" EU TE AMO"

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01 de junho de 2019  

              Acordo sentindo o leve ar do ar condicionado tocando minhas bochechas, abro meus olhos e vejo o lindo teto branco do meu lindo quarto, olho para o meu lado e meu belo marido dormia tranquilamente, me levanto preguiçosamente e vou para o banheiro, tranco a porta e me sento na frente do espelho, por toda extensão do meu pescoço marcas vermelhas se vaziam presentes, era mais uma das evidencias do sexo selvagem que tivemos na noite anterior depois de mais um dos seus entediantes jantar de sua patética empresa, onde todos nós eramos obrigados a sorri para pessoas que faziam o mesmo.

         Vejo a penteadeira e pego lenços  demaquilante e passo em meu rosto tirando a maquiagem,  e logo me levanto tirando sua blusa do meu corpo e adentrando a em meu chuveiro a água quente  triscava em meu corpo abrindo os poros me deixando relaxada sinto a água cair em meus cabelos tirando os últimos reguiços da noite anterior, depois de banhar visto um vestido solto e saio do banheiro vendo meu marido ainda dormindo. Saio do meu quarto, a luz do sol invadia a sala a a cozinha deixando um ambiente claro e arejado, vou para a cozinha e começo fazer seu café.

           Depois de tudo que ele gosta feito me encosto no balcão com uma xícara de café e observando a mesa que eu havia acabado de preparar, era tudo o que ele gostava e era tudo o que eu odiava, mas ficava feliz em agradar meu marido, olho para o relógio já era quase oito da manha muito provavelmente ele acordou deve estar no chuveiro, volto a olhar pela grande janela aquela que dava uma ótima visão do nosso belo jardim, e um único pensamento vinha a minha mente:

                                                   " Quando foi que você se tornou isso?" 

     Anne você é jovem, inteligente, é estuda, tem um QI de 141 Porque se esconde na sombra de seu marido infiel? Essa pergunta circulava a minha minha cabeça a dias mas logo a resposta surge em minha mente " Acomodação", essa era a verdade eu estava acomodada com a miséria de que ele me dava, eu estava acomodada com o pouco de luxo que ele me prestava. Mas me pergunto do porque disso não esta me satisfazendo, sendo que ate hoje eu não me importava com a vida que eu levava, não me incomodava com  meu casamento de praste, não me importava em saber que meu marido me traia com prostitutas de bar, tudo isso era apenas um detalhe para mim, não me importava desde que ele me desse uma vida boa e luxuosa.

     Mas acho que isso não era mais o suficiente porque eu não me encontrava mais, porque eu já não reconhecia porque eu já não estava acomodada com meu casamento, porque eu odiava tudo nessa casa desde a pintura aos moveis que nós compramos juntos, tudo isso me fazia ânsias de vomito, fora as noites de sexo que já não me satisfaziam mas eu não conseguia o trai como ele fazia, então sempre que ele queria eu me calava e aceitava aquele ato tão banal , olho para o relógio novamente. " Ele esta atrasado" de novo, logo ele descera correndo arrumando a gravata, daria uma breve mordida no pão integral que ele amava, e depois pegaria uma maçã depois de daria um  beijo breve e sairia dizendo que chegaria tarde.

      _ Nossa estou muito atrasado! - Vejo o mesmo descer, fazendo a mesma coisa que eu descrevi, arrumo minha postura e dou um sorriso, e vejo ele pegar o pão dar uma mordida e logo pega uma maçã e vem em minha direção me da um leve beijo nos lábios indo em direção a saída, olho para ele e pergunto mas já sabendo a resposta:

      _ Vai chegar cedo! - Vejo ele na porta arrumando sua gravata olhando seu reflexo no espelho passando suas mãos em seus cabelos respondendo sem muito interesse:

     _ Não tenho que rever algumas coisas e também tenho um jantar com um sócio! Sinto um nó se formar em meu estomago e novamente a mesma pergunta volta a tomar meus pensamentos " Quando foi que eu me tornei essa pessoa?", faço o que sempre faço dou um sorriso, me aproximo dele pegando seu rosto com minhas mãos beijando aquela boca que agora eu tinha ódio de beijar e falo a maior mentira já contada por mim: Eu te amo! 

         Vejo ele pegar seu carro e partir indo em direção a sua empresa, fecho a porta e olho aquela casa, como eu gostaria de botar fogo nela e fugir, mas eu não faria isso, eu continuaria esse teatro continuaria fingindo ser o casal perfeito que nossas famílias queria que fossemos. Subo as escadas visto uma roupa social e saio para o trabalho, pego meu carro e sigo para a faculdade onde eu daria uma palestra sobre finanças, chego no local vendo a recepcionista me olhar com um sorriso gentil:

         _ O que a senhora precisa! " O que eu preciso?" Eu preciso de tantas coisas, preciso me libertar de um relacionamento, preciso me sentir viva novamente, mas isso não era de sua competência então esbouço um sorriso e respondo gentilmente:

         _ Eu vim fazer uma palestra, para os alunos de finanças! Ela digita algumas coisas mas logo me olha novamente com um sorriso em seus lábios mostrando seus dentes perfeitos:

        _ Qual é o seu nome?

          _ Anne Canmbrig! Depois de alguns minutos eu já estava em frente a uma grande plateia de jovens alguns dormiam outros mexiam em seu celulares outros anotavam cada palavra que eu dizia, e eu esbanjava um sorriso falando sobre um assunto que eu dominava, mas eu pouco utilizava, esse era mais um dos motivos do meu desgaste no meu casamento eu abri mão aos meus sonhos para viver os dele, sair da minha cidade para viver na dele, tudo isso para agradar um verme traidor.

            E depois de tudo o que eu fiz depois de ter aberto mão dos meus sonhos, depois de ter deixado minha vida em Nova York e ter vindo para esse fim de mundo, depois te ter o ajudado com o inicio de sua empresa, eu não merecia respeito? Não, eu deveria calar e aceitar tudo o que me era dito como um boa esposa varia:

         _ Você deveria voltar a dar aulas você é muito boa! Esculto o senhor falar e elogiar minhas habilidades, e como era bom ouvir alguém reconhecendo meu dom. Saio da universidade indo ate o correio para ver  próxima divida que ele teria feito. depois doo correio volto para casa para escrever mais um artigo sobre a minha vida perfeita e dar conselhos de casamento para alguém que não estava muito melhor do que eu, me sento na poltrona da sala, pegando um bom vinho e relaxando ao som de Mozart, pego as cartas e abro uma por uma até chegar em uma, uma divida um carro, ele comprou um carro para aquela vadia:

       _ Você passou dos limites! Olho para aquele boleto em minhas mãos e sinto a raiva subir em mim, o desejo de matar aquele verme estava queimando dentro de mim, eu estava farta, eu estava cansada de tudo da minha vida mórbida, então agora eu iria mostrar como se respeita uma mulher.

  Fim de capitulo!                             

Atração perigosaOnde histórias criam vida. Descubra agora