certeza do quê procurar. É como se meu instinto estivesse avisando para correr longe dali, o mais depressa possível. Andando um pouco mais rápido, mas meu corpo estaciona na porta e recuo. Dois policiais, vestindo uns uniformes preto e uma boina vermelho sangue, estavam de prontidão esperando algo ou alguém aparecer. Escorado no portal do desembarque, peguei meu celular e apertei no ícone "câmera", pondo-o na posição horizontal e frontal. Deixando parte somente da minha câmera frontal para fora, deu um zoom para ver melhor o que estava acontecendo. Nada demais parecia uma patrulha, a não ser por um homem de terno...

— Droga! — praguejei em um sussurro. — O que Bernardo está fazendo aqui?! Como ele me achou tão rápido? O celular? Eu desliguei o localizador!

Olho a minha volta sem saber o que fazer? Meus dedos tremem com um mix de ansiedade e medo penetrando meu corpo e sugando todo o meu ar. As latas de lixos são fincadas na parede então não dá para ir. Os um casal está a minha frente pondo suas malas, na verdade trouxeram o guarda roupa para cá, pois eram uma montanha de malas... Já sei! Cheguei o mais perto possível deles com um novo carrinho de bagagens e estacionei ao lado deles disfarçando para poder ouvir qual era o idioma deles. E pelo visto não era o meu. Mas era o inglês.

— Boa tarde! — meu inglês era terrível. Mas dava para me comunicar só o básico para o que eu queria fazer.

— Boa tarde, cara. — o homem tinha corpo, mas parecia ser mais magro que o Cadu...

— Vocês precisam de alguma ajuda? — disse vendo que as malas deles estavam bem amontoados ao lado deles e um só carrinho não estava servindo para eles.

— Sim, nós estamos.  — a esposa não pensou duas vezes em aceitar a minha ajuda. 

 Eles até que forma um belo casal. Ela é alta, calça jeans clara apertada dando para ver bem as pernas grossas del. O corte chanel com luzes. Sua boca brilhando a vermelho com pouca maquiagem em seu rosto além de base, corretivo e lápis de olho. com uma blusa azul clara de manga cumprida e com bainhas e detalhes a branco e salto alto. Estilo espanhola. Já o rapaz vestia a calça jeans escura e uma blusa branca escrito "fé" nela a preto. e um simples all-star preto. É simples porem elegante. Ele era um gato com aquela pele morena escura, seu sorriso era tão delicioso com o aparelho. Acho muito sexy. Balanço minha cabeça afastado estes pensamentos para longe de minha cabeça e me volto para eles, ajudando-os a descarregar a mala e a arrumar no carrinho. Por mais que o carrinho seja pequeno para tantas malas, minha ideia é fazer tipo uma carruagem estilo "Cavalo de Troia". Assim eu passaria pelos guardas e pelo Bernardo, seguindo diretamente para um taxista e me deixar em qualquer lugar. Eu não sei como funciona o sistema de troca de moeda por aqui, além de não saber também quanto está a moeda peruana.  Não prestei muita atenção na conversa que estamos tendo pois estou com uma cara de quem perdeu o meado da conversa. O resumo é que: eles são ingleses e estão tirando parte de suas férias por aqui, e queria passar um tempo no chalé que seus avós tinham aqui próximo ao Machu Picchu e não conheciam muita gente por aqui.  E bem...

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