Capítulo 74

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V I N I C I U S 💥

Maria Elisa não tá sabendo nem da metade da história.

Tenho mantendo contato com Chacal, e o negócio lá tá estreito.

Invasão quase toda semana, e olha que Chapadão nunca foi de arrumar inimigos, mas é os mesmos morros sempre.

Ouvi batidas na porta e olhei, era a Liliane com alguns papéis na mão.

— Amanhã iremos pro tribunal, vai querer conversar sobre isso? — Falou enquanto caminhava até a poltrona e sentou —.

Sabia da dela, agora mesmo ela tinha subido uma pouco da bainha de sua saia, não ficava olhando muito, mas eu sabia.

— Pode ser mais tarde? — perguntei me levantando —.

— Já está pronto amor? — Maria Elisa perguntou assim que tinha aberto a porta da sala, olhou pra nós dois e arqueou a sobrancelha — Tá muito ocupado Vinicius?

— Não amor — sorri pra tentar cortar o clima —.

Olhei pra Liliane e ela deu de ombros.

— Conversamos quando você voltar — falou e se levantou —.

Passou no lado da Maria Elisa, e eu achava que ela ia começar a brigar com a menina agora, mas ela só levantou a cabeça e ficou observando os passos dela.

— Que porra que foi aquilo Vinicius? — perguntou fechando a porta com tudo —.

Ela veio andando e ficou na frente da minha mesa com braços cruzados.

— Eu não tenho nada com isso Maria Elisa — falei a verdade — Vamos almoçar?

Ela não me respondeu, ficou esperando eu desligar o notebook e pegar as minhas coisas.

Quando saímos da sala Liliane estava em pé conversado com uma secretária.

Pegamos um elevador e descemos calados.

Entramos no Uber e como sempre, o caminho todo Maria foi conversado com o motorista.

— Eu já falei que não tenho nada com aquilo na sala — falei enquanto esperávamos nossa mesa —.

— Vinicius, presta atenção, somos comprometidos um ao outro, aquela porra que aconteceu naquela sala espero que não aconteça nunca mais, tanto a respeito a mim quanto a você — falou disparado — sei que você não é ela, mais apenas joga as cartas na mesa, ela não é uma criança.

— Vamos ficar de cara virada um pro outro mesmo? — perguntei quando chegamos na nossa mesa —.

— Você está de cara virada pra mim? Porque eu não tô — falou séria e pegou o cardápio —.

— Tabom Maria — falei revirando os olhos — Só fique sabendo que não estou fazendo nada de errado, muito menos te traindo.

M A R I A   E L I S A 🌻

— O chefe está te chamando na sala dele — falou a secretaria do mesmo —.

Me levantei e fechei a porta da minha sala, caminhei em direção a sala e bati na porta.

— Entra — escutei ele falar e entrei — pode se sentar Maria Elisa, quer alguma coisa pra beber?

— Não — falei e sorri de forma gentil — Mara falou pra mim vir até aqui, é algo grave?

— Não, fique tranquila — falou e sorriu, pegou uns papéis e voltou a me encarar — quero saber se você quer representar a nossa empresa, já que foi você mesma que planejou tudo.

— Claro — falei sorrindo — quando será?

— Será na semana que vem, você tem uma semana pra preparar sua apresentação — falou me entregando os papéis separados — aqui esta as normas que tem que ser seguida.

Conversei com ele mais sobre tudo e voltei pra minha sala.

O fim da tarde passou correndo, e eu começando a me preparar.

Peguei o ônibus e fui direto pro meu apartamento, sem sinal de Vinicius.

Me arrumei e peguei outro ônibus, desci perto da faculdade e entrei já achando as pessoas do meu curso.

— Seu boy veio mais cedo more — falou uma das meninas e a encarei — biblioteca.

Agradeci e fui até lá, chegando já vejo ele sentado em uma mesa cheia de livros.

Fui até ele por trás e tampei seus olhos com minhas mãos.

— Adivinha quem é — falei e ele colocou suas mãos em cima da minha —.

— Liliane? — perguntou, dei um tapa em seu ombro e ele riu, sentei na sua frente e ele sorriu — brincadeira amor.

— Brincadeira vai ser seu cú otário — falei e mostrei o dedo do meio — veio mais cedo por que?

— Recebi pelo e-mail que vou ter prova — falou e folheou o livro — finalmente meu carro vai chegar.

Falou e já me alegrei, cotas pra eles finalmente enviar, mas não posso reclamar, sempre andei de buzão.

— Quando? — perguntei pegando um de seus livros —.

— Sábado, às oito — falou e o sinal tocou —.

Nos despedimos com um beijo e cada um foi pra sua sala.

Entrei na sala e o professor já estava.

— Licença — falei e bati na porta —.

— Pode entrar e sentar no seu lugar Maria — falou meu professor me olhando e voltou a mecher no projetor  —.

Sentei no meu lugar e não demorou muito pra aula começar.




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Estavam com saudades?

Vivendo em dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora