O brilho de seus olhos é a luz que ilumina seus sonhos.
Lawren:
Todas as estrelas nesse momento estão sorrindo para meu deplorável ser e tentam me dizer que são airosas porém frias. Vejo o frio congelante da noite, o amargo da bebida que está em meu copo e as pessoas transparentemente tristes me definirem. Poderia dizer que o céu é encantadoramente perfeito mas posso afirmar que entre as milhares de pessoas que percorrem abaixo, nenhuma enxergam sua imensa perfeição.
— Você já bebeu muito, senhora. Não podemos mais atendê-la.
— Calmamente diz o garçom aparentando ter pena do que ver a sua frente. Pelo jeito que ele fala é como se eu estivesse largada solitariamente em um boteco qualquer.
— Bato o copo vazio em cima da mesa. e exalto-me. — Por Favor! Só mais um copo.
— Elevo minha voz tentando erguer o pescoço para olhar o garçom, mas é inútil.
— Senhora! Você está jogada em cima da mesa do nosso boteco. Explicitamente não aguenta mais ingerir bebida alcoólica.
Sua respiração é como o cronômetro de uma bomba prestes a explodir.
— Agora por favor saia!
Ele parece bravo comigo, poderia me culpar por todos os absurdos da vida, talvez eu esteja largada solitariamente em cima de um boteco qualquer mesmo.
— Tento levantar meu corpo, mas não tenho forças... Preciso apoiar-me em uma cadeira. Cambaleando vou até o banheiro lavo meu rosto e encontro-me no espelho.
— Sim! Você está bêbada… Levemente chego mais perto da minha face e dou várias risadas encontrando-se bêbada a primeira vez. — É, eu estou engraçada preciso admitir.
— Batidas fortes na porta. — Por Favor senhora, se retire vamos fechar.
Abro a porta e o garçom novamente aparece em minha frente com sua postura elevada olhando-me bravamente como se eu fosse a última pessoa que estivesse no Bar. Tudo está girando, sinto meu corpo leve porém quando tento levantar ele pesa.
O garçom decepcionado me olha como se eu não tivesse forças para sair andando sozinha. Não demora muito para me perceber que ele tem razão em achar isso, mas está tão nítido assim? O bar encontra-se vazio, a música de fundo já não toca, e o silêncio faz com que esse ambiente se torne amedrontador. O garçom novamente se aproxima, dessa vez disposto a me tirar da cadeira de qualquer forma.
— Quanta arrogância! Eu exijo ser tratada com educação.
— Grito observando a forma exagerada com que o mesmo me puxa pelos braços expulsando-me.
Meus passos fazem um grande barulho nesse momento tudo o que escuto são eles. Porém não consigo caminhar com tudo remoinhando por muito tempo e encontro o chão face a face.
O garçom percebe que onde ele me deixou não bastou para livrar-se e rapidamente vem ao meu encontro e me pega forte pelos braços, sua paciência acabou e ele está disposto a me atirar fora desse lugar de qualquer forma.
— Lugar de gente bêbada não é aqui.
— Apoia bem minhas mãos e empurra-me de encontro ao chão fazendo com que eu despenque no olho rua. Sumiram as forças restantes, meu desejo é tomar mais álcool, pois a vida de uma pessoa sóbria não basta.
— coisa nenhuma basta. Quero bebida… Por favor apenas mais um copo de bebida.
Estou choramingando mas nenhuma pessoa ouve, ninguém finge atenção, não tenho fôlego para levar-me
— Larga a moça cara! Não ver que ela está temulenta?
Alguém grita com o garçom. Apenas ouço sua voz firme.
— Então retire essa desdenhável mulher da frente do boteco e a proteja "super-herói".
O Garçom consegue monstruosamente ser pior e logo em seguida ignora-o.
— Você está alcoolizada? — A mesma voz atenciosamente pergunta-me tentando me amparar.
— Não estou. — Sussurro brevemente.
Como um desconhecido pergunta-me isto? Levanto e tento caminhar normalmente sozinha.
— Está sim… — Seu rosto faz um careta e o mesmo tentar segurar-me sem me machucar e continua: — Um Bêbado nunca admite que está bêbado.
Ele afirma, completamente errado. Um embriagado admite seu estado de embriaguez sim. Pois eu acabei de dizer que estava ébria no espelho.
— Você está errado! — Respiro fundo. — Uma pessoa embriagada admite seu estado sim. Digo virando-me e encontro a face do estranho.
Parece que conheço seus olhos, tudo parece embaralhado, embora não sinto minha cabeça funcionar bem.
— Um embriagado só admite que está bêbado quando é a primeira vez na vida. Depois disso a pessoa nunca vai dizer que está terrivelmente ébria.Ele diz com razão, talvez ele esteja certo, é a primeira vez que estou bêbada e o que ele diz se encaixa.
— e a pessoa vai dizer o que então? Pergunto repetidamente em seu rosto vendo que ele me olha como se eu precisasse de ajuda.
— Vai dizer que está feliz! — Responde com convicção, fala tão calmamente como se estivesse falando a verdade. Mas todo bêbado que acha "felicidade" está enganado completamente.— Por fim, estará enganada. — Digo e viro-me tentando caminhar apressadamente, porém não consigo, minhas pernas vacilam e minha cabeça gira.
— Não fuga!
— O estranho grita tentando acompanhar-me, coisa que não é tão difícil.
— espera! você vai cair…
— Ele diz com tanta certeza que quando vou ver ele já está me segurando e evita que eu me machuque.
Meus olhos querem fechar, luto para mantê-los abertos mas é inútil.
— Onde você mora?
A pergunta ecoa em meus pensamentos não sei se sou capaz de responder porém se o estranho me largar cairei no sono aqui mesmo e permanecerei até às estrelas sumirem e o sol nascer.
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Estrela Binária
RomanceO amor existe? Eu sou suspeito para responder essa pergunta, pois meus pais tem um amor incondicional e alegam que sim, o amor existe. Apesar de ser filho de um casal que se amam, particularmente eu não acredito no amor, não quero me prender a algué...