Anos atrás, quando a rainha deu à luz ao seu herdeiro, não era previsto que o garoto seria tão especial.
Ele havia nascido com um incrível, e único, cheiro de flor-de-lótus e ao seu primeiro suspiro um floco havia caído do céus fazendo a noite...
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Start. 開始。 1.
— Majestade? — ouviu a voz de um de seus melhores amigos e duque de seu reino.
— O que houve? — O rei fez uma pequena careta para o amigo que estava todo suado e ofegante.
— O marquês acabou de encontrar um garoto. — O monarca franziu a testa.
— Pensei que não tivesse ninguém por essa área. — murmurou, antes de seguir o amigo até onde o tal garoto estava.
O rei e seus homens estavam num local que já foi uma pequena cidadezinha muito próspera e, que apesar de ser solitária, mantinham-se muito bem sem ajuda de monarcas.
No entanto, eles nunca foram bem vistos e foi o que os levou a situação atual. Um reino um tanto quanto distante, se ocupou em destruir tudo que viesse daquele lugar, sem pena ou dó.
Fazia pouco tempo que o jovem governante tinha chegado e estava horrorizado com a visão daquelas terras. Mesmo não estando acostumado com o clima caloroso daquele lugar, sabia que aquela sensação de abafamento e dificuldade para respirar era nada mais nada menos que uma reação das queimadas.
O rei estava em uma terra que foi bombardeada por um reino inimigo. O local inteiro fedia a pólvora e estava cheio de cinzas, o lugar que antes tinha uma linda paisagem verde e rica em minerais, naquele momento era só pó e cinzas.
— E então? — o reinante perguntou ao dar de cara com o marquês ao lado de fora de um pequeno casebre.
— Encontramos ele desacordado, está muito fraco, mas ele está lutando. — a majestade concordou e adentrou o casebre observando as coisas que foram queimadas, não deixando de cobrir o nariz com as luvas — que tinha se desfeito desde que atravessou o muro — por conta do cheiro forte.
Não precisou dar tantos passos para alcançar um jovem garoto que estava deitado desacordado sobre o que parecia ser restos de um colchão. Ergueu sua mão e a levou até o rosto do desconhecido, retirando os fios negros que caiam em sua testa e cobriam seus olhos.
— Ele é muito belo — o marquês comentou, ao ver o rosto do menino. — É realmente uma pena que seu corpo esteja tão sujo e machucado.
Apesar de não expressar em palavras, o rei concordava com o que foi dito por seu amigo. — Vamos levá-lo até o acampamento. — Ergueu seu corpo e limpou a calça que tinha sujado ao apoiar seus joelhos no chão. — Peça para que o Yoongi mande os soldados pegá-lo, mas que tenham cuidado. Não sabemos se ele tem algum osso quebrado ou algo do tipo.
O marquês concordou e saiu do pequeno casebre, que por pouco se mantinha em pé. Antes de sair, o jovem rei deu uma olhada no desconhecido, para ele aquela situação era realmente lamentável e pior que isso, era o sentimento de impotência que possuía seu corpo.
