Introdução

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POV Alexandra

  Olá, muito prazer. Me chamo Alexandra Chase Jackson, mas me chame apenas de Alex, eu prefiro deixar as formalidades pra minha mãe, que a propósito, você já deve ter ouvido falar. Ela se chama Annabeth Chase, é uma filha de Atena e grande arquiteta que tem 33 anos de idade, e não que eu queira me gabar da mãe que tenho, mas já me gabando, ela é linda. Suas pernas e braços são bem torneados devido aos anos de treino no Acampamento Meio Sangue e as missões na qual ela participou. Sua pele é bem bronzeada, uma típica californiana, e os cabelos são loiros e ondulados, assim como os meus. Porém o que eu gosto mais na mamãe são os seus olhos, muitas pessoas dizem que eles são assustadores e que estragam completamente a aparência de princesa dela, mas eu não acho isso. Na verdade, eu gosto muito dos olhos da minha mãe, eles possuem um tom de cinza escuro que lembra dias nublados e eu simplesmente amo isso. Dias nublados e frios não são ruins como muitos dizem, eles apenas não são observados do ângulo certo. Quando os dias estão escuros não tem graça sair na rua pra passear, mas dá para ficar em casa e ver um filme, uma série, um desenho, fazer pipoca e chocolate quente, ficar grudadinho em quem a gente gosta, se cobrir com cobertores quentinhos e usar pijamas fofinhos. Quem não sente uma sensação aconchegante em dias como estes, não sabe aproveitá-los como deveria.
  Mas agora saindo da minha mãe, vamos falar do meu pai. Perseus Jackson, ou até mesmo Percy Jackson, que é como ele é conhecido, é um biólogo marinho e filho de Poseidon, tem a mesma idade da mamãe só que sua aparência é bem diferente da dela. Papai tem olhos esverdeados, da cor do mar, e cabelos pretos e lisos. Sua pele é branca e acho que posso considerá-lo uma pessoa alta. Ele ama a água e vive me levando pra nadar, o que é incrível. Ele é bem lerdo às vezes, mas ninguém lá em casa reclama disso, na verdade, uma vez eu até perguntei para a mamãe se ela não se incomodava com essa lerdeza do papai, e tudo que ela me disse foi que no passado ela até achava ruim, mas com o passar dos tempos, foi percebendo que esse jeitinho do meu pai era o que fazia ele ser o Percy que ela amava, o Cabeça de algas (como ela mesma disse) que sempre a faz rir, o moreno dos olhos verdes que a fazem ficar completamente boba, o homem no qual ela não mudaria uma vírgula sequer. Então é por isso que eu amo o meu pai da maneira como ele é, pois entendi que são essas pequenas características que podem parecer até mesmo irritantes, que fazem ele ser ele mesmo, o papai, o meu papai.
  Nós três moramos em um apartamento que fica em Manhattan, um distrito de Nova York. Não é muito grande, mas é tudo que precisamos. Foi a mamãe quem projetou e decorou tudo então não poderia ser nada menos que perfeito. Hoje nossa vida pode ser considerada pacata, mesmo que alguns monstros apareçam aqui e alí de vez em quando. Como meus pais costumam falar, as coisas parecem ter finalmente se acalmado no Olimpo para que nós possamos ter tamanha paz. Se você não sabe ainda o que é o Olimpo, posso dizer que é tipo um lugar enorme onde todos os deuses olimpianos moram, eu sempre quis ir conhecer, mas papai falou que só vou pisar lá algum dia se for caso de vida ou morte.
  Outras pessoas que eu amo muito são meus avós. Tem o vovô Fred que é casado com a vó Helen, ele é papai do tio Bobby, do tio Mathew e da mamãe, e vive me mostrando suas engenhocas quando vamos pra São Francisco. Na última vez que fiquei na casa dele, vi uma miniatura de um avião antigo que estava guardada no porão. Vovô me disse que aquela miniatura era de um avião que foi usado na Segunda Guerra Mundial pelos alemães. Eu amo ouvir ele me contando toda a história de como o Avô dele, ou seja, bisavô da minha mãe, um francês, havia lutado e morrido nas trincheiras, vi as cartas que ele mandava para a esposa (que já estava grávida do meu bisavô). Nos papéis estava escrito relatos impressionantes de como tudo acontecia, de como os soldados ficavam doentes, de como sentiam fome, e acima de tudo, de como sentiam falta do que deixaram para trás, das pessoas para quem eles prometeram voltar, da esperança que já não existia mais. Ops, acho que fugi um pouco do assunto, isso é coisa pra uma outra história.
  Agora falando dos meus outros avós, tenho a vovó Sally, que é casada com o vô Paul e é mãe da tia Sophia e do papai. A casa dela é incrível e bem mais perto de onde eu moro. Eu costumo passar pelo menos três dias do mês lá. Vovó sempre faz questão de me preparar os seus deliciosos biscoitos azuis. Eu, o papai e a tia Sophia amamos esses biscoitos e comemos vários deles toda vez que estamos lá. Enquanto nós aproveitamos essas delícias, a vovó e a mamãe não conseguem parar de rir e de dizer o quanto o papai e a titia vão ser eternas crianças e que eu provavelmente também serei, e falando a real, eu não me incomodo se isso for verdade, claro que não é como se eu não quisesse crescer, mas é que eu amo o meu agora, minha vida de hoje, meus pais, minha família, meu mundo. Não seria nada ruim ficar assim pra sempre, então espero que a vovó e a minha mãe estejam certas, e bem, elas sempre estão certas.
  Enfim, eu dei toda essa volta na minha vida só pra vocês terem uma noção da nossa realidade. Agora quero falar do meu momento atual. O Dia das Mães é daqui dez dias e eu não tenho a menor ideia do que dar pra mamãe, o pior de tudo é que todo ano a minha mãe fica meio triste nessa data, claro que ela esconde isso muito bem, mas eu consigo ver que alguma coisa a está machucando. Ela sempre compra uma coisa bem legal pra Helen junto com os meus tios já que eles têm um péssimo gosto, e ajuda meu pai a decidir o que dar a vovó Sally, mas está na cara que ela sente falta de algo...ou de alguém.

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⏰ Última atualização: Jul 28, 2019 ⏰

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