Uma viagem Infernal part: 2

17 2 0
                                    

Eu estava em um local escuro, não ouvia nada, porém vejo um luz mais a frente. A sigo e percebo um silhueta feminina. Me aproximo mais e os traços vão surgindo. Longos cabelos pretos e ondulados. Uma pele levemente bronzeada e olhos azuis claros.

  -Não pode ser.- Fala pra mim mesmo.

  -Hector meu filho.- Fala a silhueta.

Corro pra abraça-la, mas uma parede invisível me impede se passar. Eu estava ali a poucos metros da minha mãe, mas não a alcançava. Derrepente da escuridão atrás de minha mãe enorme mãos negras com unhas que mais pareciam garras surgem e se cravam nas costas dela.

  -NÃO!- grito.- De novo não!- Socando a parede invisível.

As garras tinham atrevesado o corpo da minha mãe. O seu sangue escória, mas ela ainda estava viva.

  -Por quê você deixou isso acontecer comigo Hector?- Pergunta a minha mãe com sangue escorrendo pelo canto da boca.

  - Eu, não pude fazer nada, eu, eu...- Não consegui completar a frase.

As mãos tenebrosas agora agarram minha mãe e a puxam pra escuridão. Outra luz se acende ao meu lado. Levanto a cabeça e vejo meus amigos. As garras agora os perseguem, elas cortam a garganta da Rose. Parte o Dean ao meio. Arrancam as pernas do Victor e decepam a Alex o Austim e a Hilda. Aquele show de horres não parava. O medo é a tristeza me invadem. Eu estava completamente sozinho. Uma terceira luz se acende. Tento permanecer com a cabeça baixa, mas uma das mão me força a olhar.

  -Não, ela não!- Exclamo ao ver a Amanda.

  -Hector oque tá acontecendo?- Pergunta com voz de choro.

  -Calma, eu vou te tirar da ai.- Falo correndo até ela quando sou barrado novamente pela parede invisível.

As mãos negras agora percorrem o corpo de Amanda. Bato com força na parede invisível, mas não consigo atravessar. As mãos se direcionam ao pescoço dela.

  -Hec...

Amanda não consegue terminar a frase. As mãos negras quebraram o pescoço dela.

  -NÃO!- Grito com toda a força dos meus pulmões.

Sinto meu peito arder, como se alguém o estivesse apunhalado. Fecho o olhos e sinto uma escuridão me cobrir. Receoso abro os olhos e vejo que estou em uma sala do trono. Hades me observava de seu trono negro. Perséfone estava em pé com a mão estendida e ofegante.

  - Meu bem, pôr que fez isso?- Pergunta recolhendo a mão e se sentando no trono.

  -Um pouco de trauma na juventude não faz mal a ninguém.- Diz Hades olhando pra ela.

Minhas pernas estavam bambas, meu corpo inteiro se encheu de calafrios. Mal conseguia ficar de pé. Com dificuldade reparei no lugar onde estava. Era um sala elegante e iluminada por um lustre de cristais negros. Nas laterais da sala uma série de pilares escuros sustentavam todo o local. A minha frente dois tronos se posicionavam em uma parte elevada. O trono do lado esquerdo era negro como ébano e o do lado direito era feito de cristais escuros e luminosos. Ao lado do trono esquerdo havia um pedestal onde um elmo de bronze sem adereços descansava.

  -Oque aconteceu?- Pergunto com a voz falha.

  -Você ficou uns ttinta minutos no tártaro.- Diz Hades com tom sério.

Hades me assusta. Tinha feições sérias mas suaves. Não possuía barba nem bigode. Tinha o cabelo curto e bem aparado, o mesmo era escuro. Seus olhos eram de um violeta penetrante e profundo.

  - Eu o tirei de lá Hector.- Responde Perséfone.- É seus amigos também.

Me viro devagar e vejo os outros. Victor estava no colo de Hilda. Dean estava tremendo e parecia assustado, mas sua aparência doente havia se dicipado, a presença de Perséfone devia ter sido o suficiente pra reestabelecer a força dele. Rose estava horrível, cabelo despenteado, pernas bambas e moradia a parte inferior do lábio com tanta força que o fez sangrar.

O Servo de Hera e a Ânfora Oculta Onde histórias criam vida. Descubra agora