Querido diário quando eu estava quase conseguindo alcançar o Eduardo, ele parou do nada virou para mim, e me deu um golpe de jiu jitsu.
Ele me jogou no chão e ficou por cima de mim, onde coloquei uma das minhas mãos em seu peito. Consegui sentir sua respiração, ouvia seu coração batendo de forma acelerada, devido nossa corrida, mas o que me chamou a atenção eram seus olhos e sua boca.
"Por que você está olhando minha boca?" - Ele tentou me beijar, mas virei o rosto para provocar. Ele voltou com a cabeça ao normal e deu um sorriso provocante.
"O que você quer, você não vai ter." - Aproveite isso, para dar um giro e trocar de lugar com ele. "E outra meu amor, você esqueceu que eu fazia caratê?" - Sai de cima dele e comecei a andar, enquanto ele ficou lá me encarando e rindo.
"Volta aqui Caralho." - Ele levantou e correu e pegou na minha mão. Continuamos a caminhar, faltavam ainda mais uns 10 minutos de trilha.
Após caminharmos o restante do caminho, chegamos na cachoeira. A galera que havia começado junto com a gente, já estava lá, atrasamos devido nossas brincadeiras. (risos). Eu tirei a camisa e ajudei o Edu a arrumar o nosso canto para deixar as coisas. Ele ficava me olhando toda hora, mas não falava nada e quando ele via que eu estava olhando para ele também, o mesmo soltava um sorriso sexy e desviava o olhar. Ficamos nisso te terminarmos de arrumar, onde ele sentou em cima da toalha que aviamos posto no chão e pediu para mim sentar do lado dele.
"Aqui é lindo, né?" - Falei olhando a vista. Realmente o lugar era muito lindo, as águas da cachoeira eram bem cristalinas, devido serem de nascente. Em volta da queda d'água, haviam algumas pedras bem lindas, onde muitas delas tinham formatos de figuras aleatórias. O Lugar possuía sua beleza natural, não precisava de muito para ela ser inesquecível.
Voltei a olhar para o Edu, onde o mesmo já me olhava com algumas lágrimas em seus olhos.
"Você está chorando?" - Perguntei quase rido dele e colocando meus dedos em sua bochecha.
"Você está doido, foi reação ao protetor solar." - Ele virou a cara, passou o braço em seus olhos e voltou a me encarar. "Sabe Natan, nunca me senti tão feliz na minha vida." - Eu fechei a cara e fiquei escutando-o atentamente.
"Você tipo entrou do nada na minha vida, eu te vi no Domingo no lago quando fazia caminhada, mas você não me viu. Eu fiquei pensando em você a noite toda, tipo pensando se um dia voltaria a te ver, mas depois comecei a brigar comigo mesmo por estar pensando em homem. Quando começou faculdade, eu entrei na sala e te vi sentado, você por sinal estava tão lindo, fiz questão de sentar perto de você, só para poder puxar papo contigo."- Eu estava de boca aberta, meio que aconteceu isso comigo, mas no meu caso, foi com outra pessoa.
Ele estava olhando para a frente enquanto conversava comigo, e as vezes as luzes do sol, que passava pelas folhas das árvores, batiam em seu rosto e o deixava mais jovial e perfeito.
"Eu estava com vergonha de falar algo com você e acabar no final fudendo com tudo. Mas quando te vi no celular lá sem falar com ninguém, simplesmente cresceu uma necessidade em mim, de dizer pelo menos um oi para você." - Ele ia falando, aparecia flashbacks daquele dia que nós nos conhecemos.
"Fecha os olhos Natan, vou te dar uma surpresa." - Olhei surpreso para ele, mas acabei fechando. Ele se aproximou de mim e me pegou no colo de novo, correu e pulou comigo dentro da queda d'água.
Subi para superfície, tirei meu cabelo dos meus olhos e procurei ele. Depois de alguns segundos ele subiu também e ficou jogando água em mim, quando viu que eu estava indo em sua direção para bater nele.
"Eduardo para de graça. Você é um idiota mesmo." - Ele jogou água na minha cara fazendo com que eu parasse de falar. Passei minha mão em meu rosto, meio que secando e voltei a xingar ele. "Vou sair que estou com frio." - Comecei a nadar para o solo.
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Querido Diário (RELATO GAY)
RomanceBaseado em situações reais. Querido diário, como dizia Chorão: "Cuidado com o destino. Ele brinca com as pessoas." As vezes confundimos o destino, com algumas certas ilusões, eu mesmo cometi esse erro inúmeras vezes. Quando eu era jovem, acreditava...