Alvorada (JiTzu)

Primeiro Amor

- Por que eu, Jhonatan? - A fotógrafa questionou bufando sem olhar para o rosto do garoto.

- Porque você é a melhor fotógrafa de todo o continente. Por favor, quebra esse galho para mim. - O menor fez uma careta engraçada, de uma forma que Tzuyu nunca conseguiria dizer não, e ele sabia disso.

- Aish! Está bem, está bem. Eu vou. Mas fique sabendo que irei cobrar caro! Você tem grana e eu estou precisando pagar o meu aluguel. - Ao ver o sorriso sincero de seu amigo, Tzuyu mostrou a língua para ele com a intenção de vê-lo irritado, mas só conseguiu arrancar risadas do mesmo. - Não ri! Eu pretendia ir pro seu casamento como convidada de honra e não como escrava.

- Você ainda é a convidada mais especial que essa festa terá, belezinha. - Disse passando a mão pelo queixo de sua amiga, recebendo um tapinha como resposta.

- Mas eu ainda não entendi, você é ateu e vai casar em uma igreja cristã. Qual é o sentido?

- Jihyo. Ela é bastante religiosa, discordamos de algumas coisas mas eu decidi respeitar o desejo dela.

- Que fofo, estou até com sono. E aonde está a noiva? Sou uma profissional muito ocupada, ela tem que marcar horário antes.

- Nossa, está trabalhando tanto e não consegue nem pagar o próprio aluguel. - Jhonatan provocou sua amiga entre risadas.

- Ah, desculpa se eu não nasci em berço de ouro. Eu tive que batalhar pelo que eu tenho, sabe. - Respondeu rapidamente guardando documentos em sua gaveta.

- Eu sei bobinha, você fica bonitinha quando está irritada.

- Marmanjo safado. - Murmurou baixinho mal movendo os lábios.

- Ei! Ainda sou seu chefe, esqueceu? Agora se apresse para ver a Jihyo logo.

- Eu não posso ir agora, tenho que ir ver alguns clientes, SEUS clientes. - Falou a morena já se irritando com a ousadia de Jhonatan. Sim, ele era seu chefe, mas ela merecia respeito, estudou muito para estar ocupando aquela cadeira, não ofereceram para ela de favor.

- Cancele todos, ou passe para outros fotógrafos, mas eu preciso de você lá! por favor... - Jhonatan fez um bico tentando conquistar a sua amiga, o que só serviu para irritá-la ainda mais, mas ela iria pelo bem do seu emprego.

- Está bem. Aonde a Jihyo está agora?

- Ah, ela deve estar fazendo a prova de bolo. Sempre acorda bem cedo para preparar o meu café. Pode ir até a minha casa, eu empresto o meu carro.

Tzuyu saiu de seu escritório pisando fundo e se dando por vencida.

•••

- Senhorita Park! Senhorita Park, acorde imediatamente! - a empregada dos Hong batia na porta com ferocidade, pensando no que iria dizer aos confeiteiros sentados no sofá da sala.

Do outro lado da porta Jihyo roncava como um ogro, com os cabelos babados pendurados em sua testa e a sua bunda amostra.

Mais umas três batidas foram necessárias para que a garota despertasse de seu sono profundo.