Capítulo 06

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Postei correndo, ainda sem Revisão... Não esquece de dar uma 🌟

Primeiro entrei em desespero, São Paulo é tão grande e o medo de me perder é maior ainda.

Depois de 5 minutos de choque, me acalmei, eu tenho pernas, boca e um cérebro basta perguntar.

Fui até o motorista, e depois de 10 minutos conversando ele me deu um mapa dos arredores, estou no Jardim Europa, desci do ônibus agradeci a ajuda, o lugar está cheio de edifícios.
Resolvo entrar neles e ver se estão contratando, logo no primeiro uma moça bem vestida me atende, me informo sobre vagas de emprego, e ela sobre eu ter um currículo.
Expliquei que não sou daqui, ela não só me ajudou a fazer ali mesmo, como me deu dicas, a principal não falar sobre as crianças, se perguntarem eu digo sem filhos. É um tipo de galeria no térreo, então depois de fazer meu currículo, ela imprime, e me indica outro box aonde tirei xerox.
Agradeci a ajuda da moça que se chama Cláudia. Deixei o currículo lá também.

4 horas depois....

Estou com fome, muita fome, mas só comerei quando chegar em casa, preciso guardar dinheiro.
Meus pés doem, acho que fui em todas as empresas deste lugar, agora preciso achar um ponto de ônibus que vá até o Brás.
Quando digo a sua vejo um prédio enorme, muito bonito espelhado, olho o nome da rua que estou, Rua Hungria, não passei por aqui ainda.

Resolvo entrar para deixar meu currículo, vejo o carpete com o nome: PINHEIRO NETO ADVOGADOS. Se eu conseguisse um emprego ou estágio aqui antes mesmo de começar a cursar Direito, seria extremamente sortuda.

Paro na recepção, e pergunto se posso deixar meu currículo.

- Oi moça bom dia, eu posso deixar meu currículo?

- Bom dia, claro pode sim, pode por nesta caixa ao lado.

Uma caixa de acrílico, transparente e cheia de folhas de currículo. Fui por lá, mas desanimei.

- Seu sotaque é engraçado, de onde você é?

- Uma voz de homem mas bem maduro me assusta, e me viro para olhar.
Tem quatro pessoas me olhando, um senhor de terno, ele que falou comigo, dois homens mais novos, muito bem vestidos, e uma mulher de social e sapato de salto.

- Ah oi.. eu vim de.. (paro de falar se eu disser a verdade, e eles conhecerem os homens da lei de lá? É perigoso).. eu vim de longe para estudar.

- E este longe não tem nome? A mulher pergunta de forma ríspida.

- Desculpa, ter nome têm, mas não vim de um jeito fácil, e para segurança de quem amo, eu acho melhor não contar.. mas eu sou uma boa pessoa, vim porque preciso estudar entrei na USP para cursar Direito.

- Ah.. você é cotista? O outro homem de terno, parece ser um nojo de pessoa me pergunta.

- Não, não tenho nada contra quem é, mas eu passei no vestibular em 2° lugar para cursar Direito.

- Seu emprego depende disto, então vou perguntar novamente, de onde você veio?
O senhor me pergunta, parece ser o chefe ali.

Meus olhos já estão marejados, porque preciso trabalhar, mas o juiz de Manari era de São Paulo, e ele é o chefe do meu pai, e se se conhecerem? Até sair a decisão judicial ele já terá sumido com as crianças.
Olho para o chão já conformada.

- Trabalhar aqui seria um sonho, mas não vale por em risco quem eu preciso proteger.
obrigada, bom dia.

Dou as costas e saio secando as lágrimas teimosas que tanto tentei segurar.

- Ei... espera...

Olho para trás e a recepcionista vem correndo.

- Venha amanhã às 8:00hs vou te levar para Dona Fátima, você ficará na equipe de limpeza ok? É das 8:00 até às 17:00hs o salário é bom, 1.400.00 e se precisar de hora extra você também receberá. Tem vale alimentação de 15,00 por dia, e vale transporte, você tem carteira de trabalho? Se não tiver você faz na hora, vai neste endereço.

Mudando O Destino. CONCLUÍDA. SEM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora